Eu me considero um palhaço, mesmo sem eu querer.
Digo isso, pois na minha simples e não importante concepção para ser um palhaço você não necessita estar debaixo de uma lona. Creio que a vida seja, por si, um enorme circo imaginário em que todos representam o bem e o mal, onde encontramos pessoas que arriscam, sim, suas vidas, pessoas que cospem fogo, mulheres barbadas (kkk só pra descontrair), pessoas que fazem malabarismo com os problemas, pessoas que saltam sobre seus desafios, um público que pode estar apreensivo ou até mesmo gargalhar da sua jornada e os palhaços. E neste caso para ser um palhaço da vida não precisa pintar o rosto, basta você pintar o coração.
O palhaço se alimenta da felicidade esteja ela estampada no rosto alegre ou no som da risada de quem queremos bem, de quem amamos. Como palhaço, que me considero, é fácil dizer que o primeiro pensamento é sempre no outro e isso me possibilita dizer que a farsa de um palhaço é natural tendo em vista que nossos problemas, mágoas, ou frustrações ficam camuflados no sorriso alheio.
Ninguém sabe o que passa na cabeça ou no coração de um palhaço. Nunca é para aparecer. Tentar arrancar risadas pode servir de afago, pois vale lembrar que até o palhaço mais alegre nessa vida circense pode vir a chorar em um dia sozinho.