LOUIS HJELMSLEV

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Louis Trolle Hjelmslev nasceu em 3 de Outubro de 1899, em Copenhague, Dinamarca, e proveio de uma família de acadêmicos, sendo seu pai o  matemático Johannes Hjelmslev.  Hjelmslev estudou linguística em Copenghague, Paris e Praga, e em 1931 fundou o Círculo Linguístico de Copenhague, e desenvolveu a teoria de semiótica de Saussure, junto a Hans Jorgen Uldall, na corrente da glossemática. Fundou ainda com Brondal a revista “Ata linguística”, em 1937, sustentando que os elementos linguísticos analisados se definem por suas relações combinatórias e de acordo com modelo fonológico. Escreveu “Princípios da gramática geral”, onde tentou delimitar os domínios da linguística. Mas não foi aceito como tese doutoral. Assim foi liberado dos princípios psicologistas que se envolviam suas primeiras obras. Para tanto, trabalhou na utilização linguística dos sons. Lecionava também em sua cidade natal. Sua obra célebre é “Prolegômenos a uma teoria da linguagem”, de 1943. Outras obras suas são “Uma introdução”, de 63 e “Ensaios Linguísticos”, uma reunião de artigos, de 59. Já em 1937 Hjelmslev tinha assumido a cátedra de Pedersen, de linguística comparada, e que em 1956 se transformou em Instituto de Linguística e Fonética, de Copenhague.  E em 1944 teve a publicação de Travaux du Cercle Linguistique de Copenhague. Até 1963 editou o livro de Prolegômenos, e se dedicou a examinar os problemas técnicos da linguística, assim como a obra Linguística. Deste Modo, há a Glossemática, a Cenemática e a Pleremática, as duas últimas que se referem as formas de expressão e as formas de conteúdo, respectivamente. Para formar seu círculo linguístico, eles se inspiraram no de Praga. E mantinham a revistas dedicadas ao estruturalismo. Numa pausa como presidente do círculo, apenas parando para lecionar por quarto anos em Aarhus.  Depois volta a presidência e fica até sua morte. Seu livro Prolegômenos criticou as teorias anteriores de linguística, dizendo estas não serem sistemáticas. Acabou por contribuir também com a epistemologia. Uma teoria do signo, em semiótica, ao estilo de Saussure. Hjelmslev tem um rigor metodológico. Também há algo de influência da lógica moderna. Ele define a língua como um sistema de signos. Essa língua tem cortes que se condensam em cinco pontos: uma língua consiste em conteúdo e expressão; em um processo, texto e sistema; conteúdo e sistema estão unidos em comutação; existem certas relações definidas no processo e dentro do sistema e não há correspondência termo a termo entre conteúdo e expressão, senão que os signos podem ser decompostos em constituintes menores, fonemas. Segundo Deleuze[1]: “Longe de ser uma sobredeterminação do estruturalismo e do seu amor pelo significante, a linguística de Hjelmslev indica a sua destruição e constitui uma teoria descodificada das línguas de que se pode dizer - homenagem ambígua - que é a única adaptada simultaneamente à natureza dos fluxos capitalistas e esquizofrénicos: até agora é a única teoria moderna (e não arcaica) da linguagem”. Hjelmslev faleceu em 30 de Maio de 1965, em Copenhague.
 
 
 
[1] DELEUZE, Gilles e GUATTARI, Félix. O anti-Édipo. P. 253.
foto de http://semioticaydesarrollo.blogspot.com.br/2012/09/louis-hjelmslev.html