Balanço irrefutável

Recortei palavras no asfalto

molhei meus seios em bocas sedentas

coloquei sonhos em portas

abri janelas na Lua

Corri no fogo em progresso, me perdi te acariciando

morri lá longe

resurgi nua, aqui

apalpei teus escombros, meu corpete

Me vi amando sem dó

sem me apaixonar todos os dias

Sim, sou fruto de muitas sobras

daqueles e quelas de uma cútis bela

alimento segredos plenos

fico amando a sua quimera

Assim nascem novos horizontes

abrindo e fechando

o viço que vai entrando

chega de sequelas

Inquieta, balanço, pestanejo o progresso

o regresso de todo o soberano,

eu.

Divavid
Enviado por Divavid em 30/12/2018
Reeditado em 21/01/2019
Código do texto: T6539107
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