CINZAS AO VENTO
Cinzas ao vento...
Ainda o poeta
sem forma certa,
azul-vazio, morto.
Estrofes
de uma tarde de sol,
noite estrelas,incerta;
Silêncio;
refazendo os mesmos
caminhos,
Os seres, feito formigas.
os bichos,
comedores
de suas migalhas.
Cheiro de perfume
na sala.
Semi-deuses,
e demônios resplandecentes,
almas pobres;
Vícios!
Cotidianos falidos.
Pintura apenas.
Enfim vem a noite
pra restaurar
todas as luzes.
devolver o clarão,
pra seus passos
quase imortais.
Chegamos aqui sozinhos.
Saímos sem ninguém daqui.
"O homem nasce sozinho,
vive sozinho,
e morre sozinho."
(Edmilson Cunha)
22.07.2018