Nao tenho como fingir a propria dor
Peguei carona no seu rastro
bebeu pinga com cobra,
Segundo crença indigina
Quem bebe,
Nao sera mordido por ela,
Se bebermos do nosso,
Ficaríamos imunes
Do mal de nós mesmos.
O tempo alivia,
O passado nao tem volta,
Ficam marcas profundas
Escondidas.
Uma dor que desfola nosso corpo,
Como nada é eterno
Aqui minha pena,
Quem em sã consciência
Por um momento entristeceu,
Nada que um dia se perdeu,
Me perdi no tempo?
Nao creio, o comodismo,
Vejo que meu lado criança,
Infantil, sonhadora
Era a forma que nao me deixaram
Ser amarga,,,,isso responde por que
A minha ternura resistiu
E nunca partiu.
As marcas ficam,
As feridas cicatrizam,
Fui engolida por essa massa falida,
cinzenta,
Nuvem de mim mesma.
Podemos ser luz, buscar a luz,
Permitir sua viagem em nós,
Terceiros tem que ir ao encontro de si mesmo.
Hipoteticamente o correto,
Nao somos o ajuste do mundo,
Nao vamos nos condenar pelo passado,
Desfacamos as malas dos desenganos,
Cada um tem seu fardo,
Nao me culpe,
Nao se culpe,
Essa é a cara da verdade.
Amor poucos conhecem,
Conforme o tempo passa,
Se desconhece,
Temos uma única vida,
Vivamos de acordo com que nos facam feliz,
Mesmo que ela seja em poucas proporções,
É o bastante,
Somos solitarios nisso.
Sei que errei inconscientemente,
Aprendi correr atras do impossivel,
Me negaram o direito
De conhecer o tempo,
No seu devido tempo,
Lamento.
Agora digo:
Viva....seja vivo,
A dor serve para levantar sua estima,
Descobrir o seu valor,
Os outros nao vao lhe dar esse ouro,
Tu e eu, somos o tesouro.
Desulpe me o poeta que dizem fingidor,
Nao tenho como fingir,
Se conheci a própria dor.....