Família Sakate no Brasil
Luiz Carlos Pais
Luiz Carlos Pais
Os arquivos do serviço público de imigração do Estado de São Paulo permitem recompor parte da trajetória vivenciada pela Família Sakate no Brasil. O desembarque em Santos ocorreu na manhã de uma segunda-feira, dia 18 de fevereiro de 1929, quando o patriarca Soichi Sakate e sua esposa Shiu Sakate assinaram os protocolos exigidos para o ingresso na hospedaria de quarentena. Um grande espaço onde as famílias de imigrantes permaneciam por mais de um mês, antes de serem autorizados a seguir viagem para seus destinos, cumprindo uma legislação de saúde pública da época. Logo que a família desembarcou foi acompanhada até a hospedaria, onde foi feito o registro fotográfico que ilustra esta crônica. Por sinal de respeito, todos os membros consanguíneos da Família estavam sobriamente vestidos, homens e mulheres, crianças e adultos, tinham suas cabeças recobertas com elegantes boinas e chapéus.
Em pé, no extremo direito da fotografia acima reproduzida, está o jovem Shoji Sakate, então com 14 anos de idade. Ao seu lado, está o irmão mais velho, Yukio Sakate (23 anos), pai do ilustre cientista brasileiro Dr. Minoru Sakate, cujo nome está na história da fundação da Universidade Estadual Júlio de Mesquita Filho, campus de Botucatu, São Paulo. A sua direita está o patriarca, Soichi Sakate, com 43 anos, que no Japão exercia funções administrativas numa cooperativa agrícola. Ao seu lado, está uma funcionária do serviço social da imigração. Ainda, em pé, está a senhora Kishino, com 19 anos, esposa do Yukio, com elegante chapéu oriental.
A primeira moça sentada, à esquerda, é Nobuko Sakate, quando tinha 20 anos, uma das duas filhas mais velhas de Shiu e Soichi. A outra filha mais velha já estava morando no Brasil, em Santos, se chamava Myako e se chamou com Yoshio Nikuma. Ao lado da Nobuko está a menina Somiko (8 anos), que se casou com Matae Suguimoto, e ao seu lado a caçulinha da família, Tomiko Sakate (5 anos), que reside atualmente em Natal (RN).
A matriarca da família, Shiu Sakate está sentada ao lado dos dois irmãos menores, Kan-ichi Sakate (10 anos) e Isso Sakate (12 anos), que se formou em Advocacia na renomada Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, em São Paulo, atualmente integrada à Universidade de São Paulo. Hoje, às vésperas de completar 90 anos do desembarque, somos levados a prestar uma sincera homenagem à persistência de luta com que esses nossos familiares souberam plantar sementes de dignidade, trabalho e perseverança. São lições que vão muito além dos bancos escolares.
Em pé, no extremo direito da fotografia acima reproduzida, está o jovem Shoji Sakate, então com 14 anos de idade. Ao seu lado, está o irmão mais velho, Yukio Sakate (23 anos), pai do ilustre cientista brasileiro Dr. Minoru Sakate, cujo nome está na história da fundação da Universidade Estadual Júlio de Mesquita Filho, campus de Botucatu, São Paulo. A sua direita está o patriarca, Soichi Sakate, com 43 anos, que no Japão exercia funções administrativas numa cooperativa agrícola. Ao seu lado, está uma funcionária do serviço social da imigração. Ainda, em pé, está a senhora Kishino, com 19 anos, esposa do Yukio, com elegante chapéu oriental.
A primeira moça sentada, à esquerda, é Nobuko Sakate, quando tinha 20 anos, uma das duas filhas mais velhas de Shiu e Soichi. A outra filha mais velha já estava morando no Brasil, em Santos, se chamava Myako e se chamou com Yoshio Nikuma. Ao lado da Nobuko está a menina Somiko (8 anos), que se casou com Matae Suguimoto, e ao seu lado a caçulinha da família, Tomiko Sakate (5 anos), que reside atualmente em Natal (RN).
A matriarca da família, Shiu Sakate está sentada ao lado dos dois irmãos menores, Kan-ichi Sakate (10 anos) e Isso Sakate (12 anos), que se formou em Advocacia na renomada Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, em São Paulo, atualmente integrada à Universidade de São Paulo. Hoje, às vésperas de completar 90 anos do desembarque, somos levados a prestar uma sincera homenagem à persistência de luta com que esses nossos familiares souberam plantar sementes de dignidade, trabalho e perseverança. São lições que vão muito além dos bancos escolares.