JAN. 2018 - O GAROTO EM FÉRIAS COM FAMILIARES OU SÓ EM SÃO MIGUEL DO CAJURU

J B PEREIRA – filho de Sebastião Pereira e Maria das Mercês Nascimento Pereira – 09 irmãos.

MINHA VIDA

Eu gosto de minha vida

Eu cruzo o quarteirão

E vejo a você

Eu não conheço sua pessoa

Mas, você é parte

Da minha cidade

Do meu campo

Com você, eu oiço

O palpitar do caminho

Sem você,

Há menos vida

E os meus amigos

Aquecem o inverno da vida.

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Nos anos 1970, tornou-se costume com minha família ir a São Miguel do Cajuru. O nosso itinerário era 60 km de carro: fusca azul, DKV, Kadete, Chevrolet, Kombi etc. Em direção ao Rio das Mortes, antes de Vitória, já virávamos à direita do Januário, rumo à madre de Deus, antes à direita de novo – 30 km de terra - vistamos a torre de São Miguel, Cajuru está à vista. Que alegria incontida!

Com o tempo, seguíamos mais à frente para ir ao Chaves para assistir às missas do Padre Dotivo - Pe. João Batista, Pe. Tibúrcio Nascimento, Pe. Raimundo Dilermando (ou Marreco). Depois, mais um pouco, estávamos no sítio que foi dos meus avós, onde papai nasceu e morreu. O sítio Nossa Senhora Auxiliadora, Sítio do Chaves. Lá papai plantava laranja e mandioca; tinha os eucaliptos antigos, a água boa que brotava do interior do mato com divisa com o pasto do Tio Guinho e Tunica.

ROÇA

Horta cheia de lindas

E velhas árvores

Do lado da cerca,

O curral,

Ao fundo,

O quintal e o jardim.

Mangas e laranjas

Amarelam

Com a força do sol.

As águas do riacho

Cantam frescas

E limpas.

E vem em canais

Até a horta

Para couves, cebolas,

Bananeiras e pomar.

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Era período de férias no meio e fim de ano. Logo que deixava a escola ou até feriado, meu pai dentista Nhozinho da Rola com minha mãe Mercês e irmãos e irmãs íamos ao arraial ver nossa Vovó Rola e Tia Chiquita. Também tínhamos vontade de ir ao sítio de Tio Bezico e Tia Ceda, mãe da Maria do Zé Luca.

CANÁRIO

Apuro ouvidos

Firmo os olhos

Vem cantar a avezinha

Amarela

Tão belo canto

A distância se ouve

E no pomar se esconde

Entre gorjeios

Silencia a rua

Com seu delírio musical.

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Tempos bons. Andar de cavalo, comer as quitandas e bolos da vó e o café dos tios. Tomar leite quente saído da vaca no curral do Tio Bezico em canecas. A gente – nós e os garotos do arraial jogávamos bola em baixo da casa da vovó e a bola descia morro a baixo, futebol no campo fora do arraial, apostávamos corrida, brincávamos de pique-esconde, subir em árvores, fazer estradinhas de carrinhos, andar de bicicleta, ir à venda do Benedito de Freitas para comprar doces e guloseimas coloridas como jujubas, cantar na igreja, visitar os amigos etc.

ETERNAS CRIANÇAS

Não deixemos de brincar

Para não ficarmos velhos

E o fruto amarelo

Logo do pé cai.

Até os animais brincam...

E amanheceu

Estou colocando

Um tijolinho

Em minha casinha

Brincando no quintal da vida

Como uma criança feliz.

Vamos brincar, agora.

Não estou com sono,

Tenho um sonho criança.

Brincar é saudável.

Gostava de desenhar

Esqueci de desenhar.

Gostava de colorir

Esqueci de colorir minha vida.

Percorro o quiliálogo

Perscruto jogos com as mãos

E vou de um extremo a outro,

O zênite e o ápice,

Meu ser está em corda bamba.

O corpo acompanha a alma,

Ambos brincam de esconde-esconde.

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Depois começamos a ir e vir de Chaves, onde meu pai fez a casa Nossa Senhora Auxiliadora. Após sua morte, vendemos essa casa de campo. Nos fins de semana, papai e mamãe com a gente íamos ao sítio para descansar e orar, visitar os parentes, rezar na capela do Chaves ou ir à missa no Cajuru ou em Madre de Deus.

Na casa da vó na Praça da Igreja do Largo – a de São Miguel – em frente a casa do Pe. Miguel – hoje o museu, uma das mais antigas deste local central, era muito visitada e querida pelos primos e amigos.

Até os padres passavam para tomar café e almoçar. Com o tempo, foi feito a casa paroquial logo a cima da casa de nossa avó. Ela procurava com alegria dar um conselho sutil, uma oração e fazer sempre o bem.

BEM

Está ao seu alcance

E se diferencia do mal.

Bem não é só propriedade

E herança.

E toda ação boa

Que respeite o outro.

O bem é melhor

E maior que o mal.

Podemos fazer bem

Até a natureza

Evitando jogar lixo

No chão.

Fazer o bem

Não dá Ibope.

Só é feliz

Quando faz o bem!

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Ficamos felizes logo que chegávamos. Vovó Rola já nos esperava com o sorriso e os doces e comidinha pronta.

De noite, todos rezávamos o terço no quarto dela ou em frente ao oratório branco de Nossa Senhora de Fátima, sob o tic-tac do antigo relógio, depois foi furtado sorrateiramente.

Tia Chiquita era colaboradora salesiana com a vovó e ambas conseguiram apoio e dinheiro para as vocações salesianas.

Meu pai, para conforto da vovó, fez um banheiro e melhorou a cozinha – agora com cimento vermelho.

Ao lado da cozinha, tinha havia a horta de couve. Do outro extremo, o galinheiro. Entre a horta e galinheiro, o conjunto de casas velhas em reforma constante pela vó e distribuída aos filhos.

Tio Geraldo ficou com a casa do Tio Quincas da Rua abaixo. Logo após de morte de meu pai, fomos ao arraial para pegar novos objetivos e deixamos muita saudade, antes de visitar o cemitério, onde estava seus restos mortais no jazigo da nossas famílias.

Quando papai se sentiu mal, derrame celebral, no sítio, pegou do bolso o terço de lágrimas e orou... Meu irmão Antônio Geraldo foi até ao Tio Geraldo pedir para o Nhonhó dirigir a Kombi azul de meu pai e leva-lo ao hospital. Foi internado no Hospital Nossa Senhora das Mercês em São João del-Rei, MG, em jan. de 1991.

Rezamos uma semana pela recuperação de nosso pai. Não foi possível.

Seja feita a santa vontade de Deus: nosso pai queria uma morte, semelhante a um passarinho. Não queria dar trabalho na hora da doença e em vida assim!

“Deus sabe o que faz!” “ O Senhor deu, o Senhor tirou: bendito seja o nome do Senhor! ‎Jó 1:21 -

Deus seja sempre agradecido sobre todas as nossas realidades.

DEUS SABE O QUE FAZ - Ozéias de Paula - Edison Coelho/1980

LP: Deus Sabe o que Faz, CD: Eu e Jesus

https://www.letras.mus.br/ozeias-de-paula/1492364/

“Dá ao poeta o verso maior,

Ao rouxinol o canto melhor.

Dá-nos acordes musicais,

Deus sabe o que faz!”

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MINAS

São muitas, meu caboclo.

Veja o maroto, de Zé Tiziu,

Levando ao ombro

Os ovos e a galinha

Para a filha

Na cidade.

Casou, mudou e

Nem lembrança deixou.

Etá, marvada cabocla!

Ontem mesmo,

Era uma menina;

Hoje é um mulherão.

Hoje, na capela,

O padre diz missa.

Leva a família

E recebe a bênção

Do Santo padroeiro.

E os Tropeiros

Leva as boiada

Pelo sertão afora;

Cozinha em fogo

Improviso

De feijão, linguiça,

Queijo, rapadura,

Manteiga para

A quitanda lá

Na tardinha.

Não falta a rede

entre as árvores

Para o violeiro

Cantar a modinha

da rapaziada

brejeira.

Entre as forquilhas,

Dependura os vasilhames

E faz cedo na neblina do rio

O primeiro café

E o leite não falta, seu José.

No arraial, o povo coloca

No arroz o tal de salame

E o Antônio com a mulher

Faz marmita

Para os roceiros

Do Santarém.

Veja no meu embornal

O retrato da família

Os meninos estão

Crescendo

Que nem garote

Em pasto grande

E bonito de verde.

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SEBASTIÃO PEREIRA - ACRÓSTICO

Sempre

Enquanto

Bater o coração aqui

Alegremente

Seremos

Tranquilamente

Irmanados

Ãnimus e anima

Obedientes ao

Pai

Eterno

Rumo à

Eternidade

Infinitamente

Ressuscitados

Agradecidos pela vida e vencedores da morte! Amém!

Enviado por J B Pereira em 08/08/2017

Reeditado em 08/08/2017

Código do texto: T6078082

Classificação de conteúdo: seguro

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MINHA VOVÓ ROLA

A Dona Rola de São Miguel do Cajuru, distrito de São João del-Rei, MG.

Vovô, quando pequenina, no curral,

Corrias alegre atrás das rolinhas.

O tempo passou, espertinha, crescias,

O apelido Rola pegou no meio rural.

Saudades de teus olhos azuis,

Maria Luiza de Jesus,

Ainda sinto a alegria da viver

Uma fé inabalável no bem,

coração capaz de acolher

Foste viúva, mas não solidão!

O povo de Arcângelo a ti recorria

Dia e noite, teu rosto aos netos sorria.

O exemplo, que unia, vinha da oração.

Virgem de Fátima era tua devoção!

Missas, não perdias: sentias Cristo!

No irmão, acolhias com retidão.

De quem não caducou desde então.

Com seus 90 anos, conseguias

Sustentar a luta na esperança,

Tua atitude alumiava nossos dias.

Serena, contagiava tua crença.

Ouvias com amabilidade,

teu coração e tua devoção.

E entendias com facilidade

a grande família com emoção.

Nossa alegria era ver-te chegar

Vinhas, contente, a todos abençoar

O céu nos granjeou nossa vovó

Ditosa e virtuosa, esperto olhar.

Papai caçula, com carinho, te olhava,

Com toda dedicação, acompanhava-te.

Passaram-se anos, ele não se distanciava;

Triste ficou quando o deixaste...

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MINHA MÃE

À Maria das Mercês Nascimento Pereira (08.03.2006)

Linda por dentro e por fora.

Digna dos filhos e do lar,

É a pérola da família e história,

De fato, tem perfil de educadora!

Mulher virtuosa e mão bondosa.

Soube desde agora e outrora

Viver com os seus como generosa,

Formando gente de honra

Aceita nossa gratidão e amor

Diante deste materno olhar, azul

À Virgem eleva nosso clamor

Brilha nossa estrela no sul.

Daquela cuja vida

Tem sido alegria

Ainda dor incida

Nessa harmonia

Evoquemos os exemplos

Da mãe carinhosa,

Que os céus amplos

Digam-nos: radiosa.

De sabedoria e amor

Com os frutos da fé

Na luta contra rancor

Tendo a casa como sé.

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LEMBRANÇA PATERNA

Ao meu Pai Sebastião Pereira – Dentista do Tejuco.

Assim era o tempo de papai:

À porta da casa, assentado ficava,

As pessoas que com ele conversava,

Depois de um dia no consultório dentário.

Onde nasceu morreu!

Foi criado nas terras de Cajuru,

Nome antigo de São Miguel Arcângelo.

Seus pais viviam no Ribeirão Chaves

Entre Madre de Deus e Arcângelo.

Um dia, dos pais, pequeno, se despediu.

Foi estudar e fazer a vida longe,

em direção à cidade sumiu.

Tudo na casa de campo

Lembra meu pai na horta a plantar,

debaixo da árvore a ler

e aos campos a percorrer.

Sua vida ele contou:

Fez seminário, contabilidade,

Odontologia e advocacia.

E vejo como hoje,

Chegava bem à noite,

No Banco da Lavoura

Trabalhava mais tarde

Ah! Que saudade

De meu pai querido

Presente que Deus

Me deu em vida.

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GARUPA

A lambreta de meu pai

Era a delicia de minha viagem

À sua garupa amiga.

Na cidade e no campo,

Eu atrás com braços-cipós em arvore altaneira

Crescia em sombra firme.

E o filme segue à emoção,

No fechar de olhos, recordo, feliz,

O vento no rosto, enquanto a manhã desponta lá fora

Como outrora,

E vejo como observador em outros pontos incríveis

A minha história com meu pai,

A paisagem permite na mente que lembra

O que foi à luz do que não sou mais:

A lambreta a conquistar espaços como em um filme

Evocando pedaços do meu passado

De momento inesquecível

E ergo ao céu a oração e o silêncio completa esta sensação de que não estou só

meu pai está indo comigo e eu à sua garupa feliz.

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INFÂNCIA

Ao direito de brincar e ser criança! Pela paz, que cada pessoa tenha um lar e moradia e esperança de encontrar seus pais.

Chego a casa, vejo meus pais

Como são amigos;

Imperfeitamente amigos:

Eles me amam como sou

Eu lhes quero bem.

Talvez o triste de muitos

É não ter um lar para onde ir

Ou fugir do lar que se tem.

Ou acreditar amargamente:

- A família é apenas uma instituição

Burocrática, contraditória, tradicional;

Outros até já decretaram seu ocaso.

Esqueceu-se de suas origens?

Seus lares fracassaram?

É necessário ser moderno

Para negar o valor de um lar?

Meu lar é ainda bom

Com todas as sua chatices:

Lar é infância!

É café quentinho, volatizando sonhos

É papai ainda no gabinete a tirar dentes.

É mamãe fazendo doces e quitandas.

Ora papai pegando no pé para estudar.

Ora mamãe costurando nossas roupas.

Agora, anos se passaram...

A foto está na parede do coração:

A recordação faz doer a alma.

E a memória instantaneamente

Rumina emoções e situações.

Agora, inevitavelmente,

Eternizados no tody com fumaça na xícara

Apropriados nos passos do filho novo que nasce

E etéreos como uma mitologia,

Cujos deuses são bem humanos...

Para quem gosta de ler esse álbum,

Ainda no mofo parece pulsar...

Uma memória ainda vivamente intrigante!

Feliz dia de sua família!

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DEUS É...

Te Deum Laudamus!

Gloria Tibi, Trinitas!

Deus é Pai!

Deus é Filho!

Deus é Paráclito!

Deus é Uno

Deus é Paz

Deus é Amor

Deus é Perfeito

Deus é Comunidade

Deus é capaz

Deus é rapidez

Deus é eficiente

Deus é eficaz

Deus é solicitude

Deus é solidez

Deus é Trindade.

Deus é...

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SE ESTA RUA FOSSE MINHA,

Às crianças de ontem e de sempre!

Eu pintava de azul todinha,

Com alegria no horizonte,

Com sorridente semblante,

Só para meu bem entrar.

Nesta rua mora gente,

que vive contente

um convívio de paz,

porque é feliz e capaz.

A PRETA MADRINHA

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PALAVRAS MÁGICAS

Quando acordo, vejo mais pais e conhecidos, digo: _ Bom Dia!

Quando preciso de você, digo sereno: : - Por favor, ajude-me!

Quando você me ajuda, digo, então: - Muito obrigado (a).

Quando vejo algo que você tem, eu nada tiro, apenas digo confiante: - Empresta-me, por gentileza?

Quando à mesa quero o prato de legumes e salada, digo: - Passe-me, por obséquio, este prato?

Quando, na rua, cruzo o olhar aos meus amigos, digo logo surpreso: _ Olá, como vai você, meu amigo?

Se chego atrasado, infelizmente, digo cuidadoso, digo assim: - desculpe-me pelo atraso, posso entrar?

Posso ainda dizer tantas outras boas e mágicas palavras aos outros, durante o dia de acordo com as situações mil.

Posso terminar meu dia,

À noite chegando, dizendo assim:

- Boas Noites! Bênção, pai, mãe, obrigado.

- Obrigado, Jesus, hoje caminhei em sua luz!

- Mais um dia findou, amei, vivi e aprendi...

E pergunto ao meu pai, de repente: (29/11/08)

- Você fez tudo?

- Estudo!

Ele disse:

- Quase tudo!

- E estudava Milagre

- Na mesa de jantar.

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Ó MEU BOM JOSÉ, MINHA GRATIDÃO! (p. 63)

Ao meu santo onomástico, padroeiro da Igreja, HOMEM JUSTO.

Ao Papa Francisco, que reintroduziu na liturgia a invocação obrigatória do santo após o nome da Virgem Maria: São José, esposo da Virgem.

Pela cura de meu filho!

Pelas bênçãos ao meu lar.

Aos meus patrocinadores: SEMC, LEI DE INCENTIVO À CULTURA, SERFOR, ATALIBA LABO, JOSILDO, CRESCER-PODIUM, SLEP, DROGARIA BOM PASTOR, dentre outros.

Ao Deus Unidade e Trindade, agradeço,

Ao Nome Sublime e Puro de Jesus, louvor,

Peço proteção ao Justo José, meu protetor,

Estes poemas, à Sagrada Família, ofereço.

Se todo empecilho enfrenta, “Idea José”;

Eis o conselho sábio que dá as Escrituras.

José enxerga além do torto o direito de Javé,

José penetra os sonhos quais sinais das Alturas.

Já o Novo Testamento tem a história de outro José,

Filho de Davi, o qual assumirá o Jesus menino,

As Letras Sagradas contam-nos a narrativa de fé,

O Homem Justo sonha, adota o próprio Divino.

E a Igreja nos recomenda esta linda devoção,

O terço das dores e alegrias de Pai Terreno,

Onde se reza sua vida e seu trabalho sereno,

Contentes, imitemos seu exemplo, de oração.

Dores e Alegrias são momentos análogos,

Aos pés da Cruz, São José não estava.

Morrera antes, depois de uma longa estrada.

Deduzidos de silêncios e avanços amargos.

Se o antigo povo tinha José qual referência,

Por ser honesto e temente ao todo Poderoso,

Recorde o Justo amando Jesus, Filho Bondoso,

O Novo Povo de Deus pede hoje sua diligência.

Não abandona o povo, nem Maria e Cristo,

O Anjo o ilumina no mistério da Encarnação,

O Carpinteiro prepara o Filho a sofrer todo risco,

Ser amparo, força e defesa do povo na opressão.

A inefável Providência digna conceder

A todos, São José, Intercessor junto a Deus,

Aquele que, na Terra, vive fiel aos seus,

Ensine-nos o bem e, ao Eterno Bem, merecer.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS E ELETRÔNICAS

ANDRADE, Carlos Drummond. Antologia poética. Record, 1999.

A_DISSERTACAO_de_JOSE_JOAO_BOSCO_PEREIRA.pdf

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL-REI PROGRAMA DE MESTRADO EM LETRAS JOSÉ JOÃO BOSCO PEREIRA SEBASTIÃO BEMFICA MILAGRE: UM LÍRICO DA MODERNIDADE EM DIVINÓPOLIS São João del-Rei, MG 2011. Disponível em: <http://www.ufsj.edu.br/portal2-repositorio/File/mestletras/A_DISSERTACAO_de_JOSE_JOAO_BOSCO_PEREIRA.pdf>. Acesso em: 22.07.2017.

BANDEIRA, Manuel. Libertinagem e estrela da manhã. Nova Fronteira, 1995.

BESSA, Pedro Pires, Sebastião Bemfica Miligre, O poeta de Divinópolis. Belo Horizonte: Imprensa Oficial do Estado de Minas Gerais, 2003, 156 p.

ESPÍNDOLA, Húdson. Cicatrizes do cotidiano. Uberaba, Editora Vitória, 1991.

FARIA, Antônio Esteves de. Pequena História de um Grande Amor. Divinópolis: Novo Rumo, 2005. 130 p.

FUNREI, VERTENTES, São João del-Rei: UFSJ, tipografia Assunção, 1989, Série 1., 89 p. (ciclo de Estudos – poema de Modesto de Paiva).

JORNAL AGORA. Ao poeta Sebastião Bemfica. J B Pereira. Editorial. 23 de set.2004., p. 02.

LELOTTE, F. Convertidos do século XX. Rio de Janeiro, Agir, 1966.

LEMINSKI, Paulo. Distraídos venceremos. Brasiliense, 1995.

LUCAS, Fábio. Poesia e prosa no Brasil. Belo Horizonte, Interlivros, 1976.

MEIRELES, Cecília. Romanceiro da Inconfidência. Nova Fronteira, 1989.

PRADO, Adélia. Poesia reunida. Siciliano. 1991.

PICHIO, Luciana Stegagno. Os melhores poemas de Murilo Mendes. São Paulo: Global, 1997.

POESIA LIVRE: CONCURSO NACIONAL NOVOS POETAS - ANTOLOGIA POÉTICA, Vivara, 2013. p. 164-5.

PEREIRA, José J. Bosco Pereira. MOMENTOS POÉTICOS. In.:Recanto das Letras. Disponível em: <http://www.recantodasletras.com.br>. Acesso em 22.07.2017.

REIS, Mauro N. dos. A corda: poemas. São João del-Rei: Funrei-UFSJ, 1992.

SANTOS, Luciano José dos et al. Colcha de retalhos. Divinópolis: Gráfica Sidil, 2001.

SOBRINHO, Antônio Gaio. No jardim da ilusão: São João del-Rei. Esdeva Gráfica de Juiz de Fora, 1994.

VIEGAS, Celina Amélia de Rezende. Poemas. Zás Gráfica de Juiz de Fora. 1989.

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MOMENTOS POÉTICOS – obra de poemas - 64 PÁGINAS

DADOS DO AUTOR E DA OBRA J B PEREIRA - 2006 - CONTRACAPA

“Sou um peregrino” na história (Santo Agostinho), e a poesia é minha companheira de trilhas infinitas! De momentos em memórias, fiz da vida “poesis” (CONSTRUÇÃO).

Querido(a) leitor(a), aqui está meu primeiro livro de memórias a partir de alguns rascunhos e anotações de meus pais. Espero que goste e aproveite-o. Reflexão sobre o cotidiano, o amor, pessoas e cenários que se fluíram no tempo.

A fé perpassa dificuldades. Nós nos construímos em nossas opções, pois “sou eu e minhas circunstancias” como afirmava Ortega y Gasset.

Não estamos prontos, vamo-nos gestando aos poucos na travessia em nossos Sertões e veredas na afirmação de Guimarães Rosa.

Aludo-me à memória do Amistat, filme em que se declara:

- “Sou a razão de eles terem existido”.

As culturas e as famílias constituem um legado iniludível cujos traços estão em cada geração.

MOMENTOS POÉTICOS é uma tentativa de preservar esses traços e visualizar valores das Minas Gerais. Onde houver pessoas e simplicidade, a sabedoria estará presente. Há sonetos que exultam a vida, a cidade, o passado, culturas locais e acesso ao saber e aos livros.

O presente opúsculo é oferecido de coração às pessoas e às culturas das Regiões do Sul de Minas, das Vertentes e do Centro-Oeste e Triângulo Mineiros, nas quais contemplamos Alfenas, São João del-Rei e Divinópolis, MG.

Deliciamo-nos com seu povo, saberes, religiosidade, geografia, cantigas, mística, bibliotecas, tradições, dentre outras condições culturais. Mergulhar nos umbrais da vida e da eternidade, sentir os tesouros da vivência transeunte, a fé do sertanejo e as impressões da mineiridade na alma e no corpo da nossa gente é deixar-se encantar pelos momentos poéticos de uma prece:

Senhor, concede-nos

Ser belos interiormente,

E o que venhamos ter,

Esteja em harmonia

Com a tua sabedoria e utopia!

J B Pereira

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ORAÇÃO PELA CANONIZAÇÃO DO BEATO DUNS SCOTO

J B Pereira – portal Recanto das Letras. 07/12/2014.

O Deus de eterno Amor, que escolhestes Duns Scoto para defender as verdades sobre a Imaculada Conceição de Maria, nos vó-lo suplicamos que Scoto seja elevado à glória dos altares como amor e fidelidade à Igreja e veneração sincera a Virgem Imaculada. Com ele, reconhecemos nosso Salvador nascido de Maria de tal modo que Deus permaneça no centro de nossas vidas e que tenhamos santo respeito à Igreja e à Virgem Maria. Amém.

Reze um Pai-Nosso, uma Ave-Maria, um Glória ao Pai.

Beato Duns Scoto, rogai por nós para que sejamos dignos das Promessas de Cristo.

Tudo por Jesus, nada sem Maria. Nada sem Maria, tudo por Jesus.

Amém.

https://www.youtube.com/watch?v=SZb1vjrcJZM

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Ó MENINO

Não tens ainda no coração

A dor deste desvario do mundo

Inclemente.

Tem-se, já o sofrer das gentes das tardes de luta

Ou os traços no rosto da pisada do trabalho

Da fome

Dos sinais da morte cultural

Revelas tua pobre condição.

Que hás de quereres?

E quem as de te querer?

Se vives no campo ou na cidade

Em um seio de lar, sorrias e chores neste lugar,

Que sonhas agora acontecer

E o que vês sem demora?

Sei que cada menino

És único e impreciso e nem preciso

Dizer-te és múltiplo em rostos desfalecidos e

Desconsertadamente, ainda sorris e caminhas....

Não sei se o progresso te adotou

E teu familiar te enxotou,

Se tens ainda alimento e uma tenda como a minha...

É o homem fez fardo e fado...

O homem despojado e nu frente ao amanhã

Oculto que, em ti, se manifestará.

E o talento ou a dor

Que se construirá

Em ti, ó menino!

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TELHADO DE VIDRO, de J B Pereira

(p. 164-5 em POESIA LIVRE:

CONCURSO NACIONAL NOVOS POETAS - 2013,

ANTOLOGIA POÉTICA, Vivara.)

Não jogues pedra, meu filho,

Pois podes precisar de teu vizinho

Nas horas avançadas da noite;

Mesmo se ele não for como tu

E se ponto de vista acabrunhado

O irritar deveras e/ou por um instante.

Não tires pedra, minha filha,

Se tua colega se afastar de ti,

E comparar os vestidos e/ou

Alguma tecnologia se parecer

Melhor que a que dominas:

Hoje até as meninas brigam

Feio pelos meninos nem sempre

Aos nossos olhos, tão honestos

Ou dignos de amor... Mas, os acham

Tais e tais; isso a incomoda deveras.

Não lances a pedra de sua irritação

Diante da pregação de alguns pastores e padres,

Se não lhe pareçam tão profundas e santas;

Ninguém é santo e bom o suficiente,

senão o próprio Deus, cujo Filho penderam

à cruz, sinal de paradoxo e libertação.

Não emitas uma pedra ao telhado de vidro

Teu e de teu irmão e tua amiga e teus pais,

Teus educadores, se não for apenas para dizer

Que você se acha superior e atrair a atenção:

“Quem não tiver pecado atire a pedra, então...”

Das pedras, atiradas, poucas atingiram

O alvo: caíram ao chão como brasas – sinal de hipocrisia;

Covardia e egoísmo: Nem mesmo, uma só pedra

da parede permaneceu em pé..

Observe silente e cauteloso, filhos,

O alicerce está ocultado na terra,

Mas sustém o prédio e a casa que vemos:

Cultiva a paciência, deixe a Deus o julgamento,

Não és o dono da verdade e nem o juízo do mundo.

J B Pereira e Vivara Editora Nacional < atendimento@concursonovospoetas.com.br

Enviado por J B Pereira em 23/01/2013

Reeditado em 01/05/2013

Código do texto: T4101508

Classificação de conteúdo: seguro

Momentos poéticos – poemas – 2006

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A tormenta existencial – poemas – 2011

https://www.recantodasletras.com.br/poesias/6064934

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VOLÁTEIS MEMÓRIAS

“Ciranda Cirandinha

Vamos todos cirandar

Vamos dar a meia volta

Volta-e-meia vamos dar” Cantiga popular

Do arquivo do mundo,

Do olhar sobre o cosmo,

Do respirar sonhos,

Caçar pipas e empinar coragem,

Vivo de minhas previsões,

Debruço ou escondo minhas memórias.

Tentei, tencionei, tensionei, tremi, posicionei...

Como pássaro no nicho ou no ar:

Viajei, vi, vim...

As vezes, venci, outras perdi

A mim e a você

Nas cordas do pensar,

Amei, armei, andei

Nos labirintos da emoção,

Logicalizei, localizei, locomarquei

Ri, rimei, chorei, meditei, orei...

Meu território ao seu lado,

E veio o trabalho, trânsito da vida,

Cansei, descansei, retomei meu caminho,

Com você e sozinho, até onde pude.

Há realidades que somente

A gente pode fazer.

Há outras que os outros

Podem comprometer.

Outros, poucos, podem

nos ajudar.

Somos uma rede virtual e social

com os outros.

https://www.recantodasletras.com.br/poesias-de-vida/6064943

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ITES E APETITES

Silencio

desde a colônia.

Impérios de paixões

Madeirites e miltitarites

Deixaram-se dominar

Pela compulsão, desvio

E collorite, infracionites, amazonites,

Elites, poleticites e malandracites.

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INESPERADO

No fim do jogo,

A bola fez curso

Curvilíneo

Entre estreito espaço

Entre os dedos do goleiro

E as trave branca.

A bola colorida

Coloriu a rede de susto.

Do outro lado,

O grito veio rápido

No impulso entalado.

O atleta saiu da marcação

Fez uma finta, driblou

Três e chutou em ângulo

Difícil e caiu escorregando

Na grama.

O gol foi a grande sensação

Noturna.

O povo foi embora,

O estágio esvaziou,

A chuteira e a bola

Ficaram em cima do armário

Para próxima partida.

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POPULAR CONTABILIDADE

Um

Zum–zum

Dois

Sois e sóis

Três

Seja quem for

Forte ou fraco

Seja camponês e urbano,

Quadro em exposição.

Quatro

Cada fato tem seu trato

Cinco

A história tem seu vinco

E as portas o trinco,

Seis,

Falo com vocês,

Nosso tempo não tem reis.

Agora é tempo de réis.

Sete

Amanhece

Ou anoitece

Há se chovesse

E o gelo não derretesse na calota polar.

E a história dos pequenos nos remete

A oito

Que oiço (=ouço) a mordida de biscoito,

Pois o voto não é brincadeira da democracia

E o povo continua pobre

Ao lado de poucos muito ricos.

Falta ainda contabilizar perdas e ganhos

Nove

Resolve encurtar a distancia entre rios e estradas

Dez

Já de dezembro

E Jesus menino veio para nos ensinar

A não ficar na estupidez

Da fome, da injustiça e da hipocrisia.

Nada de tortura e tirania.

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RESILIÊNCIA

Quando não puder, tente de novo.

Quando chorar, chore com gosto.

Quando amar, faça o melhor.

Quando desempregado, não lamente.

Quando envelhece, pense que é novo.

Quando deixado de lado, é que você é especial.

Em cada não, outro sim está oculto.

Em cada dobra, há outra saliência.

Como corais milenares, resista na praia da vida.

Se a vida lhe der limão, faça uma limonada.

As abelhas são pequenas, faz excelente mel.

Nas quedas, águas são energia poderosa.

Na seca, há sapos hibernando em lama.

Vírus resistem por muitos anos.

Não é frescura fazer o bem, ser honesto, bom...

Ser elegante com a gente e os outros... elegância e diferença.

Lentamente, a lesma faz seu percurso noturno do chão ao jardim.

Mergulhe e emerge dos problemas como golfinhos atrás da sardinha.

As pedras do rio são refinadas pela força da correnteza.

Não é ruim ser imperfeito, diferente, lento...

A semente fica em terra e brota quando todos dormem.

O homem pode cair várias vezes, mas aprenderá a levantar.

Quando morrer, você eternizará...

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PROCURA-SE AMIGO!

Alguém disse a algum outro.

Que está disponível.

Algum outro retrucou que não.

Alguém insistiu a outro alguém

E encontrou um pouco de atenção.

Todo mundo quer um amigo.

Pode ter muitos conhecidos,

Amigo é um tesouro

Carimbado na terra da vida.

Vivo a cada dia de cada vez

E sou amigo de alguém e de algum

Que me procura.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANDERSEN, Hans Christian. Contos e histórias. FNDE, 2005.249 P.

ASSIS. Machado de. Obras completas. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1979.

BRASIL CRISTÃO. jan. 2015.

CAMOES, Luís Vaz de. Os Lusíadas. Suzano. 2003.399 p.

CAMPEDELLI, Samira Yousseff. Literatura: História & texto. Saraiva, 2004.303 p.

CANÇÃO NOVA. abril. 2014.

CURY, Augusto. O mestre dos Mestres: Jesus, o maior educador da história. Sextante, 2006. 187 p.

PRIETO, Heloísa, Conversa de poeta. FNDE, Salamandra, 2003. 64 p.

ROSSI, Padre Marcelo. Ágape. Globo, 2010, 127 p.

SKAKESPEARE, W. Romeu e Julieta. FNDE, Martins Fontes,2009. 99 p.

SHAKESPEARE, William. 154 Sonetos. Comemoração aos 400 Anos. Trad. Thereza Christina Rocque da Motta, 1ª Edição 1609-2009.

Editora Ibis Libris, 2009.

08/01/2015

Reeditado em 12/01/2015

Código do texto: T5095496

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TORMENTA EXISTENCIAL E OUTROS POEMAS DISPERSOS 2017

J B Pereira, Dom Belchior Joaquim da Silva Neto,

bispo falecido de Luz e Polegate (poema Filme)

Enviado por J B Pereira em 25/07/2017

Código do texto: T6064943

Classificação de conteúdo: seguro

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J B Pereira
Enviado por J B Pereira em 24/01/2018
Reeditado em 24/01/2018
Código do texto: T6235276
Classificação de conteúdo: seguro