JEAN-MARTIN CHARCOT (1825-1893)
Nascido em 29 de Novembro de 1925, em Paris, França, foi um médico, neurologista e professor, conhecido por ser o mestre de Freud, o pai da psicanálise, mas não com tanta fama quanto seu discípulo, apesar de se dedicar a tratamento de histéricas antes do que esse, utilizando-se de hipnose. Ele, de certo modo, já estudou na Universidade de Paris, licenciando em Medicina, curso apenas para homens, e depois em contato com Salpetriere, onde de modo pioneiro se tratava de enfermidades mentais e seguindo a modernização praticada por Phillipe Pinel. Lá, nesse lugar, encontrou em torno de 5000 doentes mentais sem algum tratamento anterior. Assim, Charcot foi pioneiro no tratamento usando da hipnose, nas afecções mentais. Isso em relação a histeria, da qual Freud ficou também famoso. A histeria já era descrita no Antigo Egito, em papiro de Kahun, que descrevia a patologia como “úteros móveis”, bem como Hipócrates descrevia por histeria algumas doenças femininas. Charcot ministrava palestras sobre o tema da histeria. Afinal, hystera em grego significa útero. Os sintomas eram, dentre outros, o choro ou riso excessivos, contorções e movimentos corporais descontrolados, desmaios, paralisia, convulções, sentidos temporariamente sem funcionamento. Assim ele elaborou uma metodologia e assim definiu leis da histeria. Logo, Freud já tinha no mestre uma facilitação a seu trabalho, não comneçando do zero. Charcot também contribuiu a neurologia, descrevendo a escrerose múltipla e a diferenciando do mal de Parkinson. Descreveu e relatou várias outras doenças neurológicas. Em 1853 apresentou sua tese sobre a gota. Também foi o primeiro a usar uma documentação fotográfica dos pacientes. Sobre a hipnose, essa é igualmente antiga, e a utilizava em seu método, o que também por Freud foi aprendido do mestre. Um fato que deve ser lembrado, é que apesar de modernamente não se ver a hipnose como nada mágico, a mesma foi antes utilizada dentro do que se chamava magnetismo, e deve muito a um homem chamado Mesmer. Depois isso acabou ficando em livros de espiritismo, metapsíquica e psicologia, mais recentemente está sendo também utilizada de modo mais amplo pela parapsicologia. Mas antigamente a hipnose era descrita em livros de magia. Como lembra Blavatsky: “También los vudus y los dugpas comen, beben y se alborozan en las hecales; y otro tanto, en diverso sentido, hacen los amables caballeros que practican la vivisección y los hipnotizadores diplomados por las Facultades de Medicina. La única diferencia entre ambos consiste en que los vudus y los dugpas son hechiceros conscientes y los vivisectores de la taifa de Charcot y Richet lo son inconscientes”1. Por outro lado, Charcot não era dessa linha mística, mas mais materialista, como se falou na obra O despertar dos mágicos: “A despeito dos trabalhos de Charcot, de Breuer, de Hyslop, a idéia de percepção extra-sensorial ou extratemporal deve ser rejeitada com desprezo”2. Apesar de menos lembrado, ele foi importantíssimo para o desenvoilvimento da neurologia. Falece por fim em 29 de Novembro de 1893, em Morvan, França.
1BLAVATSKY, Helena Petrovna. Estudios ocultistas, p. 12.
2POUWELS, Louis. O despertar dos mágicos, p. 18