A noite caindo pesada sobre mim.

A mesmice de todo dia, as cordas do tédio amarrando minhas pernas, a vontade de sair um pouco de casa, pegar um ar, sorrir um pouco, mas não conseguir. A solidão corroendo as minhas entranhas, a noite caindo pesada sobre mim. A agonia do '' mais um pouco ''. As minhas pernas querendo movimentar-se novamente, presas, em um dia sem sal. Minha visão embaçada, cansada da tela do computador. A falta do som de uma voz conhecida, um amigo talvez, um amigo que já não tenho mais. A solidão dói dentro, como um aperto profundo, um buraco na alma. Perdida, até sei o que fazer, sei o que é certo, mas não conseguir é a questão. A noite caindo pesada sobre mim, dolorosa, impetuosa, penetrante e rigorosa, trazendo tortura e dor, cansaço, dúvidas e solidão.