JOEL MARQUES.... COM 1300 COMPOSIÇÕES DAS QUAIS 1000 GRAVADAS!!!

Biografia de Joel Marques - compositor do tema : OS FILHOS DE FRANCISCO - O FILME campeão em bilheteria no Brasil

Nasci no Rio Grande do Sul, minha cidade natal, Lagoa Vermelha, que fica entre as cidades de Vacarias e Passo Fundo. Meu nome de batismo, João Miguel Marques de Medeiros, sou filho de Joaquim Marques de Medeiros e Almerinda Lourdes Oliveira Medeiros. Minha mãe, dona de casa. Meu pai, capataz de uma madeireira, trabalhava de sol a sol para sustentar uma família que não parava de crescer, (sou o mais velho de 8 filhos) e com 11 anos de idade já começava a ajudar meu pai no escritório da madeireira, aprendendo aos poucos com o Seu Ney, como todos o chamavam, o contador da firma, a fazer os cálculos das cargas dos caminhões que transportavam a madeira para outros estados e até para fora do país e a também preencher as notas e manifestos que se faziam necessários para que a carga chegasse sem nenhum contratempo ao seu destino certo.

Meu pai tocava violão e gaita, ou seja, acordeom (lá no sul se chama gaita mesmo) e eu o admirava pois tinha já aprendido a gostar das músicas que ele tocava e cantava e sentia uma vontade imensa de poder fazer o mesmo, pois estava no sangue, ou quem sabe na alma aquele dom que me puxava cada vez mais para o lado da música.

Um belo dia meu pai chegou com um acordeom novinho em folha, e disse à minha mãe que não era para ninguém mexer, mas para mim foi como se ele me tivesse autorizado, pois logo comecei a tocar escondido e a aprender alguns acordes que quando ele menos esperou, lá estava eu, tocando sua gaita qual ele sentia um ciúme danado. A partir daí começamos, eu e meu pai a tocar nos bailes e festas que aconteciam na cidade e nas vizinhanças e fui desenvolvendo cada vez mais o meu dom de tocar e animar o povo que sempre alegre, nunca deixava de comparecer e nos prestigiar com sua presença.

A jovem guarda estava uma brasa mora com o tal de Roberto Carlos fazendo o maior sucesso. Eram grupos musicais como Renato e Seus Blue Caps, The Jordans, Os Incríveis, Os Mutantes, entre outros. Era Ronnie Von, Eduardo Araújo, Jerry Adriani, Wanderley Cardoso, e tantos outros, e os bailinhos acontecendo nas casas dos amigos e a gente cantava tudo que tocava no rádio.

Veio então a influência das guitarras e eu não poderia ficar para trás. Meu pai sempre teve aquele seu violão velho e eu mais uma vez, escondido dele, comecei a invadir seu território. Nasciam então os primeiros acordes e novamente de uma maneira natural aprendi a tocar violão.

Arranjei um parceiro para tocar nas festinhas, nos clubes, nas garagens, nos salões, pois então a música mudara de estilo e meu pai um pouco contrariado com o meu novo parceiro acabou deixando o barco correr, apenas me aconselhando a continuar trabalhando no escritório de dia e estudando à noite. Era um garoto como eu e filho de nossos vizinhos. Tocamos muitos bailes pela região e fizemos um relativo sucesso, pois nos aprimorávamos cada vez mais tocando o que de mais recente havia nas rádios e agradávamos jovens e velhos tocando e cantando músicas de todos os tempos e estilos. Fizemos uma boa parceria e por algum tempo tocamos e cantamos juntos até que eu, um pouco mais velho, já com uns 17 anos fui convidado para fazer parte de uma banda e formamos o grupo Viva a Gente, onde fiquei por algum tempo, depois o grupo acabou.

Veio então a vontade de viajar, conhecer novos horizontes, pedi ao meu pai para sair do escritório e largar os estudos pois achava que o meu destino era outro. Não houve jeito, sua intenção era que eu trabalhasse no escritório até me formar em contabilidade, pois já fazia eu então, todo o trabalho do escritório, só não podia assinar, pois não tinha diploma de formatura. Mesmo assim, por várias vezes dei umas escapadinhas, viajando pelas cidades vizinhas para cantar para os amigos que conhecia em minhas rápidas andanças, ia e voltava, voltava e ia, e já ficava difícil continuar na minha pequena cidade.

Um certo dia fui convidado a ir até Porto Alegre participar de um programa de televisão apresentado por um tal de Júlio Rosemberg, que fazia uma espécie de programa de calouros cujo finalista ira até o Rio de Janeiro se apresentar no Chacrinha. Fui para o RJ e cantei no programa do Velho Guerreiro. Era época da Páscoa e eu me lembro que segurava um ovo de páscoa que se derretia em minha mão enquanto eu cantava, não sei se pelo calor dos refletores, ou pelo emoção de minh’alma. Valeu a experiência.

Um dia ganhei um violão de uma namorada e veio novamente aquela vontade de pegar a estrada. Desta vez eu já deveria ter uns 19 anos e para meu pai já estava na hora de eu me decidir. Peguei uma mochila onde coloquei minhas roupas, peguei o violão e fui pra estrada. Minha mãe não queria que eu fosse, mas também não queria me contrariar, então me acenou, chorou e ficou a olhar meus passos indo embora. E eu fui.

Uma carona aqui, outra carona ali, acabei chegando em São Paulo onde com algumas informações consegui vir da marginal até a rodoviária já com vontade de voltar pra casa, pois sem dinheiro nenhum e sem amigos, num lugar totalmente desconhecido e grande fiquei apavorado. Acabei dormindo num banco da rodoviária até ser acordado logo de madrugada por um senhor que me perguntou se eu tocava aquele violão que estava comigo. Disse que sim e antes mesmo que eu me desse conta estava tomando café numa padaria perto da rodoviária. Tornamo-nos amigos pelas circunstâncias, ele boêmio e eu, um estranho na cidade sem conhecer ninguém. Por sorte ele conhecia a noite e me levou em algumas boates onde comecei a trabalhar com a música.

Cantei praticamente em quase todas as casas noturnas até conhecer alguém que em 1977 me levou até a CBS onde com muita surpresa fui contratado para gravar meu primeiro LP. Tinha eu 8 músicas de minha autoria nessa época e jamais me sentira um compositor, mesmo assim pelas minhas 8 canções fui contratado por 2 anos e tive tratamento de artista de sucesso, ganhando valores e bens, para assinar o contrato, em um advance considerado ótimo para a época. Como acharam que o meu nome era um tanto extenso para facilitar a assimilação do público resolveram que eu deveria escolher um nome mais comercial, como eles diziam, então, pra não fugir do meu próprio nome, fiz uma fusão das sílabas JO do nome João e EL de Miguel e acabou ficando Joel, Joel Marques.

O disco acabou ficando na gravadora e não saiu nem para as lojas de discos por razões que a própria razão desconhece e isso fez com que eu me dedicasse totalmente às composições, mesmo com a dificuldade de gravar minhas canções com artistas de grande expressão.

Em 1981 conheci através de José Homero, a grande dupla sertaneja, Chitãozinho E Xororó que gravaram minha primeira música gravada por eles, Pés Descalços, a segunda, Não Desligue o Rádio e depois desse dia, nunca mais parei de ser procurado para mostrar minhas músicas.

Hoje conto com mais de 1300 músicas, das quais quase 1000 já gravadas. Tenho uma mulher maravilhosa que sempre me acompanhou e deu força nos momentos mais difíceis, Ivone, tenho uma filha já na faculdade que é a razão do meu viver, Mariana.

Sou Feliz! Aprendi com a vida uma lição: você nunca deve desistir dos seus ideais, mesmo quando seus ideais desistem de você.

Nota do divulgador:- QUE PENA QUE JAMAIS CONHECEMOS O AUTOR DAS MÚSICAS OU AS LETRAS E DAMOS VALOR APENAS AOS INTERPRETES..... MAS QUANDO CANTAMOS O HINO NACIONAL... DAMOS VALOR AOS COMPOSITORES... JÁ PENSARAM NISSO.... FALANDO NISSO ALGUÉM SABE DE QUEM É A LETRA E A MÚSICA DO NOSSO HINO NACIONAL???? PESQUISE E VERÁS COMO SOMOS PATRIOTAS???? KKKKKKKKKKKK

Ivan o terrivel
Enviado por Ivan o terrivel em 09/11/2021
Código do texto: T7381704
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