Vampiro

Apenas quando de verdade

Não me quiseres mais.

Rasga as roupas

Que lhe desenhei

E corta fio a fio

Os meus versos vazios;

Joga ao ventos as cinzas

Desse vampiro

que vive por cima dos edifícios,

onde nao mora ninguém.

Pra ver se ele

Toma conta da cidade

Meio super herói,

Que se ajoga

de seus precipícios

Falidos e

Desenhados de giz.

Apenas,

enquanto ele riscar

pelos asfaltos da madrugada

Seu isqueiro,

E ele mesmo

não suportar mais

o cheiro,

da fumaça intragante

Que o seu perfume tem.

Flores malbec

Enxofre

Ela anda de preto pelas cidades calmas e cinzentas

Sem nome,sofre.

Ele é da lua de prata

Suas marcas seguem

Invisíveis , solitario és.

Na sua pele resecada,

Hora amor, hora dor;

Tatuada.

Anda pelas noites

E pelos dias.

A lua que brilha a noite

e a mesma que devora

seus versos em soletude ainda.

Ele vive,

se recolhe e dorme

apenas no fim da madruga.

Depois percorre

as suas proprias estradas

Seus caminhos são

por cima dos prédios

que constrói e destroi

toda noite.

De manha

ele segue

uma multidão de homens vazios

e sem forma certa.

Edmilson Cunha
Enviado por Edmilson Cunha em 25/06/2021
Código do texto: T7286718
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