O comedor de estrelas
Só olhar praquelas imagens das galáxias que o telescópio Hubble levou quatro meses para montar já faz babar diante da impossibilidade - minha -de descrever o espetáculo.
Quanta beleza nas formas, nas cores, nas densidades, apesar de tudo que ali aparece dar a sensação do déjà-vu. Curioso é que muitas daquelas imagens, que se encontram a zilhões de anos luz, mais algumas bobagens, podem estar refletindo uma coisa que já nem mais exista.
Mas ainda mais curioso - eu aqui diria furioso - é a descrição, pelos entendidos, da disposição das mega-galáxias: têm elas muito do humano, e quiçá, mais. Podem ser explosivas, invasoras, destruidoras, irresponsáveis e tudo o mais. Além de muitas vezes nem pre-aviso dar. Seria essa a semente universal da gente?
Estarão respeitando os desígnios do Criador, ou se arvoraram de tal poder que se tornaram luciferianamente independentes e não querem mais saber da coexistência pacífica que pelo menos se faz cá na terra. Entre uma e outra guerra.
Pena é essas imagens astronômicas terem sido divulgadas somente agora em todo seu esplendor, justamente quando um exímio conhecedor - e se dizia até que comedor - de estrelas nos tenha deixado e partido rumo a elas, para se eternizar: Será do Jorginho Guinle que estou a especular?