Biografia do Advogado GUSTAVO KRAUSE GONÇALVES SOBRINHO
Gustavo Krause Gonçalves Sobrinho é um advogado reconhecido pela sua extensa e bem-sucedida carreira pública. Ocupou inúmeros cargos importantes: professor, vereador, prefeito, secretário estadual, vice-governador e governador. Entretanto, sua maior contribuição veio ao ocupar o Ministério do Meio Ambiente, consagrando-se como líder inteligente, carismático e agregador – razões que surtiram em conquistas grandiosas para a área ambiental.
Nasceu em 19 de junho de 1946, filho de Severino Joaquim Krause Gonçalves e Emocy Krause Gonçalves, na pequena Vitória de Santo Antão, na zona da mata de Pernambuco, cidade do sagrado Monte das Tabocas, Mariana Amália, e da Cachaça Pitu.
Em 1964, ingressou na faculdade de Direito na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
Nesse mesmo ano, foi nomeado Oficial-de-gabinete de José Francisco de Moura Cavalcanti, então Secretário de Administração de Pernambuco no governo de Paulo Guerra.
Entre 1965 e 1966, atuou no magistério como Professor de História do Brasil, História Geral e Organização Social e Política no Colégio Salesiano – considerado um dos mais tradicionais da capital pernambucana. Posteriormente, também lecionou em universidades locais, ministrando disciplinas no curso de Administração da Universidade Católica de Pernambuco e no curso de Economia da Faculdade de Ciências Humanas ESUDA.
Em 1969, assumiu o cargo de Adjunto de Auditor Fiscal do Tesouro do Estado de Pernambuco.
Em 1970, foi aprovado no concurso público como Técnico Fazendário da Secretaria de Estadual da Fazenda, onde fez extensa carreira ocupando inúmeros cargos e participando de projetos importantes.
Em 1971, ascendeu ao cargo de Diretor Geral da Receita da Secretaria da Fazenda de Pernambuco. Foi chefe do Grupo de Trabalho que incorporou as normas do Sistema Nacional Integrado de Informações Econômico-Fiscal (SINIEF) à legislação do Estado de Pernambuco.
Entre 1971 e 1973, foi Assessor Jurídico da Secretaria da Fazenda de Pernambuco.
Em seguida, Gustavo Krause assumiu um cargo no governo federal, como Assessor Especial do Ministro da Agricultura, Moura Cavalcanti, tendo sido Subchefe de Gabinete.
Nessa época, Gustavo Krause Gonçalves Sobrinho casou-se com Cléa Borges, com quem teve três filhas: Priscila, Daniela e Manoela. Atualmente vive uma segunda união com Débora Cohen Foinquinos, com dois filhos: Arthur e Lara.
À medida que o tempo passava Gustavo Krause acumulava experiência e ampliava sua rede de contatos no segmento empresarial, bem como em diversos órgãos dos governos estadual e federal.
Em 1975, Gustavo Krause assumiu a Secretaria da Fazenda do Estado de Pernambuco. Em decorrência desse cargo tornou-se bastante respeitado como gestor eficiente e articulado.
Cursou especialização em técnica tributária no Centro Interamericano de Estudos Tributários, em Buenos Aires (Argentina), tendo sido bolsista da Organização dos Estados Americanos (OEA).
Em 1979, Marco Maciel tornou-se governador de Pernambuco e Gustavo Krause foi nomeado Prefeito de Recife. Fez uma gestão diferenciada, trazendo inovações para a administração e finanças públicas. Manteve sintonia com os diversos segmentos sociais e as camadas mais pobres, com obras e programas voltados para melhoria da qualidade de vida dessa classe.
No final dos anos 70 e começo dos anos 80 dois fenômenos mudaram a cara de Recife. O primeiro se deve a grande expansão urbana da metrópole, com abertura de dezenas de novos bairros e vilas pela chegada de migrantes de municípios do sertão nordestino. Outro fator mais abrangente e de âmbito nacional que marcou aquele período foi a abertura político-social, com sinais de que se aproximava o fim do Regime Militar – àquela altura já bastante desgastado perante a opinião pública nacional e internacional.
Assim, o Prefeito Gustavo Krause, fazendo uma leitura inteligente daquele momento, fez uma gestão popular e democrática, voltada primordialmente para as classes mais carentes e em ampla expansão nas cercanias de Recife.
Em fevereiro de 1980, o Prefeito Gustavo Krause lançou os “Murais da Crítica”, como espaços públicos para que a população pudesse se expressar e se comunicar com o governo através da realização de pichações e grafites. Eles ficavam em locais estratégicos, de grande visibilidade, geralmente próximos de praças, universidades e vias de grande fluxo de trânsito/pessoas. Diariamente uma equipe da Prefeitura fotografava os grafites e registravam as solicitações/manifestações deixadas pela comunidade. Aquele processo servia como um canal direto com o cidadão, além de preservar os muros e fachadas de edifícios, deixando a cidade mais limpa e bonita. Essa iniciativa foi considerada bastante ousada para a época, servindo de inspiração para medidas semelhantes em outras cidades do país.
Outra de suas marcas à frente da Prefeitura de Recife foram os “barracões” nas áreas pobres da cidade. Eles funcionavam como centros de atendimento social, com equipes multidisciplinares atuando diretamente nas comunidades. Até os dias de hoje, a gestão Krause é lembrada positivamente por tais realizações.
Em maio de 1982, ele afastou-se da Prefeitura de Recife para participar das eleições estaduais como candidato à vice-governador na chapa encabeçada por Roberto Magalhães.
Em maio de 1986, Krause assumiu o governo de Pernambuco, no lugar de Roberto Magalhães, que deixara o cargo para disputar uma vaga no Senado.
Krause deixou o governo de Pernambuco ao final do mandato, em março de 1987, com ótima popularidade, dedicando-se à reconstrução de seu Partido da Frente Liberal (PFL).
Em novembro de 1987, foi eleito o vereador mais votado pela cidade do Recife. Assumiu o cargo em março de 1988, tornando-se membro da Comissão de Orçamento e Finanças e foi o relator do Projeto da Lei Orgânica Municipal. Teve aprovados projetos que tratavam de questões financeiras referentes ao regime tributário das micro e pequenas empresas e o que estabelecia limites financeiros para as despesas de publicidade da Prefeitura.
Na primeira eleição direta para Presidente da República após a Ditadura Militar, em 1989, ele votou em Aureliano Chaves, candidato do PFL, no primeiro turno, e, dissidente do Partido, votou em branco, no segundo turno. Como era Vereador justificou, por escrito, o seu voto. Ao ser indagado pela imprensa se tal feito lhe colocava "em cima do muro", respondeu, graças à inspiração do seu anjo da guarda: - Não! Não vou ficar soterrado embaixo do muro. Farei oposição a qualquer um que vencer. Não me representam.
Em 1990, conquistou nova vitória, sendo eleito Deputado Federal pelo Estado de Pernambuco. Fez parte da Comissão de Viação e Transportes, Desenvolvimento Urbano e Interior, foi relator da Lei do Inquilinato e não acompanhou a liderança do PFL na votação da maioria das medidas provisórias do governo do Presidente da República Fernando Collor de Melo.
Em dezembro de 1991, foi convidado pelo governador Joaquim Francisco para assumir novamente a Secretaria da Fazenda do Estado de Pernambuco. Nessa segunda vez na condução da pasta, priorizou a ampliação da cobrança de impostos aos sonegadores e implementou uma política de saneamento do Banco do Estado de Pernambuco (BANDEPE). Neste mesmo ano, desempenhou as atividades de professor de Direto Tributário e de Política Fiscal na Universidade Católica de Pernambuco.
Seguindo os passos do governador Joaquim Francisco, Gustavo Krause foi uma das lideranças que mais se destacaram a favor do rompimento do PFL pernambucano com o presidente Fernando Collor de Melo (1990-1992), no momento em que uma CPI organizada na Câmara dos Deputados apresentava as primeiras provas da ligação do presidente da República com um esquema de corrupção e tráfico de influência liderado pelo ex-tesoureiro de sua campanha presidencial, Paulo César Farias. Próximo da votação da abertura do processo de impeachment na Câmara dos Deputados, Krause deixou o cargo de secretário e reassumiu o mandato de deputado federal, a tempo de estar entre os 441 parlamentares que votaram pela abertura do processo de impeachment de Collor, em 29 de setembro de 1992. Afastado da presidência logo após a votação da Câmara, Fernando Collor renunciou ao mandato em 29 dezembro de 1992, pouco antes da conclusão do processo pelo Senado Federal, sendo efetivado na presidência da República o vice Itamar Franco, que já vinha exercendo o cargo interinamente desde 2 de outubro (CPDOC, 2016).
Em outubro de 1992, a convite do Presidente Itamar Franco Gustavo Krause assumiu o Ministério da Economia, Fazenda e Administração, substituindo Marcílio Marques Moreira. Tal nomeação causou surpresa no meio político e financeiro, sendo retratada negativamente nos meios de comunicação de grande circulação, o que representava o estigma que parcela dos segmentos empresariais e políticos do Sul-Sudeste tinha em relação ao Nordeste e demais regiões do país.
Gustavo argumentou que o Ministério da Fazenda, tradicionalmente, desempenhava papel de porta-voz dos interesses do Sudeste e do Sul, onde se concentra o maior volume do Produto Interno Bruto (PIB), mas isso deveria mudar para bem da nação. Essa provocação fez acirrar os ânimos entre a imprensa e o governo Itamar. Acostumados a dominar a economia nacional, os paulistas e demais sudestinos e sulistas ficaram desgostosos com a ideia de ter que lidar com alguém de outro círculo fora do eixo Rio-São Paulo. Por trás de muitas críticas e ataques da mídia havia uma pitada de desconfiança e preconceito, mas Krause como todo bom nordestino superou aqueles impasses com alegria e alto-astral.
À frente da pasta, Krause defendeu a prática de um “ensaio parlamentarista” para as resoluções governamentais. Entre suas primeiras ações, propôs um acordo político contra a recessão e a negociação de um projeto de emergência para política fiscal com presidentes e líderes dos partidos. A sua proposta baseou-se na criação do imposto sobre transações financeiras, na redução do limite de isenção do imposto de renda para pessoas físicas e no reforço da fiscalização fazendária. Preocupado em combater a desobediência fiscal, Krause reuniu-se com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) para discutir o andamento de ações que tramitavam no Judiciário contra o pagamento de impostos. Enfatizou a cobrança e o possível bloqueio das contas bancárias de empresas estatais, estados e municípios que devessem ao Tesouro Nacional e não renegociassem as suas dívidas. Aprovou um programa de saneamento econômico, financeiro e estrutural da Caixa Econômica Federal e apresentou propostas de linhas de crédito no Banco do Brasil com juros inferiores aos do mercado para estimular a produção e a retomada do crescimento (CPDOC, 2016).
Todavia, apesar de inicialmente apresentar um discurso contra a recessão, acabou por manter a política de juros altos praticada por seu antecessor e descartou a redução de impostos. Afirmou como prioridade da sua gestão a aprovação de uma reforma fiscal, desejando antecipar a reforma constitucional para maio de 1993. Em dezembro, defendeu a implantação de programas sociais compensatórios para amenizar os efeitos da recessão (CPDOC, 2016).
Ao deixar o Ministério da Fazenda, foi substituído interinamente por Paulo Haddad. Em seguida, o Ministério passou para as mãos de Eliseu Resende.
Em sua passagem pelo Ministério da Fazenda, Krause aprofundou suas relações com o sociólogo Fernando Henrique Cardoso (FHC), a quem conhecera anos antes no ambiente parlamentar, no processo do Impeachment de Collor e na defesa do parlamentarismo. Dele pôde contar com conselhos e orientações na tomada de decisões importantes durante sua permanência à frente da pasta.
De volta à Câmara de Deputados, Krause juntou-se aqueles que acreditavam no êxito do Plano Real e deu sequência a seu trabalho para fortalecer sua base política em Pernambuco. Promoveu significativa contribuição nas costuras da aliança política e programática da aliança PSDB/PFL, que posteriormente seriam responsáveis pela condução de FHC à Presidência da República.
Na eleição de 1994, assumiu a tarefa histórica de enfrentar um adversário imbatível - Miguel Arraes - de quem foi amigo, e ainda mantém tal laço de amizade com alguns de seus filhos. Era fundamental que Pernambuco tivesse uma chapa que reproduzisse a aliança nacional do PSDB/PFL que tinha um grande pernambucano com Vice, o Senador Marco Maciel. Apesar de derrotado, Krause teve a alegria de ver a chapa presidencial vitoriosa com FHC/Marco Maciel e ganhar a eleição em Recife. Além da eleição do Senador de sua chapa, Carlos Wilson.
Em janeiro de 1995, o Presidente da República Fernando Henrique Cardoso convidou Gustavo Krause para conduzir o Ministério do Meio Ambiente (MMA), que a época era bem novo, com pouco mais de 2 anos.
Curiosamente, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) foi criado em fevereiro 1989 e o Ministério do Meio Ambiente surgiu somente em outubro de 1992, ou seja, “o filho nasceu primeiro que o pai” – esse era um comentário que demonstrava a dificuldade inicial nas relações entre as duas instituições.
Enquanto o IBAMA já era uma instituição amplamente reconhecida e valorizada, o Ministério do Meio Ambiente estava dando os primeiros passos para se firmar perante a opinião pública nacional. Com a chegada de Krause um espírito de grandeza tomou conta dessas instituições, dissuadindo eventuais divergências e conflitos, trazendo uma energia positiva extraordinária na união, empenho e dedicação pela causa ambiental.
Gustavo Krause é um genuíno nordestino, alegre, engraçado, criativo e comunicativo. Quem conhece sua trajetória sabe bem que ele sempre viveu cercado de familiares e amigos, especialmente músicos, poetas, idealistas e boêmios. Gosta de cantar, dançar, recitar poemas e compor melodias. Trouxe para Brasília essas qualidades para fazer uma gestão diferenciada.
De 1995 a 1998, o Ministério do Meio Ambiente e o IBAMA viveram momentos inesquecíveis. Inúmeros avanços na política ambiental marcaram este período.
Krause estabeleceu intensa parceria com os veículos de comunicação. Era o primeiro a procurar jornalistas e repórteres para tratar de assuntos ligados à sua pasta, bons ou ruins, não fugia de dar explicações, assumir responsabilidades e procurar consenso na resolução de problemas complexos.
Fez uma gestão plural e democrática. Artistas, intelectuais, pesquisadores, professores universitários, empresários, políticos, lideranças de movimentos sociais, indigenistas e militantes de organizações ecológicas ... o número de parceiros e segmentos presentes nas suas propostas e iniciativas eram realmente variados e constantes.
Nessa época, a reuniões do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) e os eventos realizados pelos servidores do IBAMA contavam com apoio de artistas e intelectuais. A plenária estava sempre cheia e os debates eram bastante acalorados e produtivos.
Sob a liderança de Gustavo Krause o Ministério do Meio Ambiente e o IBAMA firmaram parceria com a apresentadora Xuxa Meneguel, através do Projeto Defensores da Natureza, que usou a gigantesca popularidade da apresentadora e seu programa na Rede Globo para despertar o interesse do público por temas ligados à preservação da natureza.
O lançamento do Projeto Defensores da Natureza aconteceu em julho de 1996 na sede do IBAMA em Brasília. Um grande palco foi montado na área da Associação de Servidores (ASIBAMA), de onde a apresentadora Xuxa Meneghel cumprimentou os funcionários que fizeram questão de levar seus filhos, sobrinhos e netos para o evento. Todos queriam chegar perto, tocar nela, fazer um elogio e tirar uma fotografia.
Desde o final dos anos 80, Xuxa se tornara uma amiga da causa ambiental, incluindo em seus programas músicas, brincadeiras e jogos com a temática ecologia.
Nesse evento, a "Rainha dos Baixinhos" cantou para o público presente e depois distribuiu camisetas, bonés e material publicitário do Projeto Defensores da Natureza. Durante todo o ano de 1997, Xuxa coordenou uma grande campanha apresentando músicas, brincadeiras, desenhos animados e mensagens positivas para conscientizar crianças, jovens e adultos sobre os cuidados com a natureza.
As pessoas interessadas iam às agências dos Correios para preencher um formulário que enviavam com uma foto 3x4, após pagarem uma taxa anual de R$ 10,00 (dez reais). Em poucos dias recebiam em suas casas uma carteirinha e passavam a fazer parte do cadastro nacional dos Defensores da Natureza. A carteirinha dava direito a descontos em programa culturais.
O IBAMA criou um número de telefone para ligações gratuitas, o SOS 0800-618080, que passou a ser divulgado nos programas da Xuxa para que os apoiadores do projeto pudessem fazer denúncias sobre danos ao meio ambiente.
Os efeitos desse trabalho foram surpreendentes. Crianças e jovens de todas as partes do Brasil passaram a ligar para o IBAMA fazendo denúncias e cobrando providências. Com apoio de escolas e entidades ecológicas foram criadas dezenas de Clubes dos Defensores da Natureza em diversos estados reunindo fãs e admiradores da Xuxa que passaram a desenvolver ações para cuidar de árvores, nascentes, reciclar lixo e proteger animais silvestres. Graças a essa bela iniciativa, as imagens do IBAMA e MMA estiveram presentes na grande mídia como órgãos sérios, respeitados e atuantes na preservação ambiental de nosso país.
O Ministro Gustavo Krause desempenhou papel extraordinário na agregação das iniciativas das diversas áreas do governo federal. Seus discursos manifestavam o interesse no diálogo e união dos esforços na defesa ambiental. Ele afirmava que os instrumentos de política ambiental no Brasil deveriam intensificar e abrir espaço para a contribuição de economistas. “A ecologia deve conversar com a economia"– era palavra de ordem do Ministro Gustavo Krause, o que demonstrava naquele momento um avanço na construção da meta de desenvolvimento sustentável - a conciliação entre crescimento econômico, justiça social e prudência ecológica.
Ele sabia bem que sozinho o Ministério do Meio Ambiente não teria forças para fazer tudo aquilo que tinha sido proposto na Conferência ECO-92. Com sabedoria e perspicácia ele implantou um espírito agregador entorno das propostas de sua equipe técnica, estabelecendo intensa articulação junto às demais áreas e, em especial, com o legislativo.
Assim, o governo federal incorporou definitivamente políticas de desenvolvimento na região amazônica e a preservação de suas florestas se tornou mais explícita. Em 1996, com os Programas Brasil em Ação e Avança Brasil (PAB), houve um crescimento econômico da Região Norte, o que exigia medidas para garantir a proteção dos recursos naturais. Nesse sentido, a Presidência da República editou a Medida Provisória nº. 1.511/96, elevando de 50% para 80% o limite das áreas de Reserva Legal dentro dos imóveis rurais situados na floresta amazônica. Essa medida teve enorme repercussão em todo mundo, colocando o Brasil como referencial na proteção das florestas.
Estreitou laços entre o Ministério do Meio Ambiente e o das Relações Exteriores, ocupado pelo embaixador Luís Felipe Lampréia, buscando assegurar a captação de recursos externos para projetos de interesse ambiental, tais como o Programa de Proteção da Mata Atlântica, em parceria com entidades da sociedade civil organizada, como: SOS Mata Atlântica, WWF e Greenpeace.
O Programa Piloto para a Proteção das Florestas Tropicais do Brasil (PPG-7), constituído como o maior programa de cooperação multilateral relacionado à temática ambiental de importância global, estava em pleno desenvolvimento. Esse Programa era financiando pelo Grupo dos 7 países mais ricos e o Ministério do Meio Ambiente era seu executor, com a finalidade de implantar estratégias inovadoras para a proteção e o uso sustentável da floresta amazônica e da Mata Atlântica, associadas às melhorias na qualidade de vida das populações locais.
Por meio do PPG-7, o Ministério do Meio Ambiente e o IBAMA lideraram o fortalecimento do Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA), apoiando a estruturação dos Órgãos Estaduais de Meio Ambiente (OEMA), com aquisição de equipamentos, transferência de tecnologias, capacitações etc. Também houve estímulo para criação dos Batalhões e Companhias de Policiais Militares especializados para combater os crimes contra a flora e fauna. As ações entre os governos federal e estaduais progressivamente foram integradas e aperfeiçoadas.
Quedas significativas do desmatamento ilegal na Amazônia foram registradas durante a gestão de Krause. O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), com monitoramento de imagens de satélite das áreas afetadas subsidiou o IBAMA e MMA no combate às derrubadas nas áreas de floresta. Além de estruturar leis e decretos com medidas restritivas ao desmatamento, Krause realizou outras medidas, como protocolos e convênios entre os Ministérios da Reforma Agrária, Meio Ambiente e Agricultura, no intuito de efetivar a política de assentamento de trabalhadores sem-terra.
Nessa época, o governo brasileiro estabeleceu parceria com Estados Unidos e União Européia na execução do Projeto “Experimento de Grande Escala para Biosfera-Atmosfera na Amazônia (LBA)”, com implantação de diversas bases para coleta de dados sobre o funcionamento hidrológico, climatológico, biogeoquímico e ecológico da Amazônia. Nos anos seguintes, um gigantesco banco de dados foi criado na sede do INPE em São José dos Campos (SP), além do envolvimento de dezenas de pesquisadores de Universidades nacionais e internacionais em pesquisas nas bases do LBA nos estados do Pará, Amazonas, Acre e Amapá.
O combate às queimadas ganhou projeção com a formação do Programa de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (PREVFOGO). Numa bela cerimônia, com a presença do Presidente Fernando Henrique Cardoso e várias autoridades, houve o lançamento do Programa na sede nacional do IBAMA.
Em 1997, houve o evento de assinatura do Protocolo de Kyoto, no Japão, onde os governos de dezenas de países se propuseram a implantar medidas para redução das emissões de carbono. Desse acordo surgiram iniciativas e programas governamentais, com enorme volume de recursos financeiros que fortaleceram os trabalhos desenvolvidos pelos órgãos ambientais brasileiros.
A aprovação da Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/98) trouxe maior clareza e agilidade no confronto aos ilícitos. Diversas questões, antes divididas em várias leis, foram reunidas numa só norma legal, facilitando o trabalho dos fiscais e técnicos federais. Além disso, as penas e multas passaram a ter valores mais altos, proporcionando melhores condições para punir os infratores e garantir a preservação do imenso patrimônio natural de nosso país.
Na assinatura do Protocolo Verde, que introduzia o uso do papel reciclado nos Ministérios, autarquias e empresas do governo federal, Gustavo Krause conseguiu algo até então inédito. Num esforço colossal, ele conseguiu reunir os principais representantes da gestão federal para a cerimônia de lançamento do Protocolo Verde, que contou com a adesão do Dr. Pedro Malan (Ministro da Fazenda), Eduardo Andrade Vieira (Ministro da Agricultura), Clóvis Carvalho (Ministro Chefe da Casa Civil), Raul Jungmann (Presidente do IBAMA), Francisco Graziano (Presidente do Incra), Gustavo Loyola (Presidente do Banco Central), Mendonça de Banos (Presidente do BNDES), Flora Valladares Coelho (Presidente do Banco da Amazônia); Sérgio Cutollo (Presidente da Caixa Econômica), entre outros.
Ele sabia muito bem como era fazer parte do Nordeste. Tradicionalmente, são pessoas do eixo Rio-São Paulo que ocupam cargos importantes em Brasília. Krause, como verdadeiro nordestino, deu especial ênfase às demais regiões do Brasil, especialmente à Amazônia e ao Nordeste.
Criticou o desperdício de recursos em obras hídricas do Nordeste, defendendo a coordenação de iniciativas entre o governo federal, estados e municípios na melhor implantação dessas obras. Em várias oportunidades demonstrou seu compromisso com Pernambuco e com o Nordeste. Ao lado do governador pernambucano Miguel Arrais ele defendeu a cidade de Recife como local para instalação de uma refinaria que a Petrobras se comprometera de criar na região.
Entre 10 e 12 de setembro de 1996, Krause esteve em Bonn (Alemanha), onde apresentou as ações desenvolvidas pelo PPG-7. Ao retornar concedeu uma coletiva à imprensa anunciando investimentos da ordem de U$$ 20 Milhões de dólares para revitalizar a área do Parque Nacional Foz do Iguaçu, considerado o mais importante do país em termos de atrativos turísticos. A partir de tais investimentos o fluxo de visitantes nas cataratas do Iguaçu aumentou extraordinariamente nos anos seguintes.
Esse é só um exemplo, pois, verdadeiramente, no quesito Unidades de Conservação o período de Gustavo Krause à frente do Ministério do Meio Ambiente foi realmente extraordinário!!!
Entre 1995 e 1998, inúmeras Unidades de Conservação foram criadas, no diversos biomas, garantindo a proteção de milhões de hectares, com destaque para: Área de Proteção Ambiental (APA) Chapada do Araripe, APA Costa dos Corais, APA Delta do Parnaíba, APA Ilhas e Várzeas do Rio Paraná, APA Meandros do Rio Araguaia, APA Serra da Ibiapaba, Floresta Nacional (FLONA) Altamira, FLONA Humaitá, FLONA Itacaiúnas, FLONA Itaituba, Parque Nacional (PARNA) Ilha Grande, PARNA Restinga de Jurubatiba, PARNA Serra da Mocidade, PARNA Viruá, Reserva Extrativista (RESEX) Marinha do Arraial do Cabo, RESEX Médio Juruá e RESEX Tapajós-Arapiuns.
Também foram disponibilizados recursos para estruturação de muitas Unidades de Conservação já existentes, com reformas das sedes, elaboração de Planos de Manejos, demarcações, indenizações, formação de conselhos gestores, capacitações das comunidades etc.
Outro grande avanço se deve ao aumento significativo de recursos para publicações dos trabalhos desenvolvidos pelo IBAMA e seus parceiros. A Diretoria de Incentivo à Pesquisa e Divulgação (DIRPED) implantou a “Série Meio Ambiente em Debate” com o objetivo claro de possibilitar aos pesquisadores, aos técnicos e estudiosos da área ambiental uma rápida troca de informações e experiências, visando assegurar o conhecimento oportuno dos trabalhos realizados nessa área. Para cumprir a finalidade de difundir com rapidez estudos, pesquisas e trabalhos técnicos relacionados com a questão ambiental, optou-se por um processo editorial despojado que exigisse um mínimo de tempo e custos gráficos e editoriais para efetivação da Série. Assim, dezenas de trabalhos dos Núcleos de Educação Ambiental (NEA), das Diretorias e dos Centros de Pesquisa (TAMAR, CENAQUA, CECAV, CEMAVE etc.) foram publicados.
Estabeleceu parceria com a Fundação Nacional do Índio (FUNAI), em ações conjuntas para garantir a proteção das áreas de sobreposição entre as Terras Indígenas e as Unidades de Conservação federais.
As pessoas viam as coisas boas acontecendo, todos se sentiam livres e capazes de fazer acontecer. Espírito inovador, liberdade criativa, espaço para proposição de idéias e sugestões faziam parte do cotidiano. Essa conjuntura de fatores criou um sentimento de valorização no corpo funcional do IBAMA, uma sensação de auto-realização no ambiente de trabalho.
Para muitos servidores, a questão salarial e o ganho de diárias não eram tão importantes. As ações e conquistas tinham forte sentimento de coletividade. Todos trabalhavam arduamente e, quando a vitória chegava, a comemoração era grande. Mesmo com excesso de compromissos nenhum motivo fazia Krause e sua equipe deixar de comemorar.
As reuniões eram freqüentes e quem estava do lado de fora da sala podia ouvir gritos, mas não eram de xingamentos nem de represálias, eram gritos de ânimo e de comemoração dos resultados. E o melhor de tudo: a busca de resultados não visava somente aumentar a popularidade das autoridades ou melhorar os índices de aprovação do governo. Naquele período, os servidores cumpriam metas e exerciam suas atividades acreditando estar fazendo o melhor pela causa ambiental. O senso de responsabilidade, o otimismo e a alegria para agir em favor da natureza estavam realmente presentes no dia a dia. Assim era o clima que o Gustavo Krause trouxe ao Ministério do Meio Ambiente.
Os Presidentes do IBAMA, Raul Belens Jungmann Pinto (1995-1996) e Eduardo de Souza Martins (1996-1998), firmaram-se como parceiros essenciais na condução dessas ações e projetos.
A Associação de Servidores (ASIBAMA) viveu momentos intensos de afinidade com a gestão institucional. O administrador e jornalista Nilton Reis Batista Júnior era o presidente da entidade e conduziu sua gestão nesse mesmo espírito de entusiasmo e dinamismo, com oferta de programação artística e cultural bastante diversificada – apresentações musicais, coral da ASIBAMA, recitais de poesia, teatro etc. Eventos esportivos e apoio aos atletas e familiares em maratonas, torneios de jiu-jítsu, karatê, competições de vôlei e futebol. Colônias de férias para filhos de funcionários e excursões para intercâmbios nas Unidades de Conservação do Distrito Federal e de outras localidades. Quem viveu aqueles tempos é categórico em afirmar que o sentimento festivo e de elevada autoestima eram os fios condutores que ligavam o Ministério do Meio Ambiente ao IBAMA e à ASIBAMA.
No começo do ano de 1998, Fernando Henrique Cardoso lançou-se para concorrer a reeleição presidencial. Sobre a atuação de seu governo em quase todas as áreas as opiniões se dividiam entre críticas e elogios, mas surpreendentemente na área ambiental a imagem positiva era praticamente unânime. Os ótimos resultados apresentados pelo Ministério do Meio Ambiente e IBAMA engrandeciam a imagem daquele período, o que se deve em grande medida ao empenho e dedicação dos servidores que não mediam esforços para levar adiante sua missão.
Em dezembro de 1999, Gustavo Krause deixou o Ministério do Meio Ambiente, sendo substituído pelo Deputado Federal Sarney Filho.
Começou e terminou sua passagem pela Esplanada com brilhantismo, deixando sua energia positiva reluzindo por muito tempo.
Gustavo Krause ficou conhecido como o Ministro da Alegria e Entusiasmo, reverenciado como um líder de uma época maravilhosa que deixou saudades!!!
Ao retornar à Pernambuco, manteve-se atuante na política. Foi o primeiro suplente do senador Marco Maciel na legislatura que se iniciou no ano de 2003 e conselheiro do Partido Frente Liberal (PFL).
A biografia de Gustavo Krause Gonçalves Sobrinho é realmente belíssima, tanto por suas ótimas realizações como pela maneira como se portou frente às inúmeras situações que vivenciou.
Sua vida é uma mescla de características bem típicas do povo nordestino. Desde a juventude dedicou-se a rotina de labor intenso, com inúmeras atividades, sempre ativo e irrequieto, nunca deixando esfriar seu coração, nem lhe pesar o semblante. Gustavo Krause é descrito como uma pessoa de espírito extremamente sociável, um típico “Bon vivant”, que adora a boemia. Desde a mocidade teve uma vida agitada e de intenso trabalho. Renova suas energias com os amigos e companheiros, proseando, contando piadas, cantando nas rodas de violão, rindo alto, comendo e celebrando cheio de entusiasmo.
Tem participação constante no carnaval de Pernambuco, no Bloco carnavalesco Galo da Madrugada. Já ocupou cargos em algumas entidades beneficentes e esportivas, com destaque para AACD e a Presidência do Conselho Deliberativo do Clube Náutico Capibaribe.
Realiza inúmeras palestras, trabalhos de consultoria e assessoria especializada para amigos e empresas.
Escreve para muitos veículos de comunicação, tratando de temas variados, política, economia, cinema, artes, meio ambiente, comportamento e qualidade de vida.
Ao longo de sua carreira publicou diversas obras, tais como: "A Ideologia do Colonialismo" Publicado na revista "Idéias" da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Pernambuco n° 11 (1968), Compr(o)missos com a favela (1987), Poder humor (1987), Perdidos e achados (1990), O caminho das pedras — de Sarney a Itamar (1993), Cantos & Contos (2001), Ensaios Sem Nome Et Coetera (2007).
Em 2014, Gustavo Krause recebeu a Medalha José Mariano da Câmara de Vereadores de Recife.
Atualmente, sua filha Priscila Krause segue seus passos na política, tendo sido eleita Vereadora de Recife e Deputada Estadual em Pernambuco.
Gustavo Krause Gonçalves Sobrinho é um exemplo de sucesso, que representa bem a essência de milhões de nordestinos, cheios de sonhos, alegria e muita disposição para o trabalho. Suas raízes estão na pequena cidade de Vitória de Santo Antão, na zona da mata pernambucana, de onde saiu para brilhar no cenário nacional.
Poeta, músico, escritor, filósofo, professor, vereador, prefeito, secretário, governador, Ministro da Fazenda e do Meio Ambiente são muitas as facetas e áreas de atuação que consagraram sua fabulosa trajetória. A sua biografia é um belo referencial que serve de inspiração para os moradores de Recife, bem como para todos os cidadãos de Pernambuco, do Nordeste e de todo o Brasil!!!
Gustavo Krause é a prova viva de que um líder forte, carismático e inteligente pode fazer a diferença, sobrepondo desafios na construção de grandes realizações!!!
BIBLIOGRAFIA:
BRASIL. 1973. Decreto nº 73.030, de 30 de Outubro de 1973. Cria, no âmbito do Ministério do Interior, a Secretaria Especial do Meio Ambiente - SEMA, e da outras providências. Disponível em: http://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1970-1979/decreto-73030-30-outubro-1973-421650-publicacaooriginal-1-pe.html
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Palmas - TO, Outubro de 2016.
Giovanni Salera Júnior
E-mail: salerajunior@yahoo.com.br
Curriculum Vitae: http://lattes.cnpq.br/9410800331827187
Maiores informações em: http://recantodasletras.com.br/autores/salerajunior