MELANCIAS OU NÃO.... SABEREMOS DENTRO DESSES PRÓXIMOS 4 ANOS!!!!

O que o general Villas Bôas disse foi decisivo para as ações das Forças Armadas após a posse de Lula – “processo de fragmentação”

Palavras ditas pelo general Villas Bôas, ex-comandante do Exértico, que se mostrava taxativo em seu posicionamento de que o Brasil deveria sair do estado de polarização política em que se encontrava, nortearam a conduta do conjunto de oficiais generais do Exército Brasileiro e – por tabela – também da Marinha do Brasil e Força Aérea.

Em reunião no Senado, ocorrida ainda em 2017, Villas Boas disse algo que repetiu diversas vezes ao longo de várias palestras, de formas diferentes, mas com o mesmo teor. O oficial achava que o Brasil estava estacionado em um debate ideológico que deveria ter terminado no século passado.

“Eu acho que estão nos faltando agora muitos pensadores, gente com capacidade de nos oferecer novas estruturas mentais e novos caminhos de evolução. Acho que estamos ainda um pouco presos com esquemas mentais, políticos e ideológicos que ficaram para trás … ”

Remetendo-se às leis da física, o oficial disse que o país não tinha alternativa, deveria traçar rapidamente um projeto nacional sob pena de se fragmentar.

“Acho que a nossa falta de sentido de projeto nacional tem permitido ou tem deixado de condicionar uma convergência nos vários setores da sociedade, e isso tem feito com que o senhor, eu, enfim, qualquer ator nesse contexto não tenhamos um rumo, uma referência explícita para onde devemos seguir. Então, acho que esse é um grande debate nacional que temos de provocar para recuperar isso. Não temos alternativa, senão, as forças centrífugas vão acabar sobrepujando as forças centrípetas, e a gente se fragmentando, senão territorialmente, mas a sociedade brasileira está num processo de fragmentação…”

Feita ainda em 2017, a advertência de Villas Bôas foi preponderante para a firmeza de comportamento do Alto Comando do Exército diante dos chamamentos para uma intromissão na política, que certamente iria dilacerar o país. Tomás Miné, membro do Alto Comando e hoje comandante do Exército Brasileiro, estava presente naquela reunião –na época era chefe de gabinete do Comandante do Exército.

Quem não acredita que o Brasil poderia se fragmentar no caso de deposição do presidente Lula na base da força? Vários governadores, testemunhamos isso, mostraram que não se dobrariam ante a imposição de um presidente escolhido pelos militares e – agissem os militares de acordo com a pressão das redes sociais – é quase certo que estaríamos enfrentando batalhas por independência e – pior – testemunhando a dor de ver o sangue de brasileiros vertendo em nosso próprio território, ao lutar contra irmãos da mesma pátria.

Os atuais membros do Alto Comando do Exército Brasileiro, que de fato também definem como as outras duas forças singulares agem, odiando ou não a ideia de permitir que um presidente de esquerda ocupasse novamente a cadeira maior do Executivo, tomaram suas decisões com base no que aprenderam com o seu antigo chefe, Eduardo Dias da Costa Villas Bôas.

ivanoterrível e por REVISTA SOCIEDADE MILITAR
Enviado por ivanoterrível em 16/02/2023
Código do texto: T7720395
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2023. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.