SENHOR RESPEITO
 
Ninguem viu, ninguém nunca sentiu ou percebeu como ela estava cansada de ser forte e de tentar guerrear por dias, para que eles fossem melhores. Até que um dia, a jornada de luta pela união acabou. O Respeito foi agredido e percebeu, somente naquele momento, ela percebeu que ele ali nunca existiu. Ela parou, simplesmente, se entregou, desistiu. Não teria mais com que se preocupar em cauterizar feridas e criar bálsamos para suas dores e aflições. Não teria mais que explicar os seus sentidos e visão para as coisas, ao seu redor.
Não que vivesse através disso, não! Vivia bem pois sabia aplicar nos seus dias momentos de aromas gostosos e cores suaves e bem divertidas, sabia se tornar alada e era muito feliz, mas vez em quando, as pontadas do incomodo apareciam e ela, desanimada, deixava a tristeza tomar conta e pra aliviar, chorava...
Agora, com os novos acontecimentos, quando o amor por ela já não tem tanto peso ou nenhum, onde o respeito foi completamente anulado e a obrigação, simplesmente sumiu, ela, colocando-se no lugar de onde nunca deveria ter saido ou balançado,  tomou uma decisão e deu um basta, daqueles bem sortidos. Finalmente, fincou-se a serenidade em seu coração, apesar da sua alma lastimar e deixar cair algumas lágrimas. Sabia que chegara o  terrivel momento do 'pra sempre, do nunca mais'.
Ela sempre apreciou o seu jardim particular e consegue, agora, ver e sentir pra entender porque ali não crescem ervas daninhas e até mesmo o capim é diferente e, espetacularmente, abre-se em pequenos buquês floridos!