Sorte a minha...
Aqui?, onde...?,
Só, perdido,
Sem vida, carregado de mágoas, sentimentos ignorados,
“desamado” por esta “vida” por este estar...
Sem esperança, perdida ao longo
de mais de meio século,
Algures num tempo perdido,
Onde ninguém sentiu, viu, escutou,
Perdi-me?, onde?, Como?
Existo?, não não faço parte de nada,
Sou?, de quem?, de quê?
Da dor, sim da dor que bebi ao acordar
Neste lugar a que chamam de Terra.
Percorri estradas,
Caminhos desconhecidos,
Outros de dor,
Outros do único anjo que
Deus em toda a Sua sabedoria
me deu, mas que partiu após meio século,
Após o meu primeiro sorriso só para
Esse anjo, abençoado por Deus.
Vivi?, não sei, perdi-me?
Por vezes digo que sim, minto para mim, minto para tudo, minto para todos.
Quiçá ... não seja aquela chama a que muitos chamam de vida, me tentando
chamar para a vida...
Vida?
Que vida?
Lamentações?
NÃO!!!
Realidades de quem “existe” na mente de um louco.
Sombra cinza, por vezes negra, escura essa “existencia”,
em que só um louco desconhecido vê em sua mente,
Obscurocida pela verdade nua e crua, como só um louco
tem.
Sorte a minha...