Carta de uma mulher depressiva?

Queridos e queridas amigos e amigas!

Percebo em cada pessoa que passa por mim, sentimentos diversos, por isso, a dedução de várias análises. Por vezes acho que alguém enfrenta algum problema físico, familiar, no local do trabalho, no relacionamento, enfim. Sei que muitos também percebem em mim vários sentimentos do tipo citado, porém, muitas vezes, acham que estou triste, aborrecida, alegre demais, tudo que a " minha forma de ser" , suscita pensamentos.

Hoje, despertei madrugada, com a mesma dor que ontem, o estômago doendo e sem causa aparente, afinal, estou seguindo o protocolo nutricional, devido sintomas físicos, desde dezembro luto com problemas gastrointestinais, dores de cabeça, que amenizaram muito até, mas , tem retornado, aos poucos, embora tenha me policiado em relação ao que me alimento.

Tensão no pescoço, dor, que se espalha por todas extremidades do corpo.

Enquanto não vivemos no nosso dia a dia, o sofrimento, não sabemos o que sente nosso semelhante.Já passei pela fase de chorar, ficar deitada, me sentir apática ,embora por vezes até esqueça, não tenho como negar, me sinto profundamente triste... E não ver beleza nos dias, me apavora. Dormir como se não tivesse dormido, já nem menciono mais, ninguém compreende se não passa por isto..

Meus pensamentos são confusos em alguns instantes, vontade de sair e nunca mais voltar para mim mesma, para esta vida, que me atormenta, quem sabe um personagem que se veste de felicidade. Quando não suporto mais, esta solidão de sentimentos, vem a necessidade de sorrir para disfarçar. Sinto-me perdida. Não me sinto satisfeita com o que sou e tenho, com a ponte que criei entre mim e as pessoas. Comprar tudo que meu desejo desperta resolve? Não, piora, acumula dívidas, pelo menos esta consciência ainda tenho. Não sinto vontade de me distrair. E por vezes busco em mim emoções ou sentimentos, mas não encontro, as coisas parecem que se passam por mim sem razão de ser.. Em outros momentos, me envolvo, e sofro, fico indignada, enfim. Tento, mas não estou conseguindo focar em quase nada, me perco nos meus objetivos, e às vezes luto para alcançar.. Estou comendo pouco , apenas necessário de acordo com que meu organismo suporta. A sensação de medo me toma a vida.

Retomando hoje, dia 5 de abril de 2024, as reflexões acerca dos pensamentos que atormentam minha vida.

Saí do modo como o que é necessário, para comer o que gosto, pois pelo isso, eu não perdi o prazer nestes últimos dias. O meu cardápio é repetitivo: cuscuz, pão, manteiga, queijo, café com açúcar. Pipoca doce, atum de banana, goiabada, fuga do almoço pra o lanche, petiscando aqui e ali. Esporadicamente uma sopa, espontaneamente acarajé, e a rotina segue.

O sofrimento de minha alma, me atormenta. Pra que tanto sofrimento?

Leah Ribeiro Pinheiro
Enviado por Leah Ribeiro Pinheiro em 12/10/2016
Reeditado em 06/04/2024
Código do texto: T5788991
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