Cumplicidade na dor
Odeio ficar doente, por mais que esse estado físico traga ao meu espirito uma gama de reflexões sobre a vida e seu maravilhoso significado. Para algumas leituras que já fiz na vida, sejam elas em livros ou observando o comportamento humano, a enfermidade se traduz por uma única e singela palavra: CUMPLICIDADE.
Essa fase, seja longa ou curta, faz com que o EU tenha um encontro consigo mesmo, assim como faz com que as pessoas ao nosso entorno se achegarem, fortalecendo os laços de amor, afeto e cuidado.
Comigo, entretanto, nem sempre é como em minhas leituras, sejam elas fictícias ou reais. Creio que não apenas eu compartilho de tal tristeza, assim como tenho em meu intimo que não apenas eu tenho tais excessos. Toda via há sempre aqueles que se achegam de mansinho, como quem não quer nada, e quando menos percebemos, somos constrangido com um abraço, um beijo, um olhar, palavras de animo, força e empatia acima de tudo.
Um dia escreverei um artigo sobre um efeito colateral comum de qualquer enfermidade: O OLHAR! E quem sabe, entre uma palavra e outra, eu consiga desvendar o porquê dos motivos que deveriam nos fazer ficar bem, também serem os que nos fazem ficar "ruim"!
Não importa a enfermidade que você tem como hospede indesejado em em seu corpo, em sua vida, sempre tenha em mente uma coisa, e a digo com a propriedade de alguem que todos os dias sente o peso de tres comprimidos (minhas jujubas):
Se ame mais,
se valorize mais,
se olhe mais no espelho,
se coloque mais em primeiro lugar.
Não há nada de errado nisso.
Errado é sofrer esperando do mundo,
algo que ele é incapaz de oferecer.
A cada amanhecer, vista-se do que há de mais lindo em você, coloque a cara no sol e viva com intensidade. Você merece isso, você deve isso a você. No jogo da vida você é seu maior cumplice.