Em segundos
Depois a própria vida
encarregou-se de nos remeter
a tempos bem distantes.
O barulho dos carros,
das folhas secas e dos ventos...
Vampiros, rogamos pela próxima noite;
suor versus tédio,
emoção e lágrimas;
Um que vai pelas noites;
Um que ficará no tempo;
ao mesmo tempo,
O deus deste poema;
com a alma aprisionada
em meio a essas estrofes;
Feito o Orfeu cinzento;
O tempo nos empresta tudo
e Deus nos concede
o que merecemos.
Daqui em diante,
o que pensava ter
descubro,
que foi empréstimo;
Egoísta, ainda penso
que nada perco;
Ao contrario em segundos!
tenho em mim
além dos cacos
que sobraram
dessas noites loucas,
os lugares
em que penso ficar,
um pouco mais,
mas no fundo, nada tenho.
(Edmilson Cunha)
02:35 20/07/2018