JÜRGEN HABERMAS (1929 - ...
Jürgen Habermas nasceu em 18 de junho de 1929, em Düsseldorf, Alemanha, filho de Ernst Habermas, que era diretor executivo da Câmara de indústria e comércio de Colônia, e simpatizante nazista, em seio de família protestante, sendo seu avô diretor do seminário Gummersbach. Até sua graduação no Ginásio, viveu em Gummerbach, acerca da Colônia. Durante sua juventude já se interessava por questões sociais, e estudou assim Filosofia, Literatura Alemã e Economia nas universidades de Göttingen, Zirique e Bonn. Obtém o doutorado em Filosofia em 1954. Assim torna-se um filósofo e sociólogo alemão, participando da tradição de teoria crítica e pragmatismo, bem como engajado no socialismo. Membro da escola de Frankfurt, e isso depois de conhecer Adorno, que teria lido artigos seus em jornal, no qual ele trabalhava de free-lancer. Fez estudos sobre democracia, mas era engajado na esquerda marxista. Porém devido a choques com estudantes alemães, é repudiado pela esquerda de lá. Em 1955 se casou com Ute Wessemhoeft. Aos 31 anos lecionava Filosofia em Feidelberg, e em 61 publicou obra famosa sobre marxismo. Muda-se a Nova Iorque em 1968, e por lá se torna professor. Em 1972 muda-se para Starnberg, assumindo instituto Max Planck. Em 1983 volta a Frankfurt. Aposenta-se em 1994, mas continua depois aparecendo e é premiado. A ideia relevante é a ação comunicativa, ou a ética do discurso. A crítica fica por parte de Olavo de Carvalho, que isso seria a redução da verdade a um consenso democrático, para deprimir o pensamento filosófico, conforme obra “O imbecil coletivo”, p. 208. Assim lembra também1: “Jurgen Habermas, com efeito, ensina às esquerdas o preceito da “reivindicação impossível”, a luta pela promulgação de direitos e normas propositadamente idealísticos e impraticáveis; reivindicação que, não atendida pelo Estado, gera uma onda de indignação moral; e, atendida, precipita uma crise de legitimidade onde o Estado é acusado de não cumprir suas próprias leis; de modo que, faça o que fizer, a autoridade se entrega inerme aos golpes de seus inimigos”. Também um autor fala na tirania do consenso, ou na tirania da maioria, comparando a Tocqueville e a Haws,: “Ahora bien, la postura de Habermas es déficiente debido a su formalismo: no hay que olvidar,en efecto,quela libertad de expresiôn, el respeto a la opinion de los demâs, la, fairness en la comunicaciôn no son suficientes para dar fundamento a las normas o a los valores”2. O discurso que governa na verdade é o dentro da ONU, que é uma forma de governo mundial, e não para outros. Essa talvez seja a limitação na ética habermaseana. Por isso tratamos da Nova Ordem Mundial, em nossa obra “Contrarreforma ético-filosófica”. No mais, é um pensador de grande destaque atual.
1CARVALHO, Olavo de. O jardim das aflições. p. 190.
2SCHOOYANS, Michel. La cara oculta de la ONU. p. 25.