O NASCIMENTO DO CRISTÃO

Nós, os seres humanos, somos indivíduos, ou seja, não podemos ser divididos, somos singulares, com as nossas características pessoais, que revelam os nossos dons e as nossas inclinações, além das nossas características físicas, cujo conjunto estabelece essa individualidade com tal rigor, que não há sequer duas pessoas exatamente iguais: nem física, nem intelectual, nem racional, e nem espiritualmente, em todo o Planeta. Essa lei é universal, vale para o Universo inteiro. Deus é Um, e toda a sua produção é Um.

No exercício dessa individualidade, até os sessenta e dois anos fui um potente agnóstico, que os crentes evitavam enfrentar, talvez em razão da contundência racional, mas educada, reforçada pelo exame do perverso histórico da católica apostólica romana, e também pela observação das redes de supermercados da fé em geral, que exploram acintosamente as humildes e semialfabetizadas ovelhas, cujas atividades reforçam as convicções dos ateus e dos agnósticos em geral, como era o meu caso pessoal, e afastam as pessoas mais desenvolvidas intelectualmente, que não são seduzidas pelos sofistas, com suas caóticas e cansativas ladainhas, que administram às humildes ovelhas.

Com efeito, os escribas e fariseus, bem definidos e censurados por Cristo em Mateus 23, criaram e eles mesmos infestam as redes de supermercados da fé, as denominações teológicas, que exploram impiedosamente as pobres ovelhas. Nesses habitáculos dos demônios, eles exercitam o sofisma e a prestidigitação das palavras, no estilo usado no Parlamento Grego, pelo famoso sofista Protágoras de Abdera, dizendo às ovelhas exatamente o que elas, na sua ingenuidade e ignorância, mais gostam de ouvir, assim como os trechos mais simples da própria Bíblia, interpretando-os conforme as suas conveniências, para reforçar a sua pretensa condição de intermediários entre Deus e as pobres ovelhas. (2 Pedro 2:1 a 22)

Nascido de uma família católica, que felizmente não forçava os seus filhos no tocante aos conceitos religiosos, nunca frequentei quaisquer desses redutos dos demônios, e nunca fiz parte de suas fileiras, procurando pessoalmente, encontrar as respostas para as minhas inquietações intelectuais de natureza transcendentais. Eu possuía duas Bíblias, e ambas me foram presenteadas: uma, a dos protestantes, como presente de uma colega do curso ginasial, quando eu tinha catorze anos, e outra, a dos católicos, de um representante comercial, quando eu já estava na fase dos cinquenta, ambas muito pouco lidas até os sessenta e dois anos, no decurso do meu agnosticismo.

Por outro lado, minha esposa muito religiosa, sem nenhuma interferência da minha parte, fazia parte de um grupo de orações, formado por mulheres carismáticas, que se reuniam uma vez por semana para as orações em conjunto, de cujas reuniões, evidentemente, nunca participei, mas também nunca interferi em nenhum sentido.

Em outro bairro, bem distante, morava minha cunhada, também carismática, que promovia reuniões em sua própria casa, onde de vez em quando minha esposa, sua irmã, às vezes também participava. Em uma dessas reuniões, numa noite fria de maio de 1995, minha esposa pediu-me para acompanhá-la, e num pequeno grupo familiar, fomos para a reunião, onde o culto era administrado pela Ana Maria e sua mãe. Formado um grupo em torno de doze pessoas, a Ana Maria iniciou a sua pregação tendo ao lado sua mãe.

Eu ali como um estranho no ninho, apenas prestava atenção às palavras da Ana Maria, e numa lenta progressão, comecei a sentir uma onda de calor invadindo todo o meu corpo, como se eu estivesse dentro de um forno, em plena noite fria. Não sei como, mas a Ana Maria percebeu alguma coisa, e aproximando-se pediu-me para orar em línguas, o que para mim era incompreensível, e assim chegamos ao final da reunião.

No dia seguinte, minha esposa quis saber o que havia ocorrido comigo, e eu relatei o que aconteceu. Então, ela feliz da vida, me disse que eu havia sido tocado pelo Espírito Santo, o que para mim não fazia o menor sentido. Mas, desse dia em diante, de forma intermitente, um suave e agradável calor brotava em minha testa, e isso eu não podia negar, e sem que eu dissesse nada, minha esposa perguntou-me se eu vinha sentindo pequenas ondas de calor, o que confirmei. Alguns dias depois, minha cunhada mandou-me um livro de presente, cujo título era “Bom Dia Espírito Santo” de um autor chamado Benny Hinn. Li o livro, e fiquei surpreso com várias coincidências entre as experiências desse autor, com aquilo que estava acontecendo comigo, e então isso começou a me intrigar. E as ondas de calor continuavam.

Os anos foram se passando, e certo dia, mais irritado do que curioso, eu disse em meus pensamentos: Deus, se Você realmente existe, essas ondas de calor não me bastam; eu quero evidências claras da Sua existência. Sete anos depois daquela grande onda de calor, no dia 04 de julho de 2002 😊, por volta das 15:00, ocorreu a grande explosão interior, e eu desabei em lágrimas, e balbuciei: Ó Deus, perdoe-me, agora eu creio!

GLÓRIA AO SENHOR!

Acabava de nascer um Cristão Novo aos sessenta e três anos, e morria no mesmo instante, o ferrenho agnóstico. Surgiu um Cristão livre e independente, sem quaisquer vínculos com instituições ou pessoas. Eu, um livro em branco, que o Espírito começou a preencher, cujo conteúdo, ou seja, os talentos recebidos, através dos insights espirituais, foram colocados à disposição dos eventuais interessados. Essa é a missão a ser cumprida, pois na esfera espiritual, ninguém ensina nada para ninguém, senão apenas e exclusivamente, o Espírito Santo, transferindo o que ouviu de Jesus Cristo, através dos insights se escoam pelo canal da intuição.

(Efésios 2:1 a 10) (1 Coríntios 2:4 a16) (João 3:3,5) (João 16:12 a 15) (Romanos 7:6)

*Que a Luz do Senhor Jesus Cristo resplandeça em outros Corações!*

Edgar Alexandroni
Enviado por Edgar Alexandroni em 01/08/2021
Código do texto: T7311976
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