Pequenos abismos
Caio de meus abismos pequenos
Que eu mesmo construo.
Em meus silêncios
Eu posso ver
o que me torno
a cada noite.
Feito um Rei feliz,
Governo cidades lindas.
Minha alma Cinzenta,
nem os meus passos,
no meio de uma multidão
de rostos afogados,
É capaz de governar.
Busco nesses silêncios,
onde o barulho da respiração
E o escuro da madrugada
são inseparáveis,
E ao mesmo tempo incessantes;
Minha mente percorre um xadrez
Sensacional e Maquiavélico.
Sem abrigo em meu corpo ,
Minha alma percorre
caminhos sinistros,
Feito um capataz em carrossel.
Nao tenho saudades
do que fui antes,
Apenas o meu lamento,
É pelo que tudo pode se tornar.