minha vida de peão de trecho - nessa terra colonizada por holandeses...

Pernambuco – seu folclore... suas danças e prazeres ...

Viver e conhecer Pernambuco, pela quarta vez, mas agora com tempo suficiente para conviver com o povo, pois sempre passei por aqui as pressas, em uma das vezes foi em plena Lua de Mel de meu primeiro relacionamento, descendo ainda no antigo aeroporto de Guararapes, que era um aeroporto de excelente qualidade para uma região não tão bem aproveitada turisticamente, pois tem uma beleza de algo que foi colonizada por holandeses de Mauricio de Nassau...

Recife e Olinda, mostram a beleza de nossa Veneza brasileira, com o encontro dos rios Capiberibe e Beberibe, e suas pontes que cruzam toda cidade hoje moderna contrastando com a preservação do colonial de Olinda, com suas igrejas centenárias e lindas que demonstram que ali em Olinda o tempo parou e conserva tudo como se fosse um mundo irreal...

Talvez ao aprender que quando chegas ao nordeste, temos o maior prazer de conhecer o folclore desse povo, tantas vezes celebrado por povos que aqui estiveram, principalmente pelos oficiais americanos que faziam as festas... que na época com seu sotaque diziam FOR ALL e posteriormente tudo isso se tornou FORRÓ... que mantém todos cativos pela dança e gingado dos casais que fazem da dança um prazer de que essa região tem muito a dar a todos que turisticamente amam não só a música, mas o Carnaval que ninguém melhor que o Pernambucano ama o encontro de milhões para o encontro do Galo, recorde absoluto no Guinness book...

Forró é um ritmo e dança típicos da Região Nordeste do Brasil, praticada nas festas juninas e outros eventos. Diante a imprecisão do termo, não existe consenso quanto a definição musical do forró como estilo musical, sendo geralmente associado o nome como uma generalização de vários ritmos musicais daquela região, como baião, aquadrilha, o xaxado, que tem influências holandesas e o xote, que tem influência portuguesa. São tocados, tradicionalmente, por trios, compostos de um sanfoneiro(tocador de acordeão, que no forró é tradicionalmente a sanfona de oito baixos), um zabumbeiro e um tocador de triângulo. Também é chamado arrasta-pé, bate-chinela, fobó.

O forró possui semelhanças com o toré e o arrastar dos pés dos índios, com os ritmos binários portugueses e holandeses, porque são ritmos de origem europeia a chula, denominada pelos nordestinos simplesmente "forró", xote e variedades de polcas europeias que são chamadas pelos nordestinos de arrasta-pé e ou quadrilhas. A dança do forró tem influência direta das danças de salão europeias, como evidencia nossa história de colonização e invasões europeias.

Além do forró tradicional, denominado pé-de-serra, existe outras variações, tais como o forró eletrônico, vertente estilizada e pós-modernizada do forró surgida no início da década de 90 que utiliza elementos eletrônicos em sua execução, como a bateria, o teclado, o contrabaixo e aguitarra elétrica; e o forró universitário, surgido na capital paulista no final da década de 90, que é uma espécie de revitalização do forró tradicional, que eventualmente acrescenta contrabaixo e violão aos instrumentos tradicionais, sendo a principal característica os três passos básicos, sendo um deles o "2 para lá 2 para cá", que veio da polca.

Conhecido e praticado em todo o Brasil, o forró é especialmente popular nas cidades brasileiras de Campina Grande, Caruaru, Mossoró e Juazeiro do Norte, que sediam as maiores Festa de São João do país. Já nas capitais Aracaju, Fortaleza, João Pessoa, Natal, Maceió, Recife, e Teresina, são tradicionais as festas e apresentações de bandas de forró em eventos privados que atraem especialmente os jovens...

Assim amigos, caso queiram conviver com o povo da região aprenda a dançar o forró para apreciar não apenas o folclore mas a parceira, pois quem sabe irás amar não apenas a companhia e vais adorar voltar e curtir os amigos que deixares na região principalmente pela maneira que o nordestino preserva a tradição e a verdadeira amizade de que vale a pena curtir a vida toda...

A outra tradição maravilhosa quando estive convivendo no meu trabalho na região foi a espécie de rodeio, que o povo pratica que se chama VAQUEJADA, que se pega o boi pelo rabo e deve derruba-lo em segundos, e quem for mais rápido ganha como o vencedor, mas tais desafios nem sempre dão tão certos, pois numa delas eu tive que levar o nosso amigo Eduardo que era um dos antigos campeões desse torneio ao cair teve fratura exposta de seu braço e tivemos que socorrer e leva-lo ao Hospital Central de Campina Grande e naquele ano de 1981, foi o vaqueiro ausente pelo seu acidente não previsto e um campeão ausente naquele ano que eu estive na região ...

Claro estamos esquecendo as festas juninas em Caruaru, tão famosa quanto a de Campina Grande na Paraíba, não percam nas festividades de Junho, a beleza das mulheres todas devidamente vestidas e com seu ar de deboche de carinhas pintadas e bem caipiras para curtir a fogueira de S. Antônio, S. João e S. Pedro, pois nada como curtir a batata assada ao pé do fogo na brasa da fogueira e um quentão maravilhoso com gengibre para dar o sabor para que se sinta com a garganta a ser limpa pois costuma-se na friagem da noite, pegar a gripe ou a garganta ser desinfetada por um gargarejo com um quentão bem forte, e poder seguir cantando e dançando nas festas juninas pela região do Cariri!!!!