1081-VIVENDO EM PARAISO
Elvira Colombarolli – Biografia – Cap. 21
Com a volta de Darcy, Elvira criou alma nova, novo entusiasmo. O casal tomou então a grande decisão: mudar para a cidade.
O marido reformou a casa da Rua dos Antunes e enfim eles passaram a residir na cidade.
Elvira gostou da nova residência desde o primeiro dia. A vizinhança que a tratava como amigas antigas, o conforto próprio da casa ampla, com móveis novos, visitas de amigos, conhecidos e parentes e facilidade para compras.
Ela manteve a simplicidade e a alegria que sempre animara sua vida. Quando atendia a porta algum pedidor de esmolas, este jamais saia de mãos abanando. Elvira lhe dava quitandas, pedaços de pães e até mesmo porções de comida. E se fosse um vendedor ambulante, ela às vezes comprava alguma coisa sem precisar, apenas para ajudar o vendedor. Além do que recomendava às vizinhas que também ajudassem o vendedor, comprando uma coisinha qualquer.
Sua alma bondosa, cheia de compaixão pelo próximo, era sempre um conforto para os que lhe pediam ajuda.
O suporte para Elvira e Alpineu era o filho Darcy. Ela tinha grande alegria de estar com o filho, após alguns anos de forçada separação por força do trabalho. Pois não fora ela quem induzira o filho a prestar concurso para o Banco do Brasil, o que fora sempre o seu sonho?
Quando mudou para a Rua dos Antunes, Darcy ainda trabalhava na agencia do Banco do Brasil em S.S. Paraíso. Os demais filhos, naquela ocasião, residiam em Belo Horizonte e a visitavam constantemente. Orlando com mais frequência, pois administrava o imóvel rural de sua sogra, Dona Zoraide Cosini Fróes.
E a vida corria tranquila e plena de felicidade para Elvira e Alpineu.
ANTONIO ROQUE GOBBO e DARCY MOSCHIONI
Belo Horizonte, 3 de julho de 2018.
Conto # 1081 da Série INFINITAS HISTÓRIAS