Você sempre volta a si quando se perde (ou perde-se para encontra-se).
Ah, a terapia!
Essencial para todos os humanos e, pra mim, artista e pisciano, fundamental.
Comecei a fazê-la a cerca de um mês e com ela, venho descobrindo a resolução de tudo que sou, tudo que me forma e de como eu precisei voltar a mim para decifrar minha própria cabeça, essa máquina pensamente e hiperativa. Ela, que cria as confusões constantes e me faz diversas perguntas, as quais tento encontrar respostas e são essa respostas que me formam.
Tenho uma grande dificuldade de saber qual meu real lugar no mundo, e por mais perecível que pareça,sim, tudo estava aqui desde os primórdios da minha vida e como uma criança que larga o peito da mãe e começa a pronunciar as primeiras palavras, o descubro lentamente.
Quando criança, delicada e sensível, o mundo ainda era de cores primarias que juntas, formavam novas cores e me impediam de ver o mundo apenas por uma cor específica.
Desde pequeno eu fugia. Minha mãe piscava o olho e eu desaparecia, ora escondido em caixotes, ora embrenhado no mato. Havia apenas uma certeza, eu nunca estava onde todos poderiam achar que eu estivesse. Já buscava outros caminhos que ao longo da minha vida foram cada vez mais constantes.
Em muitos deles, tentava encontrar meu pai, algo que futuramente eu saberia que seria impossível pois é difícil encontrar o que se esconde.
Quem sabe, quando eu me escondia, era o meu espírito aventureiro tentando me proteger de tudo que estaria por vir?