Albeci Cordeiro dos Santos ( Salão Hollyood)
Por Nemilson Vieira de Morais (*)
“Encravada aos pés da Serra Geral a cidade de São Domingos (nordeste de Goiás) têm na história a grandeza dos desbravadores”.
ONDE TUDO COMEÇOU
São Domingos (GO), lugar exuberante por natureza, conhecido no mundo inteiro pelas suas riquezas naturais; belas cavernas e grutas, dum povo encantador! Lá nasceu o campos-belense de coração: Albeci Cordeiro dos Santos, em 27 de março de 1959.
Os seus pais, José Cordeiro dos Santos e Antônia Francisca Barbosa, também são da mesma cidade (São Domingos); pessoas simples, de boas maneiras…
Com muito sacrifício e honradez o casal criou e educou os seus nove filhos: Hamilton, Antônio José, Albeci, Almir, Pedro Alcir, Maria Madalena, José Luiz, Zildene e Gleidson.
Dentre as atividades do seu José Cordeiro, o pai do Albeci dentre outras, fora também empresário do ramo de hotelaria e servidor público municipal, em São Domingos.
BRINCADEIRAS DE CRIANÇA
Albeci viveu a infância e um pouco da juventude na sua cidade de origem. — “Nas melhores brincadeiras do mundo”, como ele mesmo define e rememora: Salva-cadeia, com peão, finca, pega-pega, carrinho de rolimã, bilôquê, pula-ponte, pega-pega no lindo rio de límpidas águas, que corta os gerais, o lugar.
Vivi essa mesma experiência e sei o quanto isso foi maravilhoso, significativo, marcante.
HORA DE IR
Chegou a hora de pôr os pés na estrada; outras pessoas, lugares precisavam conhecer aquele jovem extrovertido, amigo dos amigos, esbanjador duma incrível vontade de trabalhar, viver…
Em 1977, aos 18 anos, deixou a sua parentela, os amigos, a terra natal e rumou à capital do seu estado, com muita esperança, vontade e disposição para vencer os grandes desafios da vida, por onde quer que fosse.
TRABALHOS NA CAPITAL
Em Goiânia trabalhou numa marmoraria
por um tempo; nas horas vagas, cortava cabelos num salão, para complementar os rendimentos, no bairro onde vivia, no Setor dos Funcionários, próximo ao campo do Atlético de Goiás.
ENTRETENIMENTO
Nos finais de semanas jogava bola com os novos amigos que fez no lugar e atuava em alguns times por lá. A sua paixão pela bola era grande e se fazia evidente, notória, por aonde ia; nem sei o porquê, não se tornou um atleta profissional. — Talvez por faltar-lhe a oportunidade; falta de talento não fora.
HORA DE VOLTAR
A saudade de casa era muita e nada mais despertava tanta graça ao Jovem Albeci naquele efervecente mundo, naquela selva de pedras.
O futebol amador em Campos Belos ainda vivia os seu dias de glória… O rapaz do seu José Cordeiro não pensou muito e retornou à São Domingos.
Nesse regresso Albeci fora contratado por uma conceituada empresa de mineração em São Domingos e região, a (Metago).
AMOR À PRIMEIRA VISTA
Não conhecia Campos Belos, e fora designado pela firma em que trabalhava para fazer pagamentos dos funcionários nessa praça e, posteriormente ao jogar mais vezes nos times do lugar amou de paixão a cidade!
EQUILÍBRIO!
O Albeci toda vida soubera alinhar o trabalho ao seu entretenimento de maior paixão (o futebol), de maneira que nunca ficou sem atuar em nenhum desses seguimentos.
SOBRE O ATLETA
Um ex-craque do futebol amador da cidade ao saber da produção dum texto sobre esse seu colega ponderou num áudio: “O Albeci jogou bola comigo, no Campos Belos Futebol Clube; nos ajudou a fundar um time e jogou também na nossa equipe de veteranos (Renovação e Renascença), um, cara gente boa”. — Nonato Chagas.
A posição que o Albeci sempre atuou nos jogos fora a de ponta esquerda. — Nos bons tempos tê-lo na escalação dos jogos levava preocupação aos zagueiros: pela velocidade que partia rumo à meta adversária; pela cede de gol, pelos lançamentos precisos.
QUATRO VEZES CAMPEÃO
Um bom atleta, como recompensa do esforço e dedicação (nos treinos e jogos) uma hora sentirá o gostinho de levantar uma taça, um troféu, ser um campeão. Com o Albeci não fora diferente: não somente uma vez conquistara um campeonato, e sim 4 campeonatos regionais foram conquistados. Pelo Misto (F.C), foram duas conquistas; pelo Campos Belos (F.C), outras duas.
OS RELACIONAMENTOS
Por experiência própria tenho dito que uma família faz falta. Victor Hugo diz que “a mulher é a mais sublime dos ideais”. Os filhos são as bênçãos de Deus para o casal.
Ainda solteiro teve dois filhos, o Marcos (Marquinhos) e Ilca;
Do primeiro matrimônio, Albson e Aline; No relacionamento atual, com a Eliene Francisca da Conceição, cinco filhos: Emile Jordane, Jadson, Anderson e Alison.
O EXPORTE O TROUXE A CAMPOS BELOS
“O exporte trouxe-me a Campos Belos e aqui estou há 41 anos”. — Albeci.
Inicialmente o Albeci trabalhou no bar do Altamiro Bolacha anexo ao Posto HP, em 1981/2 abriu o seu próprio negócio.
O seu primeiro salão na cidade, fora na Rua do Comércio ao lado da dona Clementina, nas proximidades do número 50. Começou muito simples: com o básico dos básicos. Uma cadeira de sucupira, feita pelo saudoso Salviano (o pai), um espelho de parede, uma tesoura, um pente, umas cadeiras…
EXPANSÃO DO NEGÓCIO
Com a abertura da Av. Des. Rivadavia Licínio de Miranda, pelo ex-prefeito Aurolino,
Albeci foi um dos primeiros a construir uma edificação nessa avenida, onde hoje é o “Barbearia Hollywood”. Posteriormente, com mais alguns investimentos na estrutura do mesmo se tornou entre outros, um dos melhores e mais recomendados salões do Nordeste de Goiás.
CONSELHO DE SEGURANÇA
Albeci Cordeiro dos Santos, tornou-se membro do corpo de jurados e já participou de alguns júris. No momento está a frente da presidência do Consellho Comunitário de Segurança e Defesa Social, da cidade, no triênio 2020/21/22.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Pela dedicação ao trabalho e ao futebol, tornou-se um investidor, um desportista, um cidadão próspero. Chegou à cidade em 22 de agosto de 1980. Uma pessoa do bem que contribuiu ao desenvolvimento local; fez e faz parte da sua história.
*Nemilson Vieira de Morais
Gestor Ambiental /Acadêmico
Literário. (04:02:21)
O texto contém informações do próprio biografado.