Diário de uma mãe de um autista
É dificil e com o coração apertado escrever este texto, pois preciso desabafar estou totalmente dilacerada.
A impotência e as circunstânica de não poder realmente ajudar uma criança.
Não me conformo, nem vou me conformar, com a falta de empatia ou a ignorânicia. Os melhores dias da minha vida foram durante o período escolar, como posso aceitar que para o meu filho são dias de tortura. Por mais que procuro, não encontro a solução, muita escola despreparada e sem informação. Será que agum dia haverá solução?, a que custo? tanto descaso com o diferente, com a minoria, que sofre muitas vezes perseguição, um coleguinha que não aceita o diferente, não aprendeu a entender a questão. Se autismo ou não, os pais egoístas não querem saber de dar uma boa educação, o importante é inglês, tecnologia e boa formação. Educação emocional, só para "Inglês ver", na patrica é tudo "falação", e as crianças passam anos e mais anos de grande frustração. Você já pensou ficar vários dias, meses, anos, sem falar com ninguém no lanche?, eu não consigo entender como isso é possivel?
- "Ah mais aqui.. nos temos interação..", tem é mesmo "capitaliozação". Crianças solitárias e com depressão.
"Então ser amigo do seu filho, do meu filho é obrigação?". Não insentato, basta simpatia e boa educação.
"O professor diz.: Não tenho formação para isso, não sou psicologo, nem pedagogo, por favor, perdão. Gente será que para fazer uma roda na brincadeira ou no lanche, fazer trocar de lugares as panelas, é necessário formação?. Não quero separar os amigos, quero incuir os que não são.
Um dia o seu primo disse, um garoto de muito boa educação. Olha Samuel se eles não gostam de você, é porque não te conhecem de verdade e estão perdendo um amigo com sinceridade. Isso sim, é uma verdadeira amizade.
Então ouvimos zunidos... é ele quem tem que se defender, interagir, o mundo não gira em torno dele. Ele não é a regra é a exceção, isso sim.. é uma verdadeira exclusão. Falta de conhecimento, no mínimo, resposta para a desculpa de eu não tenho obrigação. Até que um dia.. o filho, um irmão ou sobrinho seu também tem alguma deficiência e entenderas como doi a indiferença e a solidão.
O estado realmente tem grande "preocupação", faça o laudo comprove. Isso não acontece gratuitamente, ou se a mãe tentar, apenas quando o filho já sofreu grandes perdas pela imensa demora. Mesmo com laudo, particular ou pública, na escola e outra guerra, outra briga, outra "sacaneação", formulários, 15 dias, justiça, tudo muito lento, burocrático, cansativo e muitas vezes sem resolução.
A vida do autista é assim, ou aceita as dificuldades, ou briga e vive sem paz e comemora pequenas mudanças. Porem, a depressão, essa vem como uma apunhalada, sem pudor, sem perdão, sem nem mesmo uma integração. Enquanto eu respirar, deixo aqui, minha indignação, mas a inersia eu não aceito, mesmo na exaustão. Choro, respiro, grito, sou calada, muitas vezes sem razão, mas não consigo parar enquanto bate o meu coração.