Autobiografia
Orlando Noleto Costa,fecundado em ventre fértil de mãe perfeita e pai presente (in memorian)Surgiu em solo goiano,onde CORA semeou versos,na cidade de Inhumas,precisamente aos 11 de julho de 1959,na metade do dia.Mais de meio século de vida,alguns anos desperdiçados,outros tantos desejando fazer igual. Mudá-los? Impossível. Recuperá-los? Creio que não.Revive-los? O que passou passou.Fica na memória um tanto quanto prejudicada pela química do tempo,dos bares,do rock n'roll e sua "lisergia".
Já fez de quase tudo um pouco.
Andou,nadou,voou,se utilizou de todas as formas de seguir caminhos,mesmo os errados tentou seguir corretamente e quando percebeu que era caminho minado,continuou caminhado até explodir no peito a coragem de se encarar imperfeito,sozinho,perdido,querendo se reencontrar.
O sorrir lhe fez companhia a maior parte do tempo,mas acho que ele,o sorrir as vezes cansava-se e o abandonava,fazia-se lágrimas isolado na dor que até os dias de hoje reluta em não compartilhar,nisso é um egoísta,não as divide,vocifera:"são minhas,porque dividi-las então?".
Revela-se ainda um menino,crescido,chorão,um marmanjo soltador de pipas,que agora se meteu a aventurar-se em poesias,sem métrica,sem ética,sem estudo ou conhecimento,desprovido de talento,mas rico de pobres rimas,todas elas arrancadas do centro do peito,arrepiado de emoção,carente de coragem para expô-las porque são tolices íntimas,pura veia aberta,tripas dilaceradas à exposição.
É assim,contraditório como os exemplos e o viver,contraditor,cinco filhos que lhe são vida e por eles respira, seis netos como recompensa, três esposas amadas, apaixonado incorrigível e desejando mais do que tudo longevidade para os dele e paz na terra destes homens maus.
...Orlando Nolêto Costa...