O SIGNIFICADO DO NASCIMENTO E DA PROMESSA DE REDENÇÃO DE JESUS CRISTO
É muito mais simples esquecermos o que exprimiu certos acontecimentos, comemorando uma data sem darmos atenção na essência desses momentos simbólicos, simplesmente por estarmos numa comemoração como outra qualquer, ao invés de encararmos, com seriedade e paixão, o que significou os eventos de valor incomensurável, principalmente aqueles que até hoje simbolizam a alvorada das inesquecíveis promessas, como por exemplo, o nascimento de Jesus Cristo, a sua morte na cruz e a sua marcante ressurreição no terceiro dia após a sua crucificação.
O despontar de Jesus Cristo para um meio social degradado pela escravidão do pecado, no seu sentido mais originário, foi um acontecimento importantíssimo para os povos, pois foi o cumprimento da promessa sobre a vinda do filho de Deus para esse mundo, uma promessa anunciada pelos profetas judeus do antigo testamento acerca da vinda do messias prometido cujo nome em hebreu é Yeoshua: um ser divino e, portanto, de natureza imaculada, imutável e incorruptiva. ELE é simbolizado não somente pela inocência de um cordeiro que veio para derramar o seu sangue em prol do homem decaído e transgressor, mas também pela coragem de um Leão que veio para vencer e estabelecer o seu reino eterno ao lado de todos os remidos.
Jesus Cristo, o verbo que se fez carne e que habitou entre os homens, foi um ser excelso e sublime, um ser não contaminado por pecados de qualquer espécie. Ao mesmo tempo, foi um personagem histórico que viveu como um homem simples e humilde, um homem que sentiu na pele as dores e os sofrimentos da existência como qualquer ser humano íntegro e solidário. O filho unigênito de Deus cumpriu fielmente os desígnio do Pai, cuja missão foi libertar a humanidade do julgo da maldade e do pecado (por isso, sempre devemos levar em consideração a sua divindade e o sentido da missão que o levou a tamanho martírio).
O mais interessante de tudo é que o nosso redentor sempre encontrou mais acolhimento ao lado daquelas pessoas pobres e marginalizadas (propensas a crer nos seus ensinamentos e promessas) do que daquelas pessoas ricas, formais e cultas: fechadas à humildade e à prática genuína da caridade. Tais atitudes e gestos são verdadeiros ensinamentos que exortam e inspiram os homens a resplandecerem livremente amor, paz e esperança no mundo em que vivem.
Mas depois de tantos séculos após o seu nascimento; e depois, a sua ressurreição da morte na cruz, o que o mundo aprendeu com esses acontecimentos sublimes que mudaram o curso da história para sempre? O que o mundo aprendeu com os milagres operados por Cristo, com a sua ressurreição e com as suas promessas de redenção para os homens?
Apesar de ser a caridade, o amor e a compaixão os grandes ensinamentos de Cristo e do cristianismo não contaminado por ensinamentos pagãos, grande parte das pessoas não aprenderam como e também qual o sentido de levar adiante tamanha sublimidade para a vida espiritual; ao contrário, o egoísmo ainda permanece sendo a palavra de ordem de nossa sociedade que desmente esse acontecimento com fantasias de todos os tipos, a fim de movimentar um comércio lucrativo e atraente para os comerciantes.
O natal enquanto data comemorativa, apesar de ter sido criada pela igreja católica como forma de comemorarmos um suposto dia do nascimento do messias, é uma festa tipicamente pagã que comemora o nascimento do deus sol mitra, o qual também era conhecido em outras partes do mundo sob nomes distintos (como por exemplo, Tamuz, Osíris, Saturno, entre outros). Tal festa era portanto, muito popular na Roma antiga e, nos séculos vindouros, influenciou a idade medieval (e chegou até os dias de hoje com novas roupagens e configurações) não somente no que se refere a comemoração da data, mas também a forma como ela é comemorada, ou seja, através de muita festa e fartura de comida. A data 25 de dezembro foi na verdade ''cristianizada'' pela Igreja Católica Apostólica Romana como se o filho de Deus soberano tivesse nascido nesse dia, o que é na verdade uma grande falácia!
É importante ressaltar que os dias que precedem o natal é uma das épocas do ano onde o comércio mais fatura; no entanto, o significado intrínseco do nascimento de Cristo e sua ressurreição é desmerecido e não levado a sério por uma humanidade que deveria ser grata pela grandeza desse Ser divino que um dia viveu ao lado dos seres humanos para sofrer as suas próprias dores e também para lhes mostrar o caminho da salvação. De fato, Yeshua foi um Ser excelso que inevitavelmente precisou sofrer e padecer com as injustiças humanas, a fim de trazer a sua luz eterna para esse mundo, além, é claro, dar a possibilidade da bem-aventurança para todos os habitantes da terra, tanto para os homens dos tempos passados, dos tempos mais remotos; quanto para os homens das eras vindouras.
Apesar de tudo isso, o amor, a caridade e a compaixão, ainda continuam sendo levados adiante nesse mundo e a cada dia que passa a verdade de Cristo inunda as sociedades espalhadas pelos quatro cantos da terra, pois muitos seres humanos já estão se dando conta de que essa é a única maneira de salvar a humanidade de sua própria derrocada, ou seja, vivendo a mensagem que Jesus trouxe para todos nós por intermédio de Deus, que enviou um único justo para morrer por toda a humanidade sob condições cruéis e injustas.
Emanuel (nome este que provém da tradição hebraica e que quer dizer ''Deus conosco'') nasceu para cumprir uma missão no mundo que ninguém é capaz de suportar tamanha injúria; e é por essa razão que damos a ele o nome de Deus filho, ao lado de seu pai celestial que, assim como ele, é a fonte de todo o amor que ainda existe no mundo. Qual ser humano na história da humanidade é capaz de demonstrar tamanho sacrifício e amor pelos seres humanos, a não ser o filho unigênito do Deus Soberano, Jesus de Nazaré? Na verdade, nenhum homem com natureza pecaminosa é forte o suficiente para se sacrificar por todos os seres de sua espécie, até porque há muitas imperfeições nos seres humanos que os impede de manifestar tamanha benignidade e santidade para o mundo. Somente, então, um ser de natureza divina, como aquele que fora profetizado tantas vezes no livro de Isaías, é responsável por um gesto tão sublime e extraordinário!
Sem dúvida, tanta glórias e tantas boas novas (quando nos mantemos fortalecidos e com uma confiança irrestrita no único ser que nunca nos desampara), só nos deixa mais convictos de que o sacrifício pela humanidade, na profundidade como foi feito tal ato repleto de grandiosidade, não foi em vão; foi, antes de mais nada, o prelúdio da verdadeira redenção preparada para aqueles que o adoram em espírito e em verdade. Pela revelação dos profetas e dos apóstolos, sabemos todos nós que existe sempre uma luz para guiar os nossos caminhos, uma luz de esperança na vida eterna que sempre ampara e consola todos os homens de fé e de bom coração. Sabemos, sobretudo, que a glória preparada para aqueles que amam o Deus e o seu filho amado é inimaginável e infinita. E como está escrito em 1ª Coríntios (2-9): ''As Coisas que os olhos não viram, nem os ouvidos ouviram, nem o coração humano imaginou (Is 64,4), tais são os bens que Deus tem preparado para aqueles que o amam.''