Minha vida gay - 05

Tinha um medo imenso. Um pavor irracional de que descobrissem que amo alguém do mesmo sexo. Não, não foi o fim do mundo.

Minha irmã me pressionou. Acabei contando. Não foi por livre e espontânea vontade. Daí em diante foi só esperar que ela contasse pros meus pais e que meus pais contassem pro circulo de amigos deles. O que me deixou pasma foi a aceitação vindo de algumas pessoas as quais não imaginava. O que parecia horrível me libertou. Me sinto leve sem o peso de ser uma mentira. Não que eu precise sair gritando que sou lésbica. Mas, esconder me fazia mal. Acho que hoje só gostaria de dizer que nada é tão horrível quanto parece. As situações nem sempre precisam ser ou acabar de forma trágica. Mesmo em meio aos meus mergulhos mais profundos em meus medos Deus nunca me deixou sozinha. A situação melhora. Acredito que colhemos da vida tudo que plantamos. Atraímos todo bem ou mal que fazemos e jogamos no universo. Sei que mereço boas colheitas. Tudo que conquisto faz com que sinta, no bom sentido, orgulho de mim, pois mereço cada degrau que subo. Colho apenas todo bem que planto.

Gostaria de poder ser mais evoluída, tipo um Lama, rs...Mas, fica pra próxima vida, caso haja uma. As vezes sei que sou especial. De tantas formas. Ser honesta em tudo que faço é meu maior troféu. Não importa se vão corresponder a isso ou não. Minhas ações não dependem do mal que me fazem.

O que quero realmente dizer a você que de repente passa pelo mesmo que eu é que você vai colher o que plantou. Seja correto em tudo.

Ana Liszt
Enviado por Ana Liszt em 28/02/2016
Reeditado em 05/03/2016
Código do texto: T5557587
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