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Denuncio em mim

Não mais te querer.

Eu me tornei mais um,

Você segue ilesa.

Não fossem as lágrimas,

Que aqui, onde sorriu

amou suou e gozou;

Que aqui deixastes

Ao braço do sofá.

Não te reconheço mais,

Apenas o tempo passou.

Ficarás sendo em meus poemas

A prostituta perversa

Que amei e lhe beijei as pernas,

A que foi pior, que a anterior.

Para ti,

Deixo lhe, o espinho da flor

que me fere a carne

e na madrugada te arranho,

deixo lhe a perda

Deixo lhe a mesma dor;

Com a intensidade

Do nosso sexo;

E sutileza, que lhe escrevo;

versos, sozinhos de amor.

.

Edmilson Cunha
Enviado por Edmilson Cunha em 28/12/2019
Reeditado em 18/07/2020
Código do texto: T6828568
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