Balanço irrefutável
Recortei palavras no asfalto
molhei meus seios em bocas sedentas
coloquei sonhos em portas
abri janelas na Lua
Corri no fogo em progresso, me perdi te acariciando
morri lá longe
resurgi nua, aqui
apalpei teus escombros, meu corpete
Me vi amando sem dó
sem me apaixonar todos os dias
Sim, sou fruto de muitas sobras
daqueles e quelas de uma cútis bela
alimento segredos plenos
fico amando a sua quimera
Assim nascem novos horizontes
abrindo e fechando
o viço que vai entrando
chega de sequelas
Inquieta, balanço, pestanejo o progresso
o regresso de todo o soberano,
eu.