Blanche Monnier
Blanche Monnier, frequentemente conhecida na França como la Séquestrée de Poitiers, era uma mulher de Poitiers, na França, que secretamente ficava trancada em um pequeno quarto por sua mãe durante 25 anos. Monnier não via a luz do sol há 25 anos.
Nascimento: 1 de março de 1849, Poitiers, França
Falecimento: 13 de outubro de 1913, Paris, França
Conhecido por: Having been secretly incarcerated
Pais: Madame Monnier, Emile Monnier
Em maio de 1901, o procurador-geral de Paris recebeu uma carta anônima descrevendo acontecimentos horríveis de uma casa em Poitiers, na França. De acordo com essa carta, uma mulher tinha sido presa em condições horríveis em uma casa por 25 anos. A carta dizia:
Senhor Procurador Geral: Tenho a honra de informá-lo de uma ocorrência excepcionalmente séria. Eu falo de uma solteirona que está trancada na casa de Madame Monnier, meio morrendo de fome e que vive em uma lixeira putrefata nos últimos vinte e cinco anos – em poucas palavras, em sua própria sujeira.
A Madame Monnier era uma viúva de 75 anos chamada Louise Monnier Demarconnay. Para muitos, ela era uma cidadã honrosa – ela morava em um bairro de alta classe com seu filho, Marcel. Seu falecido marido, Emile, era o diretor de uma faculdade de artes. Marcel era graduado em direito e ex-funcionário administrativo. Monnier tinha ganhado até um prêmio do Comitê de Boas Obras por suas contribuições generosas para a cidade.
As autoridades ficaram céticas quanto á essas alegações, mas lembraram que exatos 25 anos antes, a filha de Monnier, Blanche, havia desaparecido sem deixar vestígios. Blanche era considerada uma mulher alegre e brincalhona, bonita, com cabelos lindos e olhos grandes. A polícia decidiu investigar.
A porta estava trancada quanto as autoridades chegaram na casa indicada. QUando ninguém respondeu, eles arrombaram a porta – e foram atingidos com um cheiro horrível. Seguindo o cheiro, eles foram para o andar de cima, no sótão. Lá, eles encontraram um lugar escuro, com a janela coberta por uma cortina pesada. Quando tirou a cortina, a luz revelou um corpo – vivo, mas esquelético – de Blanche Monnier, no canto do sótão. Ela estava completamente nua e deitada sobre um colchão de palha podre, que tinha absorvido sua urina e fezes por anos. Pedaços de carne, vegetais, pão e peixe formaram uma crosta suja em torno de seu corpo. Com 49 anos, Blanche pesava 24kg.
Os policiais envolveram Blanche em uma manta e a levaram para Hospital Hôtel-Dieu em Paris. Apesar das alegações do irmão de que Blanche era “suja, irritada, excessivamente excitada e cheia de fúria”, os médicos viram que Blanche estava calma e nunca mostrou ataques de raiva ou excitação.
Ao revistarem o resto da casa, encontraram Madame Monnier sentada calmamente na sala de estar, e seu filho, Marcel, em uma sala adjacente. Questionando ambos, a polícia descobriu a história.
Quando tinha aproximadamente 25 anos, Blanche se apaixonou por um homem mais velho – um advogado de poucas perspectivas e pouca riqueza. Rumores começaram de que a relação dos dois produziram um filho ilegítimo, e Madame Monnier proibiu Blanche de ver o homem. Ela se recusou, e percebendo que nunca iria conseguir persuadir Blanche de separar-se do homem, Monnier elaborou um plano com o filho.
Madame Monnier atraiu Blanche para um quarto no andar de cima e a trancou por fora. Ela disse que a porta ficaria fechada até Blanche concordar em romper o namoro. Certamente, Blanche iria ceder. Mas ela nunca cedeu. Então, ela foi mantida prisioneira, alimentada com restos e ignorando o cheiro putrefato que se espalhava pela casa. Mesmo após a morte do advogado, em 1885, Blanche continuou prisioneira.
Monnier foi presa na mesma noite. Quando descobriu-se que ela tinha problemas cardíacos, foi transferida para a enfermaria, onde morreu 15 dias depois. Acreditado como cúmplice, Marcel, o irmão, foi julgado sozinho. Ele afirmou que Blanche era louca e que não tinha sido presa, mas que preferia ficar no sótão como um ato de desafio. Mas várias testemunhas alegaram que ouviram uma mulher gritando. Uma testemunha disser ter ouvido essas palavras específicas:
“O que eu fiz para ser trancada? Não mereço essa horrível tortura. Deus não deve existir então, para que suas criaturas sofram desse jeito! E ninguém para me salvar!”
Quatro dias depois do início do julgamento, Marcel foi condenado a 15 anos de prisão. No entanto, em meados de novembro, ele apelou à decisão e ganhou, dizendo que nunca havia agido violentamente em relação a sua irmã. Para o choque do público, ele saiu livre.
O prognóstico inicial de Blanche era horrível – a morte parecia iminente. Além dos prejuízos a sua saúde causados pela fome, ela não podia tolerar a a luz. Mas, milagrosamente, seu estado físico melhorou. Ela nunca recuperou a sanidade, e permaneceu em um hospital psiquiátrico, onde morreu 12 anos depois, em 1913.
Existem teorias sobre quem envioua carta anônima. Primeiro, suspeitava-se que havia sido enviada pelo irmão. Sabendo que sua mãe estava perto da morte, supõe-se que ele tenha enviado a carta para que Blanche fosse resgatada antes de ele ficar para ser seu único ‘guardador’. Mais tarde, acreditou-se ser um ex-soldado, que ajudava uma das empregadas da casa, e ficou sabendo da história.
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