MAX SCHELER (1874-1928)
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Max Scheler nasceu em 22 de Agosto de 1874 em Munique, filho de pai luterano e de mãe judia, mas ele sendo católico, e ainda comentando que o nacionalssocialismo era uma ameaça ao país. Trabalhou como professor nas Universidades de Jena, Munique e Colônia. Discípulo de Rudolf Eucken e Otto Liebmann, que concorda com as ideias de Berson, e posteriormente com Heidegger se torna um dos críticos de Husserl, apesar de ser da linha de Husserl. Fez uso da fenomenologia para analisar os fenômenos emotivos e suas intencionalidades. Em 1910 abandona o ato de lecionar para se dedicar exclisivamente a escrever. Em 1912 se casou com Marit Furtwänger, com quem teve um filho, de igual nome Max Scheler, que foi um conhecido fotógrafo. Durante a Primeira Guerra vive na Suíça e Holanda. Mas em 1919 acessa a Cátedra de Colônia. Morou também em Frankfurt. Converte-se ao Catolicismo mas depois o abandona, para se dedicar a uma concepção panteísta-histórica. Escreveu sobre a ética na linha de Husserl, como: “O formalismo da ética e a ética material dos valores” e “Essência e forma da simpatia”. Seus escritos posteriores se ralacionam a sociologia do conhecimento: “Escritos de sociologia e doutrinas das visões do mundo” e outros. Suas obras mais importantes são “A posição do homem no Cosmos” e uma sobre visão filosófica do mundo. Ele influenciou o pensamento de Heidegger, Hartmann, Edith Stein e mesmo João Paulo II. Para ele a fenomenologia seria algo espiritual e levava a algo oculto para a ciência. Diferente de Kant, para ele também não era o dever que constituía seu conceito fundamental, mas sim o valor. Ademais, que os bens são fatos e os valores essências. Esses valores não são teorizados, mas sim intuidos emocionalmente. Sobre a sociologia do saber o classifica em saber religioso, ligado a salvação, o saber metafísico, relacionado a verdade e valores, e o saber técnico, relacionado a natureza e domínio sobre ela. Sua marca católica está na obra “O eterno no homem”. Mas, por outro lado, ele fala de uma fusão emotiva do homem com o cosmo vivente. Claro que ele não era metramente racionalista nesse ponto de vista, mas também místico. Tem afirmações até mesmo tidas por heréticas e em sintonia com maniqueísmo. Enquadra-se mesmo como gnóstico. Toma o coração como ponto de realização do eu. Uma união mística entre a essência da pessoa e a ideia dessa essência. E para ele o universo é também vivente. Então, Deus completaria seu Ser na história do mundo. O mundo torna-se o corpo de Deus. E ocorreria a divinização do homem. Apesar da crítica que se faz a Scheller, isso poderia ser entendido por meio de Cristo. Também fica clara sua posição como um rompimento a uma visão ortodoxa da religiosidade a que esteve inserido. Não é incomum em um filósofo. Falou em um universo como enfrentamento de 2 princípios: espírito e impulso vital. Faleceu em 19 de maio de 1928, em Frankfurt.