Em segundos

Depois a própria vida

encarregou-se de nos remeter

a tempos bem distantes.

O barulho dos carros,

das folhas secas e dos ventos...

Vampiros, rogamos pela próxima noite;

suor versus tédio,

emoção e lágrimas;

Um que vai pelas noites;

Um que ficará no tempo;

ao mesmo tempo,

O deus deste poema;

com a alma aprisionada

em meio a essas estrofes;

Feito o Orfeu cinzento;

O tempo nos empresta tudo

e Deus nos concede

o que merecemos.

Daqui em diante,

o que pensava ter

descubro,

que foi empréstimo;

Egoísta, ainda penso

que nada perco;

Ao contrario em segundos!

tenho em mim

além dos cacos

que sobraram

dessas noites loucas,

os lugares

em que penso ficar,

um pouco mais,

mas no fundo, nada tenho.

(Edmilson Cunha)

02:35 20/07/2018

Edmilson Cunha
Enviado por Edmilson Cunha em 20/07/2018
Reeditado em 14/05/2021
Código do texto: T6394918
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