O prefeito de São Paulo...
Prefeito de São Paulo (2013–2016)
Mobilidade urbana
Uma das bandeiras da gestão Haddad tem sido a mobilidade e uma mudança de mentalidade do paulistano no que diz respeito a essa área. O prefeito declarou diversas vezes que pretende "comprar briga" com motoristas dando prioridade para transporte coletivo e outros meios de transporte que não o individual motorizado.
Cerimônia de posse na sede da prefeitura de São Paulo
Em campanha, Haddad havia prometido construir 150 km de corredores de ônibus, definidos como faixa exclusiva do lado esquerdo da via, com algum tipo de separação física (mesmo que pequena, com "tartarugas"), e mais 150 km de faixas exclusivas de ônibus, definidos como faixa exclusiva do lado direito da via, sem separação física, apenas com sinalização de solo.
Até setembro de 2014, a gestão Haddad já havia licitado 97 km para construção de corredores de ônibus, sendo 37 km já em execução, e 60 km "aguardando licença ambiental, mas já contratados", segundo o prefeito. Além de ter superado a meta das faixas exclusivas, tendo implementado mais de 200 km delas na cidade.
Fernando Haddad defende a expansão da malha cicloviária da capital paulista
Em fevereiro de 2015, 151 novas linhas de ônibus noturno foram lançadas em substituição a 98 linhas que circulavam na madrugada, agora extintas. A rede noturna atende toda a extensão da rede metroviária, terminais de ônibus e serviços 24 horas, e os coletivos circulam das 00 às 4h. 101 linhas operam com intervalo de 30 minutos e as outras 50 linhas são estruturais e circulam com intervalo de 15 minutos.
O jornal norte-americano The Wall Street Journal publicou, em setembro de 2015, uma reportagem sobre Haddad e sua polêmica iniciativa de ampliação das ciclovias, defesa do uso de bicicletas e redução do volume de automóveis. O jornal disse que se Haddad "fosse o chefe de São Francisco, Berlim ou alguma outra metrópole, ele seria considerado um visionário urbano".
Em outubro do mesmo ano, o The New York Times o descreveu como o líder de um movimento que desafia a supremacia do automóvel após uma sucessão de políticas desastrosas que pioraram o problema de mobilidade urbana no município.
O NYTimes cita que o prefeito da capital paulista se inspira em políticas de Nova York, Bogotá, Paris e outras cidades para construir ciclovias e corredores de ônibus, alargar calçadas, reduzir limites de velocidade, limitar estacionamentos em lugares públicos e proibir carros em determinadas vias aos finais de semana.
Em dezembro de 2015, o site especializado em arquitetura ArchDaily classificou o projeto de mobilidade urbana do governo Haddad como "inspirador" e afirmou que "mesmo sob pressão de uma sociedade conservadora, a atual gestão conseguiu impulsionar e ganhar reconhecimento da população em algumas de suas principais ações, como inserir uma rede de ciclovias que possibilitam o uso - até então inimaginável - de bicicletas, criar novas faixas exclusivas para ônibus, abrir a Avenida Paulista – ícone da cidade – para que os pedestres possam ocupá-la durante todos os domingos, incentivar a arte e cultura urbana".
Entre 2013 e 2015, por exemplo, o município de São Paulo caiu 51 posições no TomTom Trafic Index, o mais importante ranking mundial de medição de congestionamentos, feito em 295 metrópoles com mais de 800 mil habitantes, em 38 países. Posicionada em 7º lugar entre as mais congestionadas do mundo em 2013, a capital paulista foi classificada na 58ª posição na medição de 2015.
A melhora no indicador é explicada por medidas adotadas pela administração municipal no período analisado, como a ampliação dos corredores exclusivos para ônibus, o aumento da fiscalização, as mudanças de mão em vias estratégicas e, especialmente, a redução nos limites de velocidade de trânsito. No Brasil, o tráfego rodoviário de cidades como Rio de Janeiro (4º lugar), Salvador (7º), Recife (8º) e Fortaleza (41º) foi classificado como pior que o de São Paulo.
Nota do divulgador:- mas R$ 690.000,00 por km de ciclovia???