Espelho

Eu estava cá com meus botões tentando chegar a uma auto-definição. É difícil se olhar no espelho e se despir da imagem formada que já temos. Tantas vezes, o espelho reflete e a íris não capta a mensagem. Hoje, resolvi tentar enxergá-la sem preconceitos ou medos. Aliás, o medo me dá medo. Mas vamos lá.

Não sou popular. Não sou falso. Não sou extrovertido. Não sou unanimidade. Não sou egoísta. Não sou perfeito. Não sou um homem indeciso . Não sou anti sociável. Não sou um super-herói do grupos. Não sou individualista. Não sou preconceituoso (ou pelo menos acho). Não sou burro. Não sou idiota. Não sou bobo (apesar de muita gente achar que sou essas três coisas juntas). Não sou de fazer média com ninguém. Não sou socialista, capitalista, ou qualquer definição de mercado. Não sou times de futebol. Não sou insensível (como muitos podem achar que sou). Não sou bravo. Não sou grosso. Não sou falante. Não sou e ingênuo.

Sou verde, amarelo, azul e branco. Sou mato grossense de coração, com muito orgulho. Sou família. Sou ser sonhador. Sou verdadeiro. Sou amigo. Sou sincero. Sou leal. Sou companheiro. Sou lassalisto. Sou tímido. Sou fiel. Sou carinhoso. Sou sorrisos, lágrimas e olhos brilhantes. Sou oito e oitenta. Sou a minha profissão. Sou gentil. Sou educado e, ao mesmo tempo, Sou palavrões. Sou observador. Sou medos. Sou quieto. Sou música. Sou aromas. Sou legal. Sou alegre e triste. Sou branco e preto. Sou as lembranças da minha vida. Sou reflexo dos momentos. Sou paixão. Sou carente. Sou razão e coração. Sou pé no chão e cabeça na Lua. Sou defeitos (e virtudes). Sou jova para os amigos. Sou José para tantos outros. E serei sempre eu pra mim mesmo. Sou aquilo que meus olhos ainda não são capazes de enxergar. Sou eu, assim, desde criancinha.

Sou tantas coisas que ainda não sei ou que, simplesmente, estão escondidos em mim e não enxergo (ainda).

Mas esse sou eu. Simples assim.