MICHELANGELO DI LODOVICO BUONARROTI SIMONI (1475-1564)

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Michelangelo di Lodovico Buonarroti Simoni nasceu em Caprese, no dia 6 de março de 1475, segundo de 6 filhos de Lodovico di Lionardo Buonarroti Simoni, prefeito na província de Caprese, mas que em um mês após nascimento, expira seu mandato, e de Francesca di Neri Buonarroti, que faleceu quando Michelangelo contava apenas com 6 anos de idade. Matriculado em escola de gramática, quando tinha 7 anos. O artista divino, foi um dos maiores pintores, escultores de seu tempo. Assim que nasceu, ele foi entregue a ama de leite, esposa de um cortador de mármore, o que por sorte do destino inspira a vocação de Michelangelo, sendo devolvido quando possuía 3 anos. Teve por irmãos Lionardo, o primogênito, e mais Buonarroto, Giovansimone e Gismondo. Mas seu pai que era aristocrata, descendente de condes de Canossa, tendo ligação a sangue de imperadores, nunca aceitando a inclinação artística do filho. Mesmo contra a vontade de pai, o menino já na escola, só pensava em desenhar. Deste modo, aos 13 anos de idade ingressa na oficina de Domenico Ghirlandaio, onde permanece por um ano. Mas seu pai apesar de ter o prestígio, não era rico. Viviam de propriedade rural que não elevava a posição social. Depois acerta ao ir para a escola de escultura de Lorenzo de Médici, o que lhe coloca em círculo de elite e que põe em contato com pessoas de renome do Renascimento, se hospedando junto a residência deste. Sua primeira obra foi “O combate dos centauros”, de mitologia. Depois passaria apenas a se dedicar a temas religiosos e ligados a Bíblia. Sobre seu porte físico, ele tinha estatura mediana, ombros largos, por causa do trabalho pesado, cabelo escuro, olhos castanhos pequenos, com barba, lábios finos e nariz quebrado, por uma luta que teve na juventude. Comia pouco por ter má digestão, e igualmente dormia pouco, tendo também dor de cabeça, mas no geral possuía boa saúde. Trabalhava de forma incansável. Tanto que ficou por 50 anos a serviço do Vaticano, recebendo salário, para os papas. Os trabalhos mais marcantes seriam os encomendados por Júlio II, como o teto da Capela Sistina, bem como a obra de Pietá, Davi, Moisés e outras. Ele conhecia o corpo humano por dissecar este, junto a Hospital do Espírito Santo, por dois anos. Sobre a abóboda da Capela Sistina, quando requerido o serviço, Michelangelo disse que ele era um escultor, e não pintor. Mas exerceu o trabalho com maestria divina. Na obra da capela Sistina fica por quatro anos, depois de vinte anos sendo novamente chamado lá para pintar o Juízo Final. Sobre sua vida amorosa, ele nunca se casou e atualmente é consenso que foi homossexual, apesar dos seus biógrafos não dizerem. Fato é que naquela época seria um crime duramente punido, até com castração, se descoberto. Também fato é que a admiração pelo físico masculino é facilmente percebido em suas obras, e ele chega a dar presentes e desenhos a um jovem artista, chegando a escrever poemas para Giovanni da Pistoia. Mas provavelmente ele tenha ficado mais em amor platônico ou alguma admiração, ainda sendo muito religioso e dedicando mais amor de Deus, que da carnalidade. Por sua amizade com Lorenzo de Médici, com quem convivia e até fazia refeições, acabou conhecendo personalidades de seu tempo, como místicos e filósofos, Marsilio Ficino e Pico della Miràndola. Entra em contato com pessoas que conhecem o neoplatonismo, cabala, misticismo etc. Alguns amigos formam o círculo pessoal de Michelangelo, como a poetiza Vittoria Colonna e religioso Reginald Pole. Com esses se envolve na heresia dos Espirituali, um grupo de reforma interna da Igreja Católica, que mais se assemelha a uma sociedade secreta, apesar de conhecida e consultada. O artista estava convencido que Cristo não poderia exigir dinheiro, e assim mais em sintonia com a reforma protestante. Paradoxalmente esse mesmo artista tinha sido contratado por Católicos a fim de criar obras e combater essa reforma. Logo Michelangelo demonstra nesse círculo interno as opiniões, mesmo em cartas, mas teve de queimar antes de falecer, a fim de se prevenir da Inquisição, que prendeu muitos amigos dos Espirituali. Mais do que evangélicos italianos, esse grupo parece ter no artista uma forma velada de revelar as ideias de seu manifesto: “O benefício da morte de Cristo”, que fortalece mais a crença na graça apenas para a salvação, e na fé pessoal, não necessitando tanto de igrejas e sacerdotes. Para se prevenir, ele relata em biografia outros símbolos, a fim de preservar o segredo desse grupo, e de proteger sua vida. Tais segredos estão nas estátuas, bem como no seu túmulo e de Júlio II, principalmente. Apesar de ter ficado rico, o artista vivia longe do Vaticano e de forma simples. Alguma influência esotérica parece ter ficado, se teve contato com Ficino e Miràndola. Faleceu em 18 de fevereiro de 1564, aos 89 anos de idade, em Roma, deixando em seu túmulo uma estátua de Nicodemus. Sua residência foi vasculhada por agentes do Vaticano, mas nada encontraram para o incriminar, uma vez que ele teria queimado seus arquivos secretos.