Em silêncio

É em amar que posso ter,

e deixar o amor ,

apenas me escolher;

ter em mim,

e livre assim,

o que eu posso amar.

Poderia eu amar livremente,

sem ter a obrigação,

de ter de volta

o que nem assim, em mim,

não poderia ter.

Amar, é deixar ir;

E que eu me arrisque ,

em por aí,

ver-te a sorrir;

em desfilar

o teu perfume

pelos seus lugares;

E assim, podendo ser talvez

até de outros amores,

depois ou antes de mim,

não sei.

por te saber, tão feliz,

tão doce, e tão real,

chego a pensar

que de verdade és.

E em ver-te

no meio de tudo,

de tantos,

tão plena, feito antes...

apenas ouso,

este poema;

Melhor é para mim,

ver-te a sorrir,

da piada mais engraçada;

E em doces trejeitos!

de dança viver,

de música; de vida.

de amor, assim como eu,

ainda que mal correspondida.

(Edmilson Cunha)

Edmilson Cunha
Enviado por Edmilson Cunha em 13/07/2019
Reeditado em 14/05/2021
Código do texto: T6695330
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