Prenúncio
Denuncio em mim
Não mais te querer.
Eu me tornei mais um,
Você segue ilesa.
Não fossem as lágrimas,
Que aqui, onde sorriu
amou suou e gozou;
Que aqui deixastes
Ao braço do sofá.
Não te reconheço mais,
Apenas o tempo passou.
Ficarás sendo em meus poemas
A prostituta perversa
Que amei e lhe beijei as pernas,
A que foi pior, que a anterior.
Para ti,
Deixo lhe, o espinho da flor
que me fere a carne
e na madrugada te arranho,
deixo lhe a perda
Deixo lhe a mesma dor;
Com a intensidade
Do nosso sexo;
E sutileza, que lhe escrevo;
versos, sozinhos de amor.
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