Biografia do Empresário SADI CASSOL
Sadi Cassol é neto de imigrantes italianos, empresário, gestor público, político e escritor, que ao longo de 5 décadas de intenso trabalho construiu uma bem sucedida carreira como empreendedor e comerciante, além de exercer funções importantes em entidades classistas e no setor público. Gaúcho, nascido em Ibiraiaras, deixou sua terra natal em 1989, tornando-se um pioneiro na capital Palmas, onde ocupou diversos cargos na gestão municipal e estadual, com destaque por ter representado o Estado do Tocantins como Senador da República.
A biografia de Sadi Cassol releva fatos curiosos e interessantes que vão além do campo profissional, pois sua história familiar de ascendência italiana nos mostra uma incrível oportunidade de descobrir um pouco mais da trajetória socioeconômica, empresarial e política de nosso País.
Esse texto se baseia no livro autobiográfico lançado por Sadi Cassol em 2018 “Dos brotos verdes das abóboras ao Azul do Senado”, que retrata parte de sua trajetória e genealogia. Também embasei a narrativa com dados disponíveis na internet, bem como utilizei depoimentos e informações de empresários e moradores de Palmas que o acompanharam no decorrer dessas 3 décadas no Tocantins.
Trata-se realmente de uma bela história que vale a pena conhecer em detalhes.
ORIGEM
A história da Família Cassol no Brasil teve origem com um imigrante Italiano, João Cassol, que chegou ao Brasil no começo do Século XX, estabelecendo-se no interior do Rio Grande do Sul.
O jovem João Cassol, nascido em 08 de dezembro de 1880, na Itália, filho de João Cassol e Maria Delpont, decidiu se mudar sozinho para o outro lado do Oceano Atlântico, dando início a uma extensa linhagem em terras brasileiras.
Chegando ao porto de Santos (SP), João Cassol foi para o município de Bento Gonçalves, na região da Serra Gaúcha, que era uma área ainda praticamente virgem, repleta de matas de pinheiros e araucárias.
A Serra Gaúcha foi colonizada quase que inteiramente por imigrantes italianos. Depois de um início cheio de dificuldades e privações, eles conseguiram estabelecer povoados e vilas que, posteriormente, tornaram-se cidades prósperas.
João Cassol, assim como os demais daquele período, tirava seu sustento do cultivo da terra e da exploração das florestas nativas.
Transcorrido determinado tempo, ele mudou-se para Nova Prata, a cerca de 60 km de Bento Gonçalves.
João Cassol conheceu uma bela jovem, Amábile Roncin, nascida em 21 de julho de 1886 no município vizinho de Vacaria, também formado por colonos italianos.
Ele ficou encantado e pediu a mão da moça em casamento, como era costume à época.
Em 1903, João Cassol (22 anos) casou-se com Amábile Roncin Cassol (17 anos), filha de imigrantes italianos David Roncin e Eugênia Roncin. Eles tiveram 8 filhos, sendo 2 mulheres e 6 homens: Sabina (1904), Eugênio (1908), Guerino (1912), Afonso Angelo (09/05/1914), Recieri Albino (1916), Assumpta (1918), Paulino (1924) e Virgínio (1925).
Os filhos de João e Amábile Cassol se estabeleceram nos municípios da Serra Gaúcha, como por exemplo: Bento Gonçalves, Veranópolis, Nova Prata, Lagoa Vermelha e Ibiraiaras.
O quarto filho do casal, Afonso Ângelo Cassol (21 anos) se casa com Olivia Colla Cassol (19 anos), filha dos imigrantes italianos Domingos Colla e Prescilia Barbiero Colla. O casamento foi na Igreja Matriz, em 22 de janeiro de 1936, em Nova Prata.
Afonso e Olivia Cassol tiveram 9 filhos, a saber: Alfério, Danilo, Lurdes, Gerci, Nilce, Sadi Cassol (15/07/46), Valdemar, Mário e Rivaldo.
Nas décadas de 1930-40, na Serra Gaúcha não existiam tantos recursos e os moradores mantinham forte vínculo, cada um apoiando seu vizinho da melhor maneira que podia para superarem juntos os desafios diários.
Inclusive, não havia hospitais e clínicas nas proximidades, nem tampouco médicos e enfermeiras. Os partos eram realizados em casa com auxílio de parteiras. Sadi Cassol e todos seus irmãos e irmãs vieram ao mundo sob os cuidados das mãos habilidosas de parteiras da própria comunidade.
Os colonos retiravam seu sustento do cultivo da terra, o que exigia enorme esforço.
A primeira tarefa era a derrubada das matas de pinheiros da araucária. O desmatamento era todo na base do machado e da serra manual de 3 metros de comprimento, operada por dois homens, um em cada ponta. Era um trabalho pesado que às vezes levava um dia inteiro para derrubar uma única árvore, que chegavam a 40-50 metros de altura e 1 metro e meio de diâmetro.
A madeira era utilizada construção de casas, celeiros, currais, cercas, porteiras, mata-burros, produção de ferramentas, carroças, charretes, móveis etc.
Depois da limpeza da área, plantavam arroz, milho, feijão, trigo, batata, abóbora, amendoim, cana-de-açúcar, chá, café e diversos cultivares.
Uma parte da terra era destinada ao cultivo de vinhedos, para consumo das uvas e produção de vinho.
Em quase todas propriedades haviam ovelhas, porcos, galinhas e algumas cabeças de gado leiteiro.
Os colonos preservavam muitos traços da cultura italiana, repassando aos filhos e netos seus costumes e tradições. A religião predominante era a católica e os colonos falavam italiano e português.
Aos 4 anos, Sadi Cassol fez a primeira comunhão.
Concluiu o ensino fundamental no Colégio das Irmãs. Também estudou em uma escola rural da comunidade de Nossa Senhora do Caravaggio que ficava a 8 quilômetros, distância que às vezes percorria a cavalo e outras a pé. Guarda boas lembranças daquele tempo.
Não havia energia elétrica nas residências e colégios. A iluminação era com lampião a querosene ou lamparinas. As refeições eram preparadas no fogão a lenha.
Desde pouca idade, Sadi ajudava seus pais e irmãos em diversas tarefas, como: juntar lenha para cozinhar a comida, encher os baldes retirando água do poço, cuidar do rancho, trabalhar no plantio e colheita de trigo e milho, auxiliar na produção de vinho etc.
No período de frutificação dos pinheiros, Sadi e suas irmãs, Lurdes, Gerci e Nilce, saíam para catar pinhões, que assavam sobre o fogão a lenha. Ficava extremamente saboroso, além de ser bem nutritivo.
Seu irmão mais velho, Alfério, tinha um violão fabricado por ele mesmo, muito rustico e improvisado, mas funcionava bem, servindo para alegrar os momentos de lazer com músicas italianas e gaúchas.
Depois da janta não podia faltar o famoso chimarrão que frequentemente era adoçado com mel de abelha tirado dos favos produzidos na própria propriedade da família.
Aos 9 anos, o menino Sadi teve que enfrentar a triste perda de sua avó paterna, ‘nonna’ como falavam em Italiano.
Dona Amábile Roncin Cassol faleceu, em 26 de maio de 1956, em decorrência de um infarto do miocárdio, aos 69 anos.
Após aproximadamente 53 anos de casamento, a viuvez foi extremamente difícil para o avô João Cassol. Menos de 200 dias depois da partida de dona Amábile, em 06 de dezembro de 1956, ele veio a óbito, por insuficiência cardíaca, aos 76 anos. Ele foi enterrado ao lado de sua querida esposa, no Cemitério Capela Nossa Senhora de Lourdes, município de Nova Prata (RS).
Já adolescente, Sadi ajudava a cuidar das vacas, tirar leite, fabricar queijos e produzir farinha de milho e trigo em moinhos caseiros.
Certo dia, quando estava com 16 anos de idade, ele conheceu alguns vendedores de tecido chamados “mascates turcos ou árabes”, dos quais teve a ideia de iniciar um negócio. Assim, ele, com seu pai e irmãos compraram uma caminhonete Ford Bigode, ano 1927, que passaram a usar para vender não só tecidos, mas também ferramentas (enxadas, foices, martelos, pregos, arame farpado etc.), calçados, chinelos, sal, açúcar, café e fumo em rolo. Esse foi o começo de sua trajetória empreendedora. Até aquele momento, seus familiares obtinham renda da terra, exploração madeireira e criação de animais. Dali em diante, um novo ramo de atuação nasceu entre os Cassol.
Sadi tinha uma visão aguçada para os negócios e sabia aproveitar as oportunidades. Passou a comercializar também galinhas, indo de casa em casa, percorrendo as estradas de terra até nas comunidades do interior. Foram prosperando e, logo, compraram um Jeep Land Rover, ampliando os produtos comercializados e a clientela, chegando até Caxias do Sul, maior cidade daquela redondeza.
Em maio de 1965, ingressou no serviço militar, como soldado no 3º Batalhão Ferroviário do Exército no município de Vacaria.
Ao dar baixa do Exército, voltou para Ibiraiaras, que ainda era um distrito do município de Lagoa Vermelha.
VEREADOR MAIS JOVEM DO RIO GRANDE DO SUL
Na cidade natal, Sadi Cassol iniciou sua carreira política na luta pelo desmembramento de Ibiraiaras do município de Lagoa Vermelha.
No dia 9 de julho de 1965, foi assinada pelo governador Ildo Meneghetti a Lei Estadual nº 4.976, que criava o município de Ibiraiaras. No entanto, só no dia 29 de maio de 1966, foi realizado no Clube União o ato de instalação do município de Ibiraiaras, quando houve a posse do Interventor Sr. João Stella, nomeado pelo Presidente da República Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco
Assim, o dia 29 de maio de 1966 passou a ser considerado a data de fundação do município de Ibiraiaras (RS).
Sadi Cassol quis concorrer ao cargo de vereador, mas só tinha 20 anos de idade. Assim, ele precisou registrar uma declaração de emancipação no cartório da cidade para poder participar do pleito.
Após registrar sua candidatura, o jovem Sadi saiu em busca de apoio. Sua ousadia e vontade de fazer a diferença em sua comunidade chamava atenção de autoridades, comerciantes e lideranças religiosas, sendo que muitos destes se dispuseram a ajudá-lo.
Sadi Cassol foi eleito na primeira legislatura da recém-emancipada Ibiraiaras. Tomou posse aos 21 anos de idade, sendo considerado até hoje um dos mais novos vereadores da história do Rio Grande do Sul.
Naquela época, a função de vereador não era remunerada na maioria dos municípios brasileiros. Era um trabalho voluntário. Dessa forma, Sadi para se manter financeiramente continuou trabalhando com frete e comércio.
Além de trabalhar bastante, foi em Ibiraiaras que Sadi encontrou o grande amor de sua vida.
CASAMENTO
Em 17 de outubro de 1970, Sadi Cassol (24 anos) casou-se com Beatriz Vergínia Slaviero Cassol (22 anos), filha dos comerciantes Ricieri Slaviero e Elma Boito Slaviero.
O casamento foi na Igreja Matriz de Ibiraiaras. Após a cerimônia ofereceram um grande churrasco para os convidados, uma bela festa, digna de muitos elogios. Passaram a lua-de-mel na cidade de Vacaria, onde ele tinha servido o Exército.
Dessa união, eles tiveram 4 filhos: Vagner, Valter, Vanessa e Vinicius; e 5 netos: Priscila, Victor, Larissa, Artur e Renan.
Sadi Cassol e sua esposa Beatriz souberam aproveitar as oportunidades que a vida lhes deu para crescerem financeiramente, mas sem nunca se deixarem corromper pelas riquezas e bens materiais. Construíram uma bonita família, de caráter e bom nome, que são referência para grande número de pessoas.
Eles sempre se mantiveram fiéis aos seus princípios e nunca abandonaram suas raízes e amigos. Para muitos esse é o segredo do sucesso deles e o que justifica o grande carinho e admiração que conquistaram ao longo de 50 anos de casamento.
Poucos casais têm o privilégio de comemorar Bodas de Ouro, podendo olhar para trás e ver o virtuoso caminho trilhado em meio século de união e cumplicidade!
Logo a seguir são apresentados detalhes dos fatos e acontecimentos que Sadi e Beatriz vivenciaram juntos.
NEGÓCIOS E VIDA PÚBLICA EM VERANÓPOLIS
Pouco tempo depois, Sadi e Beatriz se mudaram para a cidade de Veranópolis, localizada a 85 km de distância.
Em Veranópolis, Sadi deu sequência em sua carreira política e empresarial.
Elegeu-se vereador por mais três mandatos e, como presidente da Câmara, chegou a assumir o exercício da prefeitura, com o afastamento do titular por motivo de saúde.
Foi por diversas vezes Secretário de Obras, Administração, Planejamento, dentre outros cargos.
Sadi e Beatriz fundaram a empresa Confecções Cassol, que se tornou uma das maiores do Rio Grande do Sul. Chegou a ter 4 lojas e mais de 100 funcionários.
Eles trabalhavam intensamente, de segunda a segunda. Devido aos inúmeros compromissos nos cargos públicos que ocupava, Sadi muitas vezes deixava sua esposa sozinha cuidando da empresa.
Na década de 1980 o Brasil viveu grandes transformações sociais e políticas. Aquele foi um período extremamente conturbado, fruto de demandas acumuladas dos anos anteriores. Com o fim do Regime Militar foi instalada a Assembleia Nacional Constituinte e se intensificaram os protestos reivindicando ações do governo para melhor a qualidade de vida da população.
O Presidente da República José Sarney assumiu o governo após o falecimento de Tancredo Neves. Uma grande crise financeira se instalou no País e vários planos econômicos foram implementados para tentar alavancar o desenvolvimento, mas infelizmente não tiveram o êxito que a população e a classe empresarial desejavam. Sadi e Beatriz tiveram que superar aquele período de crise com muito esforço e persistência.
1988 foi um ano de grandes acontecimentos em nível nacional e também no âmbito familiar dos Cassol.
Em 05 de outubro de 1998, foi promulgada a Constituição Federal, que, entre muitos avanços e inovações, fez surgir o estado do Tocantins, que foi desmembrado de Goiás. O 1º governador eleito foi o Deputado Federal José Wilson Siqueira Campos, que conduziu as ações para efetivar sua implantação.
No aspecto particular, a família Cassol também passou por várias situações no ano de 1988, muitas das quais difíceis, que lhes levavam a refletir no rumo de suas vidas.
Sadi Cassol já tinha perdido seu pai, Sr. Afonso Ângelo Cassol, que havia falecido em 16 de junho de 1980, com 67 anos de idade.
Agora, em meio a tantos acontecimentos daquele ano, foi a vez de sua mãe, dona Olivia Colla Cassol, partir, em 1º de novembro de 1988, em Lagoa Vermelha (RS), aos 72 anos de idade.
Só quem passou pela perda de sua mãe sabe o tamanho da dor. Mesmo que esteja em idade avançada ninguém se conforma com sua partida.
O desejo de recomeçar a vida em outra localidade só se fortaleceu após aquilo.
Coincidentemente, numa noite de domingo, enquanto assistia o Fantástico, Sadi ouviu o apresentador Cid Moreira falar sobre a criação da capital do Tocantins.
Aquela notícia tocou seu coração. Ele saiu correndo e foi até o quarto, ao encontro de sua esposa Beatriz que já estava deitada, para lhe anunciar com entusiasmo aquela notícia do lançamento da pedra fundamental de Palmas. Ela não entendeu bem suas palavras, mas pode perceber a força do sentimento que brotava em seu coração.
MUDANÇA PARA O TOCANTINS
Em 1989, Sadi Cassol e sua família mudaram-se para o estado do Tocantins, tornando-se pioneiros atuantes na nova metrópole que estava nascendo.
A Região Norte era uma terra desconhecida para eles, com costumes e cultura totalmente diferentes.
Trouxeram muitos sonhos e expectativas para dar início a uma nova trajetória. Tudo era novo e inusitado. Aos poucos foram-se adaptando, fazendo amizades e contribuindo para o desenvolvimento da cidade.
Eles construíram a Galeria Bela Palma, em frente à Praça dos Girassóis. Abriram uma sorveteria, que depois foi ampliada e tornou-se uma pizzaria e choperia.
A primeira moradia foi uma casa de madeira na Quadra ARSE 12, que nesse tempo não tinha asfalto e iluminação pública.
A Pizzaria prosperou e depois mudaram de endereço para a Avenida Teotônio Segurado, próximo a Santa Helena Veículos. A freguesia chegava a 300 clientes por dia. Vendiam até 150 pizzas, principalmente aos domingos.
A Pizzaria Bela Palma era frequentada pela elite empresarial e política de Palmas, inclusive o Prefeito Eduardo Siqueira Campos e o Governador Siqueira Campos eram clientes.
Sadi Cassol sempre foi uma pessoa extremamente ativa e competente. Administrava de uma maneira diferenciada, prezando pela ética, qualidade nos serviços e honrando seus compromissos com funcionários e parceiros comerciais. Tudo isso não passava despercebido por autoridades e lideranças em Palmas, que logo começaram a convidá-lo para atuar em entidades classistas.
ATUAÇÃO CLASSISTA
A Associação Comercial e Industrial de Palmas (ACIPA) foi fundada em 5 de julho de 1990, com a missão de atuar ativamente pela defesa e promoção dos segmentos do comércio e indústria e intermediar a relação com os órgãos públicos, propondo ou reivindicando medidas e projetos que contribuam para o desenvolvimento local.
Sadi Cassol foi o terceiro empresário a ocupar a presidência da ACIPA, pelo biênio 1995/1996. Durante sua gestão ele ampliou o número de filiados e fortaleceu a Feira de Negócios – a famosa FENEPALMAS.
Tornou-se membro do Conselho de Contribuintes, vinculado à Secretaria Estadual da Fazenda. Atuou pelo período de 2 anos em defesa dos comerciantes e empreendedores locais.
Em novembro de 1995, à convite do governador Siqueira Campos, Sadi fez parte da comitiva de secretários, diretores de autarquias e empresários locais numa viagem pela Ásia, onde visitou diversos países: China, Hong Kong, Japão etc.
Assim que retornaram de viagem, ele deu sequência em seu trabalho na ACIPA e no Conselho de Contribuintes desenvolvendo ações e projetos para fortalecimento do segmento empresarial e comercial de Palmas.
RETORNO À VIDA PÚBLICA
Sua vocação para o comércio, seu jeito sério de administrar os negócios e a facilidade para fazer amigos acabaram conduzindo-o novamente para a representação popular.
Dessa forma, ele acabou quebrando a promessa que tinha feito a sua esposa Beatriz e acabou retornando a vida pública.
Em 1997, ele foi convidado pelo Prefeito Odir Rocha para assumir a Secretaria Municipal de Industria Comercio e Turismo. Atuou na organização da temporada da Praia da Graciosa, que nessa época funcionava na outra margem do rio Tocantins. Quem viveu aquele período sente saudades da agitação e encantos dessa programação festiva.
Sadi foi responsável por trazer o Rally dos Sertões para Palmas. Fez uma bela recepção à moda gaúcha aos participantes do Rally, servindo aos competidores e convidados um ‘boi no rolete’.
Foi convidado pelo Governador Siqueira Campos para atuar no Conselho Estadual de Desenvolvimento Econômico (CDE), vinculado à Secretaria Estadual de Indústria e Comércio (SIC). Sadi Cassol foi o primeiro presidente do CDE, tendo contribuído com os projetos de instalação dos Parques Industriais e Atacadistas de Palmas.
Em 1999, candidatou-se e foi eleito Vereador em Palmas, compondo a base da Prefeita Nilmar Ruiz.
Ocupou vários cargos novamente, tais como: Secretário de Turismo, de Indústria e Comércio, de Ciência, Tecnologia e Cooperação Internacional, e do Meio Ambiente.
Sadi Cassol buscava ampliar seus conhecimentos, empreendendo constante interação com profissionais, pesquisadores e gestores das mais diversas instituições, no intuito de agregar valores e novos conceitos como gestor público.
Nunca se intimidou por notícias tendenciosas e pessimistas veiculadas na mídia com relação aos trabalhos desenvolvidos por sua equipe.
Em 2009, o Prefeito Raul Filho convidou-lhe para implantar a Ouvidoria Geral da Prefeitura de Palmas.
SENADO FEDERAL
Em novembro de 2002, Sadi Cassol havia conquistado a vaga como 1º suplente de Senador de Leomar Quintanilha (2003-2010).
O Governador Carlos Gaguim convidou Leomar Quintanilha para assumir a Secretaria Estadual de Educação.
Assim, em 22 de setembro de 2009, Sadi Cassol assumiu a vaga de Senador da República, atuando em várias comissões como membro titular ou suplente, tais como: Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA), Comissão de Educação (CE), Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), entre outras.
Sadi Cassol chegou ao Senado Federal com 62 anos de idade e uma longa carreira construída com passagens exitosas pelo setor público e iniciativa privada, com um leque de atuações em diversas áreas, o que lhe proporcionou enorme acúmulo de saberes e competências.
Assim que chegou ao “Salão Azul” ficou claro que não estava ali como mero suplente, pois sua postura e desenvoltura colocaram-no entre os mais experientes e preparados. Tanto é verdade que por várias vezes ele assumiu a Presidência do Senado, dirigindo a mesa em harmonia com seus pares em inúmeros debates e projetos de grande relevância nacional.
Ficou reconhecido como um parlamentar aberto ao diálogo, bem articulado e que defende suas opiniões e ideais com veemência e paixão. Sadi gosta de ser protagonista, não se conformando com papeis secundários. Essa postura firme e ativa é uma de suas marcas pessoais – algo que construiu por meio de muito esforço e aprendizado.
Deixou uma marca de competência e respeito durante sua permanência no Senado Federal.
Retornou à Palmas com a cabeça erguida, tendo a certeza de sua bela atuação em nome do povo tocantinense.
Ao longo de sua extensa trajetória, Sadi Cassol recebeu títulos e honrarias pelos importantes serviços prestados aos seus conterrâneos gaúchos e aos tocantinenses, entre as quais: Cidadão Emérito de Ibiraiaras (1996), Diploma da Marinha do Brasil (1999), Homenagem da Ordem da Arara-canindé da Capitania Fluvial Araguaia-Tocantins (2001), Sócio-honorífico do Clube de Tradições Gaúchas (CTG) Nova Querência de Palmas (2002), Cidadão Palmense (2009), Cidadão Veranopolitano (2009), Homenagem pelos 30 anos da ACIPA (2020).
Em 2018, ele lançou o livro autobiográfico “Dos brotos verdes das abóboras ao Azul do Senado.
Em 2019, seu livro foi adaptado para uma peça de teatro dirigida pelo administrador e ativista cultural Edson Cabral e participação do Grupo Art Sacra. A peça foi apresentada em forma de sarau em parceria com a Academia Palmense de Letras (APL), como parte da programação da Terça Literária no Teatro Fernanda Montenegro, no Espaço Cultural José Gomes Sobrinho.
A biografia de Sadi Cassol de certa forma resume a própria história de desenvolvimento e progresso do estado do Tocantins!
Todos que tem o prazer de conhecer e conviver com ele reconhecem sua história de sucesso profissional, suas realizações com gestor público e suas valiosas contribuições como representante legislativo, tanto na Câmara de Vereadores nas três cidades que residiu (Ibiraiaras, Veranópolis e Palmas), bem como representando o estado do Tocantins no Senado Federal.
Nos diversos cargos que ocupou, Sadi Cassol contribuiu decisivamente para construção de políticas públicas nas áreas de infraestrutura urbana, desenvolvimento agrário e rural, cultura, esporte, lazer, turismo, direitos do consumidor, tributos e finanças, aperfeiçoamento da gestão municipal e proteção ambiental.
Não há dúvida que Sadi Cassol é uma grande referência para toda a família Cassol e para todos os italianos que deixaram a sua terra natal e vieram cheios de esperança e coragem para viver entre nós.
A trajetória de Sadi Cassol nos remete há um momento importante da história de nosso País. Seu avô paterno, João Cassol, chegou ao Brasil como parte de uma leva de imigrantes cheios de sonhos e vontade de fazer a diferença. Hoje, não somente a memória deste valoroso italiano se mantém viva, pois aqueles sonhos e desejos de produzir/realizar permanecem constantes na linhagem do sobrenome Cassol.
Várias características estão presentes na Árvore Genealógica dos Cassol, que explicam o sucesso deles desde a chegada do patriarca João Cassol a pequena Nova Prata até seus inúmeros descendentes radicados no Tocantins. Coragem, ousadia, força de vontade, disposição para o trabalho, empreendedorismo, liderança são qualidades que permeiam a história dessa valorosa família.
Sadi Cassol e dona Beatriz, além de inúmeras contribuições no Rio Grande do Sul, tornaram-se pioneiros conhecidos e respeitados em Palmas, onde tiveram papel de destaque no desenvolvimento da mais nova capital brasileira!
BIBLIOGRAFIA:
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Palmas - TO, Março de 2021.
Giovanni Salera Júnior
E-mail: salerajunior@yahoo.com.br
Curriculum Vitae: http://lattes.cnpq.br/9410800331827187
Maiores informações em: http://recantodasletras.com.br/autores/salerajunior