Vampiro
Apenas quando de verdade
Não me quiseres mais.
Rasga as roupas
Que lhe desenhei
E corta fio a fio
Os meus versos vazios;
Joga ao ventos as cinzas
Desse vampiro
que vive por cima dos edifícios,
onde nao mora ninguém.
Pra ver se ele
Toma conta da cidade
Meio super herói,
Que se ajoga
de seus precipícios
Falidos e
Desenhados de giz.
Apenas,
enquanto ele riscar
pelos asfaltos da madrugada
Seu isqueiro,
E ele mesmo
não suportar mais
o cheiro,
da fumaça intragante
Que o seu perfume tem.
Flores malbec
Enxofre
Ela anda de preto pelas cidades calmas e cinzentas
Sem nome,sofre.
Ele é da lua de prata
Suas marcas seguem
Invisíveis , solitario és.
Na sua pele resecada,
Hora amor, hora dor;
Tatuada.
Anda pelas noites
E pelos dias.
A lua que brilha a noite
e a mesma que devora
seus versos em soletude ainda.
Ele vive,
se recolhe e dorme
apenas no fim da madruga.
Depois percorre
as suas proprias estradas
Seus caminhos são
por cima dos prédios
que constrói e destroi
toda noite.
De manha
ele segue
uma multidão de homens vazios
e sem forma certa.