memórias pessoais - os verdes campos da minha terra...

Os verdes campos da minha terra...

Ao ouvir a canção vem a mim as melhores recordações ao chegar de trem a minha terra, me sinto feliz nem por isso deixo de me lembrar de cada momento que vivi neste meu torrão natal...

Talvez poucos possam se lembrar de como era antigamente, quando o trem chegava a estação tudo era improvisado, não tínhamos tal calçamento e nem mesmo asfalto nas avenidas próximas a estação ferroviária...

Quando menino ali trabalhava no escritório de despachante do José Acorsi, que me ensinou os meus primeiros trabalhos de como licenciar um veículo, de ir a delegacia e não ter medo jamais de ser preso... ou colocar um tio meu que queriam lincha-lo pois uma tragédia aconteceu de uma criança despencar de um barranco e cair sob a roda traseira de sua camionete e que morreu no local e toda a cidade não sabia o que havia ocorrido e nem queriam justificativa, e por conhecer o delegado, pedi a ele que o meu tio ficasse aquela noite ali protegido das pessoas da cidade...

Assim conheci que o povo quer fazer as próprias leis e nem se importa de que a razão existe para que possamos justificar e um acidente não justifica fazermos um crime com as nossas próprias mãos...

Tal fato foi apenas um deles que me mantem cativo a tudo que aconteceu nesta cidade e tive que ajudar apagar o fogo na farmácia do Toninho, e que tinha ido para dar uma injeção a uma senhora e deixou seu aparelho ligado e isso causou o fogo que se espalhou pela farmácia e destruiu tudo e tivemos que tirar sua esposa contra sua vontade, pois o teto iria desabar e desabou, o incrível que a imagem na parede da N. S. Aparecida ficou intacta, só meio chamuscada, mas inteira e seu oratório ali na parede sem danos...

Assim aos poucos, vocês vão conhecendo o porque amo tal cidade e onde eu nasci em 1945, num sítio Ouro Verde, em homenagem ao café que era a maior produção até 1954, quando a tal ferrugem venceu a guerra contra tais pés de café e mais de 50 mil pés de café foram sacrificados, virando pasto para invernada...

Quando visito a tal fazenda me dá saudades de ver que aquela fazenda produtiva e onde tínhamos uma mina dágua e que onde um burro morreu atolado na lama e tivemos que rebocar com trator para que pudéssemos enterrar em outro local...

Ou na lagoa onde quando pescava, fui surpreendido por uma bocarra enorme que comeu o meu peixe fisgado naquele instante, e naturalmente corri para casa e contei ao meu tio e que a noitinha ficou a espera com um farolete e quando os olhos surgiram na flor dágua um tiro certeiro entre os olhos do jacaré, que no dia seguinte boiou e fizemos um churrasco de carne de jacaré que tem o gosto da carne de galinha... talvez por sua alimentação preferida eram as aves daquela região lacustre...

No sítio onde aprendi a plantar milho, feijão, arroz, algodão e amendoim... e naturalmente a colher tais frutos que nos forneciam nossa alimentação e a sobra era vendida nas imediações e quando seguia junto com meus tios para tais entregas dos produtos...

Quando estudava nas proximidades, aprendi a ler e escrever na escola com professora Maria Luiza, e depois com professor Miguel, ambos moravam no fundo da escola e cada qual nos anos que estive estudando de primeiro ao terceiro ano do curso primário, e o quarto ano fui para a escola da cidade de Martinópolis, na qual seguia a pé, os 5 km que distanciava do sitio até a escola...

Aproveitava e levava alguns produtos para vender na cidade e assim ganhar algum dinheiro, claro que fazia a propaganda antes para não perder a viagem e quando entregava recebia tal pagamento, que era para me alimentar passando pela doceria do japonês, Sr. Antonio que até fiava tais produtos e eu pagava na semana seguinte...

Me lembro da primeira bicicleta que o meu tio Denkite me deu de presente e da vez que prendi o dedo e quase fiquei tal qual o Lulla perdendo o meu dedo anular na engrenagem do rolamento de acionamento de movimento da roda traseira da bicicleta, que o meu tio teve de desmontar a roda para tirar o meu dedo...

Foi assim que aprendi a consertar a bicicleta sempre que tal corrente começava a escapar mas nunca mais prendi o meu dedo nessa engrenagem e também fique tão esperto, que quando mudamos para a cidade, o meu pai ficou responsável pela representação da empresa Monark de bicicletas na nossa cidade, e quem as montava quando chegavam embaladas nas caixas era eu...

Ao comprar a selaria do Sr. Manoel , o alagoano e assim tínhamos um local onde morar e o meu pai montou uma loja fotográfica, pois ele trabalhava numa loja fotográfica na cidade de um japonês que era a única da cidade, e assim fomos a segunda loja da cidade, e eu me tornei o repórter de fotos de casamento mais jovem, pois aos 11 anos estava fazendo a reportagem, que o noivo ficou desconfiado que as fotos não iriam sair afinal o fotografo era jovem demais...

Mas ao ver as fotos ele adorou pois era um noivo baixinho, e as fotos eu tirei de uma altura menor e assim ele parecia bemr maior nas fotos...e me agradeceu pelas fotos maravilhosas, que até o meu pai começou a confiar mais em mim, e me ceder as reportagens e assim me apaixonar por mais uma profissão de ser fotografo profissionalmente...

Acredito que se não fosse tal sorte, nem mesmo teria conhecido o meu primeiro amor a miss simpatia da cidade, a Senhorita Neusa Maria Schimidt, que era a filha do Gerente da Agencia Chevrolet, e posteriormente da Ford, que ficava do outro lado da cidade bem próxima a casa dela e eu ficava a espera de ve-la e sem coragem de roubar um beijo e muito menos dizer o que sentia por ela...

Ao estudar com ela no primeiro ano do ginásio, dei uma quadrinho pintado a tinta no trabalho manual da aula um Pinochio correndo de seus algozes que eram o Gato e o Lobo... mas era eu o Pinochio com medo da minha paixão e com certeza perdi o meu primeiro amor por timidez... pois anos passados mais tarde ela amiga da minha tia confidenciou que tinha um apreço enorme por um menino lindo e tímido que com certeza era seu sobrinho e era esse que escreve tal relato...

Mas com certeza a primeira paixão mais platônica foi a Mercedes da escola do segundo e terceiro ano do sitio, onde a professora nos mantinha sentados numa carteira em dupla sempre um menino com uma menina para que aprendêssemos a ser educados com as meninas, mas eu amava a irmã dessa que sentava comigo que era a Laura, tão linda quanto a Mercedes, mas soube que ela não se formou em nada e nem casou bem, pois depois de ter filhos seu amor a abandonou e foi se embora deixando sozinha com seus filhos...

Sou apenas um menino até o momento, tolo, tímido e bonzinho que colhia as amoras vermelhas para dar a elas e claro que escolhia as maiores e mais saborosas para a minha amada...

Aos 14 anos, fui ao hospital visitar a minha primeira professora D. Maria Luiza, que veio falecer de tuberculose e que na época ainda matava, e senti muito a sua morte, pois tinha uma adoração por ela por ter sido a minha primeira professora que realmente me ensinou a ler e escrever... e a falar corretamente, pois sabia falar muito bem a língua japonesa e isso dificultava o meu aprendizado em algumas palavras que não temos em nosso alfabeto, tais como VA – VE – VI – VO – VU e dai a palavra VAGEM só conseguia pronunciar BAGEM , assim como VACA... virava BACA....

Aprendi a ler muito para melhorar a minha pronuncia e também ser menos japonês nas minhas falas, mas mesmo assim demorou bastante tempo para me tornar menos japonês nas minhas falas, pois continuei falando com os meus avós na língua japonesa...

Quando voltei a Martinópolis já com meus 20 anos, pois sai dessa cidade numa tarde de 1958 com destino a S. Paulo, onde o meu pai conseguiu um emprego no Consulado Japonês, como Tradutor, pois ele falava muito bem o japonês e tinha facilidades quanto ao português e assim se deu bem na função...

Nessa nossa chegada a Martinópolis ao descer na estação me lembrei demais dessa música de Agnaldo Timoteo e que chegava na estação agora toda melhor reformada, com o jardim todo bem acabado, e as ruas todas asfaltadas e pude ver que a cidade era bem mais linda e tão bem cuidada pois imagine que era o prefeito um colega de escola e a sua esposa a minha maior paixão era agora a primeira dama da cidade que eu amava...

A noite numa festa de carnaval no clube recreativo, após problemas com um juiz da cidade, pois a camionete do meu tio estava sem escapamento e dai assustou o juiz que estava em seu carro na minha frente, mas como eu estava sem carta de motorista, e de tal forma ele mandou prender o veículo até que alguém com autorização para dirigir fosse buscar o veículo...

A noite no baile o juiz estranhou a minha presença na mesa do Prefeito da cidade e ali trocando confidencias com a primeira dama... e dai até perdoou que eu estivesse dirigindo o carro sem carteira e no dia seguinte liberou o carro do meu tio sem multas...

Hoje ao me lembrar de tais detalhes me sinto feliz de ter sido até bloqueado de dirigir tal veículo e porteriormente ser reconhecido que era filho de gente importante e fazendeiros da cidade de onde nasci..

Quando volto ao meu virginal abrigo, ainda sinto saudades dos meus melhores momentos onde amei demais pessoas maravilhosas e sem jamais um beijo roubar, ou mesmo me envolver com elas a não ser ser amigo e confidente, e acredito que se um dia voltar ao meu torrão natal será um prazer reencontrar as velhinhas talvez tão esquecidas de tudo que aconteceu mas eu ali poder rever tais belezas que se conservam não na beleza externa pois essa se vai com o tempo, mas com certeza a lembrança de que continuam lindas por dentro e se lembram do menino tímido que vendia xuxu para suas mães e todas as semanas tinha um prazer enorme de agradecer com um sorriso tímido a quem amava e sentia um amor platônico e talvez se tivesse tido a chance nem teria me casado por duas vezes e nem tivesse tantos filhos, pois acredito que ainda estaria morando na mesma casa naquela rua José Maria Sanches, 609 e talvez ninguém nem se lembre do menino que aos 10 anos vendia selas para cavaleiros, e tinha o dom de ensinar como cuidar de seus cavalos deixando lindos com seus bridões e enfeites de prata alpaca, e felizes eles saiam certos de que eram donos das melhores montarias da região...

Quero homenagear a Sr. Manoel o alagoano que se foi aos 95 anos de idade, e ao meu pai que se foi aos 93 anos pois ele considerava seus 9 meses e meio de espera para nascer, o que não deixa de ser verdade, ao sermos gerados no ventre de nossa querida mãe!!! E aos meus mestres da escola, D. Maria Luiza, Sr. Miguel, D. Leda Ferrairo, D. Neide, obrigado por terem me ensinado a ler e escrever e hoje posso deixar algo escrito aqui para lembrar dos VERDES CAMPOS DA MINHA TERRA!!!

Volto e vejo tudo 10 anos mais tarde...

Quando de outra vez tudo estava como antes, e ainda pude curtir a minha juventude pois tinha apenas meus 20 anos e naturalmente todos os meus amigos ainda eram jovens e curtiam os bailes, regados de músicas de Ray Conniff, Paul Mauriat, Elcio Alvarez entre outras orquestras e todos dançando de rosto colado, e prometendo juras de amor...

Os anos passaram e quando voltei para uma visita a minha avó muito doente e que estava as portas de ir para o céu... e dai foi apenas uma visita de médico, como dizem pois não foi a mesma alegria de rever os amigos...

Mas com certeza me marcou muito, pois pude ir rever todos os meus parentes que se foram antes, e que alguns que jamais me esqueço, como o meu avô paterno que na outra visita ainda vivo, fomos de retorno para dar boas novas que o câncer dele estava estabilizado, e com certeza teria mais dois anos de vida... exatamente foram esses dois anos de vida mais sofridos e que a doença foi grassando e tivemos que traze-lo para o Hospital especializado em S. Paulo, do Dr. Prudente...

Não esqueço no dia em que ele me chamou e falou baixinho que não queria ficar no hospital e queria ir embora para casa, era como se fosse um aviso de que estaria partindo em breve... e assim naquela tarde eu estava andando para entregar algumas fotocópias autenticadas e assim que passei sob o relógio do Banco Bamerindus, me senti mal como se fosse um desmaio e me apoiei na parede do Banco, e me acudiram perguntando se eu estava bem???

- Sim, tudo bem!!! Foi só uma tontura!!!

Olhei para o relógio do banco que marcava exatamente, 17 h 35 minutos era o momento em que me informaram que ele havia partido desta para melhor, foi como se fosse uma despedida, pois eu era muito apegado a ele...

Naquela noite, fui atrás de uma empresa aérea para o translado de seu corpo para o interior pois era o desejo dele, e com certeza seria algo para voltar ao local que ele mais amou e desejava descansar em paz ali onde viveu e trabalhou anos a fio para ter seu lar, e sua propriedade que deixou para seus filhos e filha...

Não consegui chorar naquele dia, pois para mim foi uma felicidade dele poder descansar depois de tanto sofrimento, pois todos os dias tomava uma dose de morfina controlada para amenizar as dores... e tudo isso o prejudicava muito mais do que o curava...

Naquela tarde pude visitar seu tumulo e poder me despedir como neto e poder chorar o choro que não pude chorar naquele dia e orar por sua alma que com certeza partiu dessa para um lugar bem melhor, pois como era budista, mas recebeu a extrema unção de um padre católico que o batizou naquele momento e pudemos fazer todas as exéquias de acordo com o rito católico...

Hoje vejo que todos nós um dia partimos, e deixamos muitas saudades a quem amamos, mas sentimos falta de cada um daqueles que amamos e não pudemos mante-los ao nosso lado, pois se foram antes, mas com certeza estão nos esperando nessa próxima estação do trem da vida em que todos um dia desceremos e com certeza lá estarão todos nossos queridos e amados que se foram antes e estão a nossa espera...

Portanto não se apresse que todos nós temos a nossa obrigação para cumprir ainda aqui no lado de cá... assim vejo que temos alguns momentos ainda maravilhosos para cumprir e serem vividos...

Voltarei por certo de novo pois a cada 10 ou 20 anos tenho visitado meus tios que ainda com seus 80 anos e outros com 90 anos e com muita saúde para dar e vender estão ali a minha espera para um abraço longo e apertado e todas as vezes que os vejo... dizem e eu agradeço:-

- Tu cada vez mais tens a cara do teu pai!!!

- Com certeza e isso muito me envaidece... pois sei o quanto eles o amavam e sendo ele tão egoísta não pode conviver todo tempo com eles, pois acabavam brigando e se desentendendo, mas eles tinham o maior respeito por ele e o ajudaram muito em todos os momentos de dificuldade nossa em que perdemos tudo, ficando somente com a roupa do corpo!!!

A vida dá voltas, e recuperamos o nome, pagamos as contas e demos a volta por cima!!! Voltei há pouco tempo para agradecer e dizer a eles o quanto os amo como tios e tias, e o primos já casados e felizes!!! Minha volta aos VERDES CAMPOS DA MINHA TERRA!!! Valeu !!!

Quero viver mais algum tempo por aqui...

Ao tomar esse trem da vida numa estação em 1945, exatamente na tarde de 20 de abril, minha chegada prevista para as 16 horas, a minha mãe rompeu a bolsa em pleno trabalho árduo no sítio e teve que ser socorrida às pressas para buscar a D. Maria, a parteira que atuava na fazenda e todos os partos ali na região era ela quem nos cuidava nos primeiros momentos de nossa chegada...

Foi assim que cheguei como primogênito, filho mais velho de uma família a ser formada por um casamento entre primos que durante os primeiros cinco anos foi conturbado, pois a minha avó materna não concordava com o casamento entre primos, pois ela também já tinha em vista um casamento como todos os orientais negociam seus filhos como negócio para que casem com alguém de uma família abastada, afim de que seus filhos não sofram as algruras de uma vida mais difícil e sendo um casamento, que até dizemos que é o golpe do Baú, pois com certeza a felicidade até existe e com dinheiro... a gente manda buscar!!!

Sou deveras grato ao chegar depois de espera de cinco anos, portanto poderia ter chegado em 1940, antes da segunda guerra, e que estava começando graças a um maluco que todos odeiam e que exatamente naquela tarde de 20 de abril num palanque na Polonia explodiu uma bomba onde ele iria fazer um discurso, com certeza e com medo de ser morto, preferiu sumir naquela tarde e nunca mais foi visto na face da terra...

Sei que vivi esses primeiros anos muito doente e bem fraquinho, que com um ano e meio, acabei tomando uma água estagnada que estava numa lata e assim tive problemas de saúde que o médico deu como morte clínica, pois o meu coração parou de bater...

Dizem que o meu pai não aceitou tal morte clinica e começou a bater em mim no meu peito e me ressuscitou a pancadas, que todos acharam que foi um milagre voltar a respirar e os batimentos cardíacos voltarem ao normal...

Com certeza não era ainda o momento de minha partida, pois acabara de entrar nesse trem da vida... e ainda teria muitos vagões para conhecer e ainda percorrer por anos e anos as outras demais outras estações por onde ficaram a minha irmã Ruth que se foi com 20 anos, por um erro médico, pois ela tinha diabetes e aplicação uma injeção para reanima-la de glicose... a minha mãe se foi depois de 17 anos totalmente dependente de apoio pois ficou paraplégica e quem a cuidou foi o meu cunhado que durante esses 17 anos deu todo apoio a ela como se fosse a mãe dele e não sogra e foi o único que chorou na sua partida, pois para todos era um descanso merecido a tanto sofrimento, e a minha irmã Maria Pia, com 44 anos... que com certeza depois de ver um grande amor partir e se despedir dela pessoalmente dizendo que ela foi a pessoa que ele mais amou... acredito que aquela despedida a fez aceitar a morte como uma solução para sua vida com dois filhos lindos mas sem sorte no amor!!!

Cresci com tantos percalços na vida e com certeza por problemas de saúde qualquer machucado que tivesse tinha problemas de ínguas e que acabavam infeccionando e tive pelo menos 4 delas que se romperam e perdi aulas importantes na escola, que até por longa data não sabia como acentuar as palavras pois naquela data da aula da professora de português estava doente...

Aos dezessete anos fui operado do estomago, pois tive duas perfurações da ulcera duodenal e de tal forma cortaram 2/3 de capacidade do meu estomago e de tal forma nunca mais pude engordar, mesmo me alimentar com menor quantidade e por anos tive que controlar tanto o sal como cigarro e bebida alcoolica, motivo pelo qual segundo os médicos que me operaram foi tal descaso meu em fumar 4 maçõs por dia de cigarros ainda na época em que não havia o filtro que ameniza boa parte da nicotina, mais a bebida alcoolica da qual era propenso já ter o estomago fraco para o álcool... como todo oriental esta propenso a problemas do estomago, mas sou uma exceção a regra de que as operações do estomago são feitas em pessoas com mais de 30 anos, e no meu caso sou um caso em 30 milhões ou seja sou eu realmente um sortudo em querer ser diferente!!!

Mas as minhas estrepolias nem sempre acabaram por aqui, pois adorei sempre ser um piloto de provas nos meus veículos, e dai passei por percalços de voar, capotar, bater os meus veículos e estar vivo por milagres ou talvez por que Deus ainda me permite continuar a viajar neste TREM DA VIDA... por mais algum tempo...

Acredito que somos apenas almas que temos tudo para merecer uma vida digna, mas quando sofremos não apenas a dor mas a falta de amor nos mata aos poucos e nos faz sentir que não temos mais nada a fazer por aqui e talvez a gente se entrega a Deus e damos a ele a decisão final de quando desceremos desse trem da vida!!!

Sou adepto que temos nossas obrigações a fazer nessa nossa passagem por aqui e sei que nessa minha quarta reencarnação sou apenas um que veio para dar as provas de que podemos tudo pelo bem e com muito amor chegaremos onde queremos chegar e ajudar os demais a serem tão felizes como nós o somos!!!

Portanto amigos vivam a cada dia como se fosse o último dia de sua vida e jamais deixe para amanhã o que podes fazer hoje, pois o hoje é tão importante e o amanhã a Deus pertence!!!

Nosso trem continua em sua rota, vou dar uma volta em outros vagões e conhecer novos amigos, quem sabe reencontre alguns velhos amigos que deixei há tempos em outras reencarnações e terei a sorte de revê-los ainda nessa minha vida em que acredito ter a chance de viver tanto quanto o meu pai viveu e considerava os nove meses e meio de espera para subir ao trem da vida... e com certeza ele estava certo... pois somos gerados no momento sublime em que um espermatozoide esperto fecunda o óvulo da mãe... e nos tomamos nesse momento esse vagão do TREM DA VIDA!!!

Quem sabe ainda possa conviver com outros amores, em vida ou em outro vagão que esteja nesse trem em que viajo com destino certo de que posso ainda amar de novo e ser amado como talvez mereça...

Pretendo alcançar ainda o direito de poder escrever a minha vida em poesias ou contos ou em memórias em que possa dar testemunho de que vivam a sua vida e saibam viver sem pensar em querer levar vantagem em tudo que façam... pois somos nós todos herdeiros daquilo que plantamos e só colhemos frutos daquilo que durante a nossa existência fomos plantando de tempos em tempos!!!

Portanto faças o bem, pois com certeza teras bons retornos e assim ao descer desse TREM DA VIDA... todos vão se lembrar de ti... como o melhor amigo, o melhor conselheiro, o melhor parceiro que fui a cada um!!!