ESSA MINHA PAIXÃO POR AUTOMOBILISMO E AUTOMÓVEIS...
ENGENHEIRO MECÂNICO AUTOMOBILISTA...
- Foi em 1968, que passei no vestibular da Pontifícia Universidade Católica ( PUC - FEI ), onde cursei por 5 anos o curso de Mecânica de Automóveis inclusive participando dos projetos do Roberto Solera em fazer o TALAV que foi apresentado no Salão do Automóvel no Anhembi.
- Naturalmente por essa paixão por automóveis tive os meus que com certeza todos ainda se lembram daquele filme do Sylvester Stallone com o Cobra num Mercury verde água dando seu cavalo de pau e atirando numa camionete que o perseguia dirigindo de ré seu Mercury e danificando o motor da caminhonete com um tiro de 12!!! Pois é amigos esse foi o primeiro carro com que eu tirei a minha carta de motoristas no Detran em São Paulo, que após a aprovação do examinador, dei uma cantada de pneus para comemorar de deixar fumaça na pista de exames!!!!
- Assim enquanto estudava e tinha o colega que participava do projeto do Copersucar do Emerson Fittipaldi o Ricardo Divila que foi meu colega de classe e me permitiu dar uma volta no carro do Emerson na Pista de Interlagos, foi demais uma emoção sem precedentes de pilotar um fórmula 1 como se estivesse deitado no chão a uma distância de 5 cm do solo raspando em algumas partes da pista o asfalto e soltando faíscas e aquele bólido amarelo canário do Copersucar pela pista de Interlagos, foi inesquecível!!!
- Aos dezenove anos antes de entrar na Faculdade em 1964 abri a minha loja fotográfica na avenida Brigadeiro Luís Antônio, 1564 numa galeria de 100 lojas onde a minha era no subsolo da galeria numero 04 onde ao lado tinha uma tinturaria dos meus amigos italianos e outra loja de conserto de equipamentos elétricos. Fomos os primeiros a inaugurar a galeria. Foi bem na época dos assaltos de bancos pelos guerrilheiros amigos da Dilma Nunca mais...
- Assim em agosto de 1964 a Caixa Econômica fez o financiamento dos carros pé de boi... sem acessórios para quem não tinha dinheiro suficiente para comprar um completo, e lá fui eu para a fila no Parque do Ibirapuera dormir por 4 dias e 4 noites, mas consegui ser o 65 da lista de compras do Pracinha DKW que veio totalmente sem acessórios tais como espelho do lado do passageiro, mas por sorte não veio tão depenado como os veículos quando são roubados e passam um dia no pátio da polícia e alguém alivia até o estepe e os parafusos cromados das rodas???
- Enfim foram 3 anos com esse carro que cheguei a capotar com ele na Via Dutra na entrada de São Paulo numa madrugada de quarta feira de Carnaval voltando de São José dos Campos as 4 horas da manhã, e devido a uma fechada de um carro desviei para a direita da pista mas tinha um fusca andando feito tartaruga de tão lento que tive que voltar para a direita e dai fiquei em duas rodas, quando tentei consertar fui rodar com as duas rodas do outro lado e passei pelo Fusca que com medo puxou o carro para a esquerda batendo na roda traseira no ar do DKW Pracinha e eu capotei na pista por três vezes... quebrando todos os vidros e amassando todo o teto do carro...
- Após o acidente conseguimos desvirar o carro pois eu saí pelo vidro da frente que sumiu no impacto no asfalto e enfeitado com a borracha do vidro no pescoço... mas sem nenhum arranhão pois sempre uso o cinto de segurança!!!
- Tiramos o carro da pista depois de desvira-lo pois ficou de ponta cabeça na pista principal... e assim que tiramos da pista pouco movimentada de madrugada passou um ônibus da Cometa que passou por cima de tudo que era meu que ainda estávamos coletando na pista...
- Fomos fazer a ocorrência pois o cara do Fusca queria que eu pagasse o conserto de amassado no paralama dianteiro dele e o delegado disse a ele... se você bateu na roda traseira do carro do japonês ... quem tem que pagar o conserto é você... disse o delegado ao dono do Fusca... e isso já eram quase 8 horas da manhã!!!
Assim consertamos o DKW e o usamos por mais dois a três anos... quando surgiu uma oportunidade de comprar o meu primeiro Fusca 1968 zerado , cor branca que realmente me apaixonei pelo meu Herbie que não era 53, mas foi o meu Fusca das minhas primeiras aventuras viajando pelo Brasil com as minhas irmãs nos feriados ou nos fins de semanas prolongados!!!
Depois de dois anos vendi a vista o Fusca sem nenhum arranhão nele só uma marca de um parachoque do carro do padeiro no aro do farol dianteiro que ele bateu e quebrou o farol e dai pagou tudo depois de mostrar a ele o estrago, pois não tinha visto na hora, mas quando no dia seguinte fui a procura do padeiro reconheceu que fora ele... sem brigarmos ele pagou a troca do farol e o cromado ainda estava bom que deixei o mesmo que ficou com uma marca vermelha e verde da bandeira portuguesa...
Na mesma semana que vendi para um amigo japonês ele tentou passar no meio de dois carros na Via Anchieta e abalroou as duas laterais do carro... mas assim que ele consertou também passou para frente e nunca mais tive noticias desse meu primeiro amor por um carro!!!
Tive assim logo a seguir um Opala Vinho seis cilindros, e um Chevette Verde Calcinha como diriam os meus amigos da escola, mas foram por pouco tempo... os vendi e comprei um Opala Branco coupé seis cilindros com câmbio no chão, pois esses outros tinham o câmbio de três marchas no volante...
Esse Opala branco logo na estreia voltando de Cabo Frio na altura de Resende ainda no Estado do Rio de Janeiro explodiu o câmbio e tive que trazer num caminhão até São Paulo e mandar trocar tudo na garantia de fabricação pois os rolamentos agulha travaram devido o aquecimento e travou tudo em alta velocidade só ouvi o barulho e aquela poça de óleo na estrada... atrás da gente...
Quando o meu pai precisou de muito dinheiro para pagar suas contas dei a ele o Opala para vender pelo mesmo preço que comprei em dois anos ... que deu pena de perder aquele possante devido a problemas financeiros do meu pai... mas prefiro perder os anéis e ficar com os dedos...
De 1975 a 1976 tive dois Chevrolet, um Opala branco e uma Caravan vinho e um Passat Marrom todos em menos de um ano já estavam sendo negociados que até parecia um vendedor de carros ou uma loja de carros usados...Mas não me apeguei a nenhum deles talvez por pouco tempo de uso e como mais viajava a trabalho e os carros ficavam na garagem em casa onde ninguém a não ser o cunhado ficou responsável de ligar o carro de vez em quando e movimentá-los para não travar o motor...
Assim logo no ano seguinte pude comprar uma Brasília num consórcio dando um lance de 2250,00 isso em 1976, e o tive por dois anos quando tive alguns revezes e tive que trocar ele por um carro mais velho e assim passei ele para frente e peguei um Fiat 147 a base de troca numa moto que eu tinha da Honda uma Turuna. Esse Fiat virou museu pois andei com ele um bom tempo e acredito que ele ainda exista em Campos de Goitacazes, circulando por lá em meu nome ainda!!!
Quando fui trabalhar na Bahia me separando da primeira esposa deixei o Fiat com ela e comprei um Del Rey de um colega meu, que depois em seguida troquei com outro colega por um Del Rey mais novo Ghia todo equipado com a diferença de Cr $ 2.000,00 de volta...esse carro rodou comigo cerca de 484000 km ou seja ida e volta da Lua a Terra... foram cerca de 16 anos que quando o vendi todo reformado pois bateram nele numa ida de entrega de uma proposta de contrato de trabalho nas obras da empresa na qual eu trabalhava... e o caminhão que bateu... fugiu... e atrás vinha uma dona de uma concessionária Ford que viu o que aconteceu ela se ofereceu de trocar as peças todas e não me cobrar a mão de obra do serviço e assim a empresa me comprou as peças na empresa dela... e ela reformou e pintou o carro todo ... foi como um presente de papai noel em pleno Natal de 1994 ...
Assim quando estive trabalhando em Vitória no ES uma mulher se interessou em comprá-lo para dar ao seu caseiro no sítio de sua propriedade, entreguei o Del Rey e acredita que até a presente data continua andando no meu nome... que já teve multa com pontos na minha carteira???
Nesses últimos 20 anos comecei a virar colecionador de carros antigos bem conservados, mas não por amor, mais por necessidade de carro reserva devido o meu trabalho... e dai foram seis carros que aprendi a reformar como fiz em 1977 peguei um Karmann Ghia 1968 num sítio debaixo de um pé de mangueira todo sujo de cocô de galinhas... lavei e vi que a chapa ainda esta boa... paguei CR$ 2.000,00 e o reformei todo ele inclusive funilaria e pintura e cromar rodas e todos os cromados que ficou teteia... que apareceu um médico do hospital do Câncer de São Paulo que me pagou CR $ 35.000,00 e o rifou e faturou CR $ 100.000,00 para o Hospital do Câncer de São Paulo....
Assim todo os carros antigos que comprei fui reformando e acabei tendo seis carros dois Vectras 1998 e 1999, um Kadett 1996, um Celta 2001, um Corsa 1996, um Astra 2001, como não tinha garagem para todos na minha casa onde tinha vaga apenas para 4 deles acabei cedendo para deixar na casa de cunhados da minha esposa e os mesmos os utilizando pois carro totalmente parado é prejuízo para futura reforma total inclusive de motor que trava de vez...
Acredito que todos vocês tem a ideia de despesas que dão esses carros todos principalmente com IPVA e DUT além de despachante e multas que ocorrem em nossa vida louca de viver viajando apressadamente devido o compromisso que num ano tive que pagar R$ 5000,00 de multa e 300 pontos na carteira de motorista ficando sem poder dirigir por 6 meses que tive que contratar um motorista e como o namorado da minha filha estava desempregado paguei a ele para ser o meu motorista por seis meses e assim pude continuar trabalhando com os meus carros a serviço de inspeção volante em todo o estado de São Paulo e Rio de Janeiro e adjacências!!!
Nem preciso dizer que tenho várias idas a Lua e ter voltado só em quilometragens rodadas nas estradas do Brasil até mesmo até na Argentina e no Paraguai a serviço das empresas as quais prestei serviços pelo Brasil em 30 anos de vida de trecho como cigano sem teto vivendo em alojamentos a trabalho de refinarias e fábricas de papel e celulose ou empresas metalúrgicas e não arrependo jamais pois foi assim que pude educar todos os meus filhos e netos!!!
Em 2011 me aposentei e continuei prestando serviços até 2013 quando realmente parei de trabalhar nessa vida de viagens e agora já estou apenas com o meu Astra 2001 que esta já com 285000 km rodados comigo no volante e esta ainda em bom estado de conservação com seus 19 anos de vivência dos quais esta cerca de 17 anos comigo pois foi meu filho o primeiro dono que comprou e me transferiu as dívidas que paguei para ajudá-lo e até hoje continua em seu nome.. quem sabe em breve estará no nome da minha filha caçula... e se puder faço dele uma lata velha reformando deixando o carro sonho todo tunado para a minha filha !!!!