Professora Hercília Soares
Luiz Carlos Pais
Luiz Carlos Pais
No projeto inicial do livro “História da Educação em São Sebastião do Paraíso” estava previsto um capítulo denominado “Biografias Didáticas”, para prestar uma homenagem aos mestres de outrora que atuaram em diversas instituições educacionais da cidade. Mas esse capítulo ficou muito extenso e não foi possível inseri-lo no livro, porque o número de páginas extrapolaria o orçamento previsto. Veio então a ideia de separar esses registros biográficos para constituir publicações separadas, que estão sendo divulgadas nesta página digital do Recanto das Letras.
O objetivo específico desta biografia é render uma homenagem à memória da professora Hercília Soares que tem seu nome inserido na história da educação em São Sebastião do Paraíso, MG, da segunda e terceira décadas do século XX. Consta na obra de autoria do ilustre advogado José de Souza Soares que a referida mestra foi a primeira jovem a concluir o Curso Normal do Ginásio Paraisense. A solenidade de colação de grau da primeira turma ocorreu no final do ano de 1912, cujo paraninfo foi o referido escritor José de Souza Soares. Antes de concluir o curso, a jovem Hercília Soares exerceu as funções de secretária da Escola.
No ano anterior à formatura da primeira turma, o Curso Normal do Ginásio Paraisense tinha sido oficializado por um decreto de equiparação, assinado pelo governo estadual, concedendo aos normalistas egressos um diploma com o mesmo valor do expedido pela Escola Normal Modelo de Belo Horizonte. Desse modo, assim que recebeu o diploma, a jovem professora passou a compor o corpo docente do Curso Normal.
Em reunião realizada do dia 13 de maio de 1913, na Câmara Municipal de São Sebastião do Paraíso, com a participação de professores da Escola Normal, o prefeito José Pimenta de Pádua explicou os motivos da municipalização da instituição, em decorrência da transferência do padre Benatti para a cidade de Caracol (Andradas), no Sul de Minas. Nessa reunião o prefeito comunicou também o nome do novo diretor, o farmacêutico José de Toledo Ribas Duarte, que permaneceu no cargo por pouco tempo. Foram ainda divulgados os nomes de novos membros do corpo docente do Curso Normal, entre os quais Júlio Ribeiro Gorgulho, do promotor Drausio Vilhena de Alcântara e da recém formada professora Hercília Soares. São informações divulgadas no jornal paraisense “Tribuna do Sul”, em maio de 1913, conforme citação do escritor e político José de Souza Soares, em obra publicada em 1945.
A professora Hercília Soares casou-se com o senhor Francisco de Lima Medeiros, membro de uma grande família com vários descendentes em Passos (MG). Exerceu o magistério em São Sebastião do Paraíso, como membro do corpo docente do Grupo Escolar Campos do Amaral, como consta no Almanak Laemmert do Rio de Janeiro, de 1922. Entretanto há indicações que em 1929 ainda pertencia ao corpo docente desse que foi o primeiro grupo escolar da cidade.
Sua participação na vida social da cidade, como membro da grande Família Soares, ficou registrada em um jornal da capital paulista com a publicação de uma nota social nos seguintes termos:
O objetivo específico desta biografia é render uma homenagem à memória da professora Hercília Soares que tem seu nome inserido na história da educação em São Sebastião do Paraíso, MG, da segunda e terceira décadas do século XX. Consta na obra de autoria do ilustre advogado José de Souza Soares que a referida mestra foi a primeira jovem a concluir o Curso Normal do Ginásio Paraisense. A solenidade de colação de grau da primeira turma ocorreu no final do ano de 1912, cujo paraninfo foi o referido escritor José de Souza Soares. Antes de concluir o curso, a jovem Hercília Soares exerceu as funções de secretária da Escola.
No ano anterior à formatura da primeira turma, o Curso Normal do Ginásio Paraisense tinha sido oficializado por um decreto de equiparação, assinado pelo governo estadual, concedendo aos normalistas egressos um diploma com o mesmo valor do expedido pela Escola Normal Modelo de Belo Horizonte. Desse modo, assim que recebeu o diploma, a jovem professora passou a compor o corpo docente do Curso Normal.
Em reunião realizada do dia 13 de maio de 1913, na Câmara Municipal de São Sebastião do Paraíso, com a participação de professores da Escola Normal, o prefeito José Pimenta de Pádua explicou os motivos da municipalização da instituição, em decorrência da transferência do padre Benatti para a cidade de Caracol (Andradas), no Sul de Minas. Nessa reunião o prefeito comunicou também o nome do novo diretor, o farmacêutico José de Toledo Ribas Duarte, que permaneceu no cargo por pouco tempo. Foram ainda divulgados os nomes de novos membros do corpo docente do Curso Normal, entre os quais Júlio Ribeiro Gorgulho, do promotor Drausio Vilhena de Alcântara e da recém formada professora Hercília Soares. São informações divulgadas no jornal paraisense “Tribuna do Sul”, em maio de 1913, conforme citação do escritor e político José de Souza Soares, em obra publicada em 1945.
A professora Hercília Soares casou-se com o senhor Francisco de Lima Medeiros, membro de uma grande família com vários descendentes em Passos (MG). Exerceu o magistério em São Sebastião do Paraíso, como membro do corpo docente do Grupo Escolar Campos do Amaral, como consta no Almanak Laemmert do Rio de Janeiro, de 1922. Entretanto há indicações que em 1929 ainda pertencia ao corpo docente desse que foi o primeiro grupo escolar da cidade.
Sua participação na vida social da cidade, como membro da grande Família Soares, ficou registrada em um jornal da capital paulista com a publicação de uma nota social nos seguintes termos:
“Realizou-se no dia 26 do mês passado (janeiro de 1929), em São Sebastião do Paraíso, o consórcio do senhor Hercílio Carnevalle, filho do capitão Emílio Carnevalle, capitalista e presidente do Executivo Municipal local, com a senhorita professora Dinorah Soares, filha do Dr. Francisco Soares Netto, fazendeiro naquele município mineiro.”
O mesmo jornal noticiou que a união conjugal foi testemunhada, por parte do noivo, pelo médico Nestor Moura, que exercia a profissão na cidade, o capitão Virgílio Buson e sua esposa, Dona Corina de Mello Buson, e, por parte da noiva, o pároco Monsenhor José Felippe da Silveira e Dona Hercília Soares, professora do Grupo Escolar. Informações essas recolhidas no Diário Nacional, São Paulo, de 10 de fevereiro de 1929. À memória dessa mestra paraisense que testemunhou os primeiros dias do Curso Normal da cidade nossas reverências em nome da história da querida terra natal.