Em silêncio
É em amar que posso ter,
e deixar o amor ,
apenas me escolher;
ter em mim,
e livre assim,
o que eu posso amar.
Poderia eu amar livremente,
sem ter a obrigação,
de ter de volta
o que nem assim, em mim,
não poderia ter.
Amar, é deixar ir;
E que eu me arrisque ,
em por aí,
ver-te a sorrir;
em desfilar
o teu perfume
pelos seus lugares;
E assim, podendo ser talvez
até de outros amores,
depois ou antes de mim,
não sei.
por te saber, tão feliz,
tão doce, e tão real,
chego a pensar
que de verdade és.
E em ver-te
no meio de tudo,
de tantos,
tão plena, feito antes...
apenas ouso,
este poema;
Melhor é para mim,
ver-te a sorrir,
da piada mais engraçada;
E em doces trejeitos!
de dança viver,
de música; de vida.
de amor, assim como eu,
ainda que mal correspondida.
(Edmilson Cunha)