Pedinte pedante. 2º PARTE
Imediatamente o sujeito interrompeu seu cantarejo,
Mesmo em minha densa escuridão, sua luz não se dissipava...
Meus olhos, como fogo incandescente lacrimejavam,
E minhas trevas se mesclavam com a sua brandura...
Percebi o lugar que estivera todo aquele tempo,
Nas profundezas de uma cisterna que mais lembrava um cemitério...
Minha língua ávida se debatia em minha boca amarga,
Faminto de pão vivo, sedento por água pura...
Constatei meu corpo esquelético, estirado em uma estaca,
E foi com tamanha surpresa que me vi, em minha comovente sepultura...
Desnorteado e meândrico em meu próprio juízo estava,
Onde encontraria eu, ali, suposta e transformadora cura?
O homem me fitou por alguns intermináveis instantes,
Em suas mãos fulgurava um copo de água doce e transparente...
Se ajoelhou perante mim, seus braços me envolveu com graça,
Num sobressalto de amor, no apoteótico encontro de olhos...
Avistei Aquele cujas pessoas se referiam nas praças,
Senhor Jesus Cristo, O Santo, que se entregou por todos os povos...
///////////////CONTINUA...