11 DE MAIO DE 1952.
11 DE MAIO DE 1952.
EU ESTAVA ANIVERSARIANDO, ERA MEU PRIMEIRO ANIVERSÁRIO, NÃO ME PERGUNTEM COMO ME LEMBRO DE TUDO, SÓ QUE ME LEMBRO.
ESTAVA EU SENTADO NUMA ALTA CADEIRA QUE ALCANÇAVA A MESA, EM CIMA DA MESMA HAVIA UM PRATINHO ROSA COM DIVISÕES INTERNAS EM “y”, NAS BORDAS HAVIA DSENHOS EM AZUL E ALTO RELEVO COM CERTEZA DESENHOS DE PATETA E MIKEY.
UMA AVOZ DIZIA QUE EU ERA “BIQUEIRO” QUE NÃO GOSTAVA DE COMER, NO PRAZO JACIA INTACTO, ARROZ BRANCO, FEIJÃO NOUTRA DIVISÃO, E CERTAMENTE ALGUMAS CENOURAS E BATATAS COZIDAS NOUTRA DIVISÃO A CARNE JAZIA EM CIMA DO ARROZ. NADA DAQUILO ME DAVA VONTADE DE INJERIR E EU CHORAVA.
DE REPENTE APARECEU MAIS VOZES, UMA VOZ ALEGRE DE MULHER E MINHA MÃE SAIU CORRENDO PARA RECEBÊ-LOS, ERA MEU TIO COM SUA ESPOSA MINHA TINHA DETINHA, ELE VALDOMIRO, ESTAVAM BRIGANDO PORQUE UMA TURMA DA ESQUINA TINHA TIRADO “ONDA” COM ELA. MINHA MÃE E MINHA AVÓ ACALMOU O CASAL, QUE ME TROUXE PRESENTE E DISTO EU NÃO ME LEMBRO. NÃO SEI QUAL FOI O PRESENTE.
ESTE LEMBRANÇA MAIS ANTIGA, É DE UMA RUA (DEPOIS VOLTEI A MORAR LÁ) 10 ANOS APÓS, NA MESMA RUA MAS NA CASA 96 DE MEU TIO QUE ALUGOU-A PARA MINHA MÃE MORAR CONOSCO, EU MEU IRMÃO E MEU PADASTRO FIQUEIREDO.
DESTA LEMBRANÇA MAIS ANTIGA EU TENTO ATÉ HOJE SABER COMO EU SABIA E COMO EU NÃO QUESTIONAVA ESTAR ALÍ, EU TINHA UM PASSADO APESAR DE TER APENAS 1 ANO DE VIDA, EU SABIA QUE TINHA PASSADOS. EU SABIA QUE ERA BIQUEIRO, SABIA QUEM ERA MINHA AVÓ E MINHA MÃE, NÃO ME LEMBRO DE MEU AVÔ. MAS EU ESTAVA ALÍ VINDO DE ALGUM LUGAR, TÃO CONFIANTE COMO QUANQUER ADULTO QUE SABE QUE TEM UM PASSADO E AS TEM LEMBRANÇAS DESTE PASSADO, O CASO É QUE EU SABIA QUE TINHA, MAS NÃO ME LEMBRAVA DE E NEM ME INCOMODAVA COM ISSO.
HAVIA O FATO DE EU ME LEMBRAR DE QUANDO TINHA 4 ANOS MORANDO NUMA CASA DE CHÃO DE TIJOLOS DE BARRO, NA PAREDE RESQUÍCIO DO PINCEL DE PINTURA, CUJO QUAL PERGUNTEI A MINHA AVÓ QUE ME TINHA NO COLO, O QUE ERA AQUILO, MINHA VÓ DIZIA ERA UM BICHO. QUANDO DE MADRUGADA LUZ DE 25 VELAS ACESA, E MINHA MÃE APRONTANDO MALAS E A NÓS EU E MEU IRMÃO, PARA VIAJAR PARA ARAPIRACA. OU EU E MEU IRMÃO NUM DIA DE CHUVA, SOZINHOS PORQUE ALGUEM SAIU RAPIDAMENTE PARA COMPRAR ALGO NA “VENDA”, HAVIA UM TROVÃO A ZOADA ERA TREMENDA, FOMOS PARA A PORTA DE MÃOS DADAS COM MEDO E VIMOS PASSAR UM CAMINHÃO SEM GRADES E AÍ PENSAMOS ERA AQUILO O “TROVÃO”
MEU AVÔ COMIGO DE CANGA NO PESCOÇO, INDO A “VENDA” TOMAR UMA E GRITANDO PARA TODO MUNDO, ESTE É MEU NETO.
EU NADA QUESTIONAVA, PULEI DE UM BRINQUEDO NA PRAÇA QUANDO AINDA GIRAVA (PATINHOS COM CADEIRAS), MINHA MÃE TOMOU BAITA SUSTO E EU RIA. A PRAÇA ERA A PRAÇA DO NATAL (PIRULITO OU RODOLFO LINS) NA LEVADA/CENTRO.
j.Torquato Alagoano