JOHN LOCKE (1632-1704)

images?q=tbn:ANd9GcSd82YZpzFl_f8GqFAVQIEuKNHESxjYoZax6BRFsAgVBeEY8xZgCg
 

John Locke nasceu numa aldeia de Sumerset, em Wrington, na Inglaterra, em 29 de Agosto de 1632, filho de um advogado e funcionário de tribunal, que era proprietário de terra, e que se torna e que se torna capitão de cavalaria durante a guerra civil. Descendente de família de burgueses comerciantes. Sobre sua educação, ele passa por Westminster School, depois vai para Christ Church College, onde estuda grego e filosofia. Também recebeu o título de bacharel em artes em 1656. Ademais, estuda medicina e ciências naturais. Já em 1668 é admitido pela Sociedade Real de Londres. Estudou assim as obras de Francis Bacon, Descartes e Hobbes. Nunca se casou, mas teve dois filhos ilegítimos. Locke sofria de asma, daí de ter se mudado para Oxford. Nos passeios visita o túmulo de Nostradamus, bem como outros pontos históricos e mesmo com sentido místico. Estava entre os 84 traidores procurados pelo governo inglês, de modo que foge para Amsterdã, Holanda. Parece ter sido influenciado em sua doutrina de sentidos por Pierre Gassendi. Assim resta a sua famosa doutrina da tabula rasa, e que nada tenha estado antes no intelecto que não passe pelos sentidos. Essa doutrina foi chamada de empirismo. Era a favor de Guilherme de Orange e pró-constitucionalista, de modo que por isso teve de sair da Inglaterra. Entra em contato com círculos intelectuais e faz isso quando viaja com Lord Ashley, com quem esteve a serviço de médico. Suas obras principais são o “Ensaio sobre o entendimento humano” e o “Os dois tratados sobre o governo civil”. Com as teorias de que o homem nasce uma tabula rasa, acaba contribuindo com a importância da educação. Assim se opõe a doutrinas de ideias inatas de Descartes, e parece pensar algo que aprendeu também com Francis Bacon. Sobre a educação a vê também como importante na educação física, bem como moral. Geralmente as pessoas pensam apenas na educação intelectual. Assim acompanhou Shaftesbury, tendo secretaria para as colônias americanas. Desenvolve no campo intelectual as doutrinas místicas de Andreas, Boyle e mesmo de Francis Bacon, se pensar em sua Nova Atlântida. No Brasil também se nota o seu reflexo, uma vez ter influenciado o filósofo brasileiro Pinheiro Ferreira. Mesmo em seu tempo parece ter dado origem a ideia da Separação dos Três Poderes de Montesquieu. Essa ideia de tabula rasa também adota de pirrônicos e mesmo dos cínicos. Participou da elaboração da Constituição da colônia de Carolina, na América do Norte. Defendeu os direitos naturais e era contra autoritarismos. Visitou a Alemanha em 1666. Ademais, era para ser embaixador de Berlim ou de Viena, mas recusou a nomeação. Acaba se dedicando mais a educação. Vira tema de um teólogo anglicano ortodoxo, Samuel Clarke, que era estudante de Newton, em cartas e panfletos, que troca com Antony Collins. Sugere Locke que a imaterialidade da alma não era tão importante. Locke assim se opõe também a escolástica, desde o tempo que era estudante. Uma importante teoria defendida por ele também é a distinção entre o público e o privado. A tolerância se fundou ademais na separação entre Estado e a Igreja, ideia revolucionária para a época. Por suas ideias que ocorreu a Revolução Gloriosa. Daí que se tenta ligar a Maçonaria e Locke, uma vez relacionada a esse fatos históricos. Lembra Davidson1: “Afirmava-se que Locke era um maçom com base em uma carta sua datada de 1696. Isso é hoje considerado evidência fraca, mas o ponto importante é que todos os maçons piedosos da época acreditavam firmemente que Locke tinha sido iniciado na Ordem”. Também José Carlos de Almeida: "Os Maçons ajudaram a Revolução Francesa a ser vitoriosa. Trouxeram, dela, esse lema para a Maçonaria. Essas palavras: LIBERDADE - IGUALDADE - FRATERNIDADE , em parte, vêm do filósofo John Locke que, com suas idéias políticas, exerceu a mais profunda influência sobre o pensamento ocidental. Suas teses encontram-se na base das democracias liberais. Seus dois tratados sobre. o Governo Civil justificam a revolução burguesa na Inglaterra”2. Também Hagger: “Nessa época, Boyle, um dos fundadores da química moderna, era especialmente próximo de John Locke, que entrou para a Royal Society em 1668. A carreira subsequente de Locke pode ter sido conduzida por Boyle na capacidade de Grão-Mestre do Priorado de Sião”3. Depois Locke teria tomado o posto de Boyle, haja vista essa ligação. Fora as doutrinas de alquimia desse Boyle, que ainda influencia indiretamente outros pensadores. O sionista rosacruz, como diz Hagger, acabou tendo forte importância por fazer parte desse plano maior, a que não vemos mais destaque, ficando apenas o seu empirismo como foco de estudos em curso de filosofia. Acaba falecendo em 28 de Outubro de 1704, em High Laver, Inglaterra.
 

1DAVIDSON, Alex. O conceito maçônico de liberdade: Maçonaria e o iluminismo.
2FILHO, José Carlos de Almeida. A Maçonaria ao alcance de todos. p. 13.
3Hagger, Nicholas. A história secreta do ocidente. p.127.