Biografia do casal JOSÉ BISPO DA CUNHA e MARIA ALVES DA CUNHA

José Bispo da Cunha e Maria Alves da Cunha formam um casal de produtores rurais de Rio Sono, que com muito esforço e trabalho criaram 9 filhos e construíram uma grande família, com muitos descendentes que estão espalhados por diversas cidades do Estado do Tocantins.

A Árvore Genealógica de José Bispo da Cunha e Maria Alves da Cunha é enorme. Ao todo eles têm 107 descendentes diretos, incluindo 9 filhos (5 homens e 4 mulheres), 41 netos (21 homens e 20 mulheres) e 49 bisnetos (26 homens e 23 mulheres) e 8 tataranetos. E se somarmos os agregados da família, como por exemplo: esposas, maridos, namoradas e enteados esse número aumenta ainda mais.

José Bispo da Cunha e Maria Alves da Cunha se casaram em 29 de maio de 1949. Eles tiveram 9 filhos: (1) Amilton Alves da Cunha, (2) Edna Alves da Cunha, (3) Eldina Alves da Cunha, (4) Edson Alves da Cunha, (5) Raquel Alves da Cunha, (6) João Batista Alves da Cunha, (7) Maria Edna do Amparo da Cunha, (8) Edimilton Alves da Cunha e (9) Jaires Alves da Cunha.

Todos nasceram na Fazenda Santa Helena, que nessa época pertencia ao município de Lizarda. Atualmente essa região faz parte do município de Rio Sono, que foi desmembrado de Lizarda através da Lei nº 9.185, de 14 de maio de 1982, assinada pelo Governador de Goiás Ary Ribeiro Valadão.

Rio Sono é uma típica cidade do interior, tranquila e hospitaleira, localizada às margens dos belíssimos rios Sono e Perdido, na porção leste do Estado do Tocantins, e a uma distância de 143 km da capital Palmas. A população de aproximadamente 6 mil habitantes tem como atividades econômicas principais: comércio, agricultura e pecuária. Destacam-se também as festividades de lazer através das bonitas praias dos rios Sono e Perdido que atraem turistas e visitantes nas temporadas anuais, especialmente nos meses de julho e agosto.

Os moradores de Rio Sono são pessoas alegres e bastante trabalhadoras, como toda a família de José Bispo da Cunha e Maria Alves da Cunha. Cada um de seus filhos tem uma história diferente, mas todos carregam o sangue e as virtudes desse casal.

José Bispo era um homem inteligente e bastante trabalhador. Procurava vários meios para manter sua grande família. Um homem sábio que sempre estava orientando não só os filhos e filhas, como também todos aqueles que nele buscavam apoio, que vale destacar não eram poucos!

Na Fazenda Santa Helena ele tinha várias cabeças de “gado curraleiro pé-duro”, que era uma seleção natural dos primeiros bovinos trazidos pelos portugueses ao Brasil. O “gado curraleiro” tem várias características propícias para aquelas condições do cerrado. São animais de porte pequeno e médio, mas bem fortes e resistentes; eram bem adaptados às condições do clima tropical e à alimentação nativa, resistência aos parasitas, além de produzir carne macia e bastante saborosa. O rebanho era criado solto, e todas as manhãs os vaqueiros montavam nos cavalos e saíam para acompanhar as condições dos animais. Anos depois, foram chegando outras raças de gado na região, como os zebuínos guzerá e nelore.

O Sr. José Bispo tinha vários vaqueiros, que eram moradores da vizinhança contratados para cuidar dos animais. Assim, ele dispunha de tempo para ampliar sua renda, por meio de outros serviços.

José Bispo era exímio carpinteiro; fabricava engenhos e pontes, entre outras coisas. Ainda atuava como alfaiate, produzindo peças de vestuário para uso da família, bem como para comercialização com moradores próximos.

Sua esposa, Maria Alves, cuidava do lar, da educação dos filhos, além de cultivar pequenas plantações: arroz, milho, feijão, mandioca etc., com auxilio de filhos e demais parentes. É lembrada como uma mulher guerreira, que criou e educou seus filhos da melhor forma possível. Era uma mulher cheia de talentos, prendada, que fazia de tudo. Ela cultivava algodão perto da casa. Quando chegava na hora da colheita chamava as filhas e noras, que enchiam sacos com as flores do algodoeiro. Ela ensinou às filhas a arte de fiar, tecer e costurar. Elas tingiam os fios em casa com corantes naturais. Fiavam na roda de madeira movida a pedal. A partir do algodão que cultivavam faziam redes de dormir muito bonitas e coloridas, além de outros itens, como: tapetes, enxovais e peças decorativas. Parte da produção, dona Maria Alves comercializava para os moradores da região, obtendo renda para complementar as finanças da família.

O primeiro filho a sair de casa foi o Amilton Alves da Cunha, que se mudou para a cidade de Pedro Afonso, em 1968, para cumprir o serviço militar obrigatório. Ali ele prosseguiu em sua vida profissional, sendo exemplo para os irmãos caçulas.

Na década de 1970, outros filhos do casal José Bispo e Maria Alves deixaram a Fazenda Santa Helena, indo morar no povoado Mansinha, que se situa a 32 km de distância.

Com o surgimento de Palmas, alguns filhos e netos mudaram-se para a nova capital.

A Sr.ª Maria Alves da Cunha faleceu em 20 de fevereiro de 1998, o que gerou enorme tristeza para toda família e amigos.

Após a perda de sua companheira, José Bispo da Cunha foi morar no povoado Mansinha.

Em 2002, a família sofreu tremenda dor com a perda da segunda irmã, Edna Alves da Cunha.

Em 2006, foi a partida do Sr. José Bispo da Cunha que casou muita tristeza nos familiares, que até hoje lembram com muitas saudades e afeto.

Logo abaixo reuni informações sobre as famílias de cada um dos 9 filhos e filhas do casal José Bispo da Cunha e Maria Alves da Cunha:

(1)- Amilton Alves da Cunha (20/03/1950) é o filho mais velho do casal José Bispo da Cunha e Maria Alves da Cunha. Bem novo ele foi morar em Pedro Afonso, uma das maiores e mais prósperas cidades no então norte de Goiás. Ali, ele fez o Tiro de Guerra. Desde novo Amilton se tornou exemplo para seus irmãos, que viam nele um referencial de ousadia e coragem, pois saiu de casa muito jovem para desbravar o mundo por melhores oportunidades. Ele foi o primeiro de uma geração a deixar o interior em busca de seus sonhos. Algum tempo após cumprir o serviço militar obrigatório ele ingressou na Polícia Militar – carreira que seguiu até entrar na reserva com a patente de Tenente. Em 1975, ele foi transferido para Gurupi, cidade originada às margens da Rodovia Federal Belém-Brasília (BR-153), distante 375 km ao sul de Pedro Afonso. Nessa época Gurupi, com menos de 20 anos de emancipação política, estava em amplo desenvolvimento e já superava a centenária Pedro Afonso em termos populacionais e econômicos. Em 1978, Amilton Alves da Cunha casou-se com a professora Maria Ferreira Martins Alves (filha de Miguel Ferreira de Andrade e Margarida Pereira Martins). Dessa união tiveram duas filhas: Joyce Martins Alves Silveira (15/09/1980) e Suellen Martins Alves Grohs (29/08/1982) e 2 netas (Sarah e Rebeca). No começo dos anos 90, eles tornaram-se membros-fundadores da Igreja Batista Sião, onde eram muito atuantes em diversos trabalhos, sendo bastante queridos e admirados pela sua fé e dedicação à obra de Deus. Amilton era um homem bastante alegre, brincalhão, amigo de todos. Gostava de ajudar outras pessoas. A pesca era uma grande paixão. Viajava regularmente para pescar num rancho às margens do Rio Tocantins, em companhia de amigos e des seus genros Kleber Ricardo Silveira e Douglas Grohs – pelos quais nutria grande estima e respeito, considerando-os como seus próprios filhos. Essas pescarias eram momentos de muita alegria e descontração. Parte dos peixes que traziam destinavam para amigos e vizinhos. Amilton era bom pescador e contador de estórias, mas não cozinhava bem; o contrário de sua esposa que é ótima na cozinha, preparando deliciosas refeições que degustavam com mesa farta rodeada por amigos e familiares. Ele e sua esposa Maria Ferreira eram dedicados na Igreja Batista, onde foram consagrados como diáconos. Amor, fé e devoção à obra de Deus moviam a vida do casal, inspirando dezenas de pessoas. Em 2016, Amilton e Maria Ferreira mudaram-se para Palmas, seguindo as duas filhas que já estavam na capital tocantinense. Vieram em busca de melhor tratamento para uma enfermidade que lhe acometeu. Amilton veio a falecer em 15 de agosto de 2018, deixando muitas saudades. Um homem trabalhador, militar exemplar, filho que soube honrar seus pais, orgulhoso de suas origens e de seus irmãos e irmãs, ótimo esposo, pai amoroso, amigo, companheiro, crente dedicado à obra do Senhor, fiel em suas crenças e práticas, exemplo de cidadão e pessoa, são muitos os adjetivos associados a ele, que não deixarão apagar as boas lembranças que ficaram gravadas no coração daqueles que lhe conheciam, admiravam e tanto amavam!!!

- Joyce Martins Alves Silveira é formada em Direito pela UNIRG e é funcionária do Poder Judiciário. Ela é casada com Kleber Ricardo Silveira (contador) e tem uma filha: Sarah Martins Silveira (11 anos), uma menina muito inteligente, simpática e vocacionada para a obra do Senhor. Residem em Palmas desde 2015. Eles são membros da Segunda Igreja Batista de Palmas (SIBAPA).

- Suellen Martins Alves Grohs é formada em Ciências Contábeis pela UNIRG. Ela é casada com Douglas Grohs (contador), com quem tem uma filha: Rebeca Martins Grohs (6 anos), uma graciosa garotinha que mescla os traços das duas famílias. Eles residem em Palmas desde 2007.

(2)- Edna Alves da Cunha (15/11/1951) é a segunda filha do casal José Bispo da Cunha e Maria Alves da Cunha. Ela nasceu de parteira, como seus irmãos e irmãs. Desde nova, Edna ajudou sua mãe nos cuidados da casa e na criação dos caçulas. Ela viveu toda sua vida no município de Rio Sono, onde se casou e deu sequencia ao legado da família. Edna era uma matriarca forte, carismática, ousada e trabalhadora. De todos os filhos do casal, José Bispo e Maria Alves, ela foi agraciada com a maior prole. Edna era casada com o produtor rural José Bonfim Alves da Cunha (falecido em 2000), com quem teve 9 filhos: Euzimar, José Edmar, Deuzelice, Edvan, Necivan, Nerivan, Eliene, Antônio Márcio e José Filho. Edna faleceu em 2002, deixando um grande família de 9 filhos, 29 netos e 8 bisnetos. A maior parte deles reside no município de Rio Sono.

(3)- Eldina Alves da Cunha (29/02/1954) era casada com Félix Batista Gomes (falecido em 2012), com quem tem 6 filhos: Jadson, Eudileia, Jailton, José Alves Gomes Neto, Ailton e Everton. Atualmente Eldina reside em Palmas. Ela tem 3 netas.

(4)- Edson Alves da Cunha (31/03/1958) foi casado com Elizabeth da Cunha, com quem teve 4 filhos: Daniel e Gabriel (gêmeos), Suely e Marcos. Atualmente ele mora em Palmas, com parte de sua família.

(5)- Raquel Alves da Cunha (25/04/1961) foi casada com João Ribeiro, com quem teve 8 filhos: Edson Sobrinho, Wildencleia, Jânio, Viviane, Janaina, Naiara, Emerson e Anderson. Ela reside no povoado Mansinha, interior do município de Rio Sono. Ela tem 14 netos.

(6)- João Batista Alves da Cunha (24/06/1966) é casado com Raquel, com quem tem 4 filhos: Amarildo, Eudineia, Eudiane e João Henrique. João Batista e sua esposa Raquel residem no povoado Mansinha, interior do município de Rio Sono. Eles têm um neto.

(7)- Maria Edna do Amparo da Cunha (10/06/1968) tem duas filhas: Jacyara Alves da Cunha Ribeiro e Náthyla Morgana da Cunha Sales. Elas residem em Palmas.

- Jacyara Alves da Cunha Ribeiro (03/11/1989) é formada em Biologia pelo CEULP/ULBRA. Ela é casada com Italo Libini Nunes de Sousa (21/05/1992), formado como Técnico em Eletrônica e atua profissionalmente na área de automação, controle de acesso e segurança. Eles residem em Palmas. Ainda não tem filhos.

- Náthyla Morgana da Cunha Sales é graduada no curso Tecnólogo em Agronegócio. Ela é solteira e reside com a mãe em Palmas.

(8)- Edimilton Alves da Cunha (29/02/1971) não é casado e não tem filhos. Ele reside em Palmas.

(9)- Jaires Alves da Cunha (09/09/1975) é casado com Denise Barros, com quem tem 6 filhos: Raiane, Alessandra, Jaiderlon, Fernanda, Jaiderson e Raidouglas. Jaires e Denise Barros residem no povoado Mansinha, zona rural de Rio Sono. Eles tem 1 neta.

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Palmas – TO, Agosto de 2018.

Giovanni Salera Júnior

E-mail: salerajunior@yahoo.com.br

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