Marcos Nonato Fonseca
19 ANOS
ATIVISTA
01-06-1953 - RJ - 
14/06/1972 - SP - 
GEMEOS

images?q=tbn:ANd9GcSa5SeMjgZPH3vf8W8nsXUO8Bksb6If4GP6_WJbaOXAnBm7RAFN
Atividade:Estudante secundarista
Prisão: 14/6/1972
São Paulo SP Brasil
Restaurante Varella, Moóca
Morto ou Desaparecido:
Morto 
São Paulo SP - Brasil
Clandestinidade

images?q=tbn:ANd9GcSa5SeMjgZPH3vf8W8nsXUO8Bksb6If4GP6_WJbaOXAnBm7RAFN
Dados da repressão
Orgãos de repressão
(envolvido na morte ou desaparecimento)
Departamento de Operações Internas - Centro de Operações de Defesa Interna/SP DOI-CODI/SP SP Brasil
Agente da repressão:
(envolvido na morte ou desaparecimento)
Alcides Cintra Bueno Filho
Médico legista:
(envolvido na morte ou desaparecimento)
Abeylard de Queiroz Orsini, Isaac Abramovitch
images?q=tbn:ANd9GcSa5SeMjgZPH3vf8W8nsXUO8Bksb6If4GP6_WJbaOXAnBm7RAFN
Documentos
Artigo de jornal
Vítimas da repressão. Tribuna Operária, São Paulo, 16 nov. 1980. Informa o traslado, do Cemitério de Perus, dos corpos de Alex e Iuri Xavier Pereira, mortos pela repressão em 1972. Conta que os irmãos militavam no Rio de Janeiro no movimento secundarista, depois ingressando na Ação Libertadora Nacional (ALN). Alex foi assassinado aos 22 anos junto com Gelson Reicher em São Paulo, SP, em circunstâncias não esclarecidas. Apesar de sua morte ter sido noticiada pela imprensa, foi enterrado sob nome falso. Iuri, um ano mais velho que o irmão, estava num bar da Moóca, São Paulo, SP, com Ana Maria Nacinovic Correa e Marcos Nonato da Fonseca, quando foram atacados pela repressão.
images?q=tbn:ANd9GcSa5SeMjgZPH3vf8W8nsXUO8Bksb6If4GP6_WJbaOXAnBm7RAFN
Documento do arquivo do DOPS, sem data, informando sobre o assalto à firma D. F. Vasconcelos, em São Paulo, SP, por um grupo de "terroristas" que se intitulou "Comando Gastone Lúcia Beltrão, da ALN". Pelas investigações, verificou-se que se tratavam de Iuri Xavier Pereira, Ana Maria Nacinovic Correa, Marcos Nonato Fonseca, Antônio Carlos Bicalho e uma quinta pessoa não identificada. Os quatro primeiros foram localizados, cercados pela polícia e receberam voz de prisão. Devido à reação à bala de armas automáticas e metralhadora, houve intenso tiroteio no qual morreram dois agentes de segurança, uma menina e um homem, além de Iuri, Ana Maria e Marcos; Antônio Carlos Bicalho conseguiu fugir em um carro. O comunicado solicita o apoio da população, dos hospitais e casas de saúde para que Antônio seja localizado.

Relatório
Informação confidencial do Exército, Rio de Janeiro, de 03/02/72, 
para vários órgãos de segurança sobre a Ação Libertadora Nacional (ALN). Traz o resumo de depoimentos, que segundo a polícia teriam sido prestados por Hélcio Pereira Fortes, morto em São Paulo ao tentar fugir em um "ponto". São citados: Hélcio Pereira Fortes, Arnaldo Cardoso Rocha, Sérgio Landulfo Furtado, Antônio Sérgio de Mattos, Mário de Souza Prata, Marcos Nonato da Fonseca, Paulo de Tarso Celestino da Silva, Aurora Maria do Nascimento, Ísis Dias de Oliveira, Antônio Carlos Nogueira Cabral, Alex e Iuri Xavier Pereira, José Miltom Barbosa, Aldo de Sá Brito, Getúlio d'Oliveira Cabral e James Allen Luz. Há ainda informações sobre vários militantes como Josephina Vargas Hernandes, mulher de Luiz Almeida Araújo, que estaria grávida, morando na Guanabara.

Relatório
Documento da Comissão Especial - Lei 9.140/95, em 24/04/97. Relatora: Suzana Keniger Lisboa. Referente aos requerimentos de Anadir de Carvalho Nacinovic, mãe de Ana Maria Nacinovic Corrêa, de Zilda de Paula Xavier Pereira, mãe de Iuri Xavier Pereira, e de Leda Nonato Fonseca e Octavio Fonseca Filho, pais de Marcos Nonato Fonseca, para o reconhecimento das mortes e inclusão dos nomes nos termos da Lei 9.140/95. Traz as circunstâncias das mortes, comparadas com os laudos de necrópsia e com parecer feito por Nelson Massini e a conclusão de Suzana favorável ao deferimento do pedido.

Relatório
Parecer médico-legal, realizado pelo médico Nelson Massini, solicitado por familiares e Comissão dos Familiares de Mortos e Desaparecidos Políticos, em 30/01/97. Traz a transcrição do laudo necroscópico de Marcos Nonato da Fonseca, a análise da Antropologia Forense Argentina e as conclusões de Nelson Massini.

Relatório
Relatório das circunstâncias da morte de Marcos Nonato da Fonseca, elaborado pela Comissão dos Familiares dos Mortos e Desaparecidos Políticos em 02/04/96, e enviado à Comissão Especial Lei 9.140/95.

Relatório
Relatório complementar das circunstâncias da morte de Marcos Nonato da Fonseca, elaborado pela Comissão dos Familiares dos Mortos e Desaparecidos Políticos em 03/03/97, enviado à Comissão Especial Lei 9.140/95.

Termo de declarações
Depoimento prestado por Otávio Fonseca Filho, pai de Marco Nonato da Fonseca, para a Delegacia Especializada de Ordem Política, em 15/07/72. Nestas declarações, Clyde informa que ficou sabendo das atividades políticas e da morte de seu filho pela imprensa e que não sabe as razões que o levaram a filiar-se a organizações políticas.

Ficha pessoal
Documento do Centro de Informações da Marinha (CENIMAR), com foto de Marcos Nonato da Fonseca. Possui o carimbo do arquivo do DOPS.

Ficha pessoal
Documento do DOI-CODI, de 14/06/72. Contém dados pessoais e impressões digitais de Marco Nonato da Fonseca. Possui o carimbo do arquivo do DOPS.

Ficha pessoal
Documento do IML/SP, de 21/06/72, com dados do óbito.

Laudo de exame de corpo delito
Laudo de exame do IML/SP, de 20/06/72, realizado por Isaac Abramovitc e Abeylard de Queiroz Orsini. Uma das cópias possui um esquema gráfico com as trajetórias das balas no corpo e carimbo do DOPS/SP.

Certidão de óbito
Documento emitido pelo Cartório de Registro Civil do Jardim América, São Paulo, SP, de 22/07/72. Acompanha outro documento com o carimbo do arquivo do DOPS/SP sem o timbre do cartório de 15/06/72. Há também uma cópia do primeiro documento, com o carimbo do arquivo DOPS.

Processo jurídico
Documento da Auditoria da Marinha, de 08/08/72. Extingue a punibilidade de Marcos Nonato da Fonseca nos processos movidos contra ele, devido a sua morte. Cópia pouco legível.

Requisição de exame de cadáver
Documento do IML/SP, solicitado pelo DOPS, de 14/06/72. Indica morte por ferimentos a bala, após um tiroteiro entre a polícia e Marcos Nonato da Fonseca.

Ofício
Documento do II Exército a vários órgãos da repressão comunicando envio de cópias das fichas dactiloscópicas de Ana Maria Nacinovic Correa, Yuri Xavier Pereira e Marcos Nonato da Fonseca.

Ofício
Documento da Delegacia Especializada de Ordem Política de São Paulo, para o II Exército, em 22/06/72. Encaminha as certidões de óbito de Ana Maria Nacinovic Correa, Iuri Xavier Pereira e Marcos Nonato Fonseca. Possui o carimbo do arquivo do DOPS.

Ofício
Documento do Delegado do DOPS/RJ para o Diretor do DOPS/SP, de 13/07/72. Acusando o recebimento das cópias de certidões de óbito de Ana Maria Nacinovic e de Iuri Xavier e reiterando a solicitação do envio da certidão de óbito de Marcos Nonato da Fonseca, pois a cópia enviada junto com as outras estava ilegível.

Ofício
Ofício do Delegado Titular da Delegacia Especializada de Ordem Política de São Paulo para o Diretor do DOPS/RJ, autorizando a remoção do corpo de Marcos Nonato da Fonseca, a fim de ser enterrado em seu jazigo familiar. Informa que a vítima morreu em tiroteio e solicita que não permita nenhuma manifestação pública de caráter político durante o funeral. Possui uma cópia para a Divisão de Comunicações da Polícia Civil.

Ofício
Documento do Delegado Geral para o Diretor Geral de Polícia do DOPS/SP, de 07/07/72. Pede para providenciar cópia da certidão de óbito de Marcos Nonato para a Auditoria da Marinha do Rio de Janeiro. O mesmo pedido é transmitido do Diretor Geral de Polícia do DOPS para o Delegado Titular da Especializada de Ordem Política de São Paulo em 13/07/72. Em 18/07/72 o Delegado Titular da Delegacia Especializada de Ordem Política solicita as cópias da certidão de óbito para o Cartório de Registro Civil do Jardim América, São Paulo, SP. Possuem carimbo do arquivo do DOPS.

Ofício
Documento do DOPS/SP ao DOPS da Guanabara, em 26/07/72. Encaminha cópia da certidão de óbito de Marcos Nonato da Fonseca.

Ofício
Documento da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo ao delegado geral de São Paulo encaminhando solicitação anexada. Trata-se de documento da Marinha de 22/06/72, pedindo um extrato da certidão de óbito de Marcos Nonato da Fonseca. O terceiro documento é a resposta do DOPS/SP à Marinha, de 26/07/72. Possuem o carimbo do arquivo do DOPS.

Ofício
Documento do DOPS/SP ao IML/SP, de 15/06/72. Autoriza a retirada do corpo de Marcos Nonato da Fonseca do necrotério, que será transportado ao Rio de Janeiro, onde será enterrado no jazigo da família.

Depoimento
Documento manuscrito pela mãe de Ana Maria. Descreve sua infância e adolescência, apontando sua morte, na Moóca, metralhada, em 14/06/72, com 25 anos de idade. Cita que, com ela morreram Marcos Nonato da Fonseca e Iuri Xavier Pereira.

Parte de livro
Teles, Janaína (org.). Mortos e desaparecidos políticos: reparação ou impunidade? São Paulo: Humanitas - FFLCH/USP, 2000. p.172-176. Lista de nomes dos presos políticos cujas famílias receberam indenização do governo por este ter assumido a responsabilidade pela morte ou desaparecimento dos mesmos.

Carta
Carta de Criméia Almeida para Comissão Especial da Lei 9.140/95 de reconhecimento dos mortos e desaparecidos de 23/04/97. Traz o depoimento de Ernestina, mãe da garota que foi ferida no tiroteio que matou Iuri Xavier Pereira, Ana Maria Nacinovic Correa e Marcos Nonato da Fonseca. Consta que a garota, na época com três anos de idade, e sua avó estavam voltando para casa a pé e viram quatro jovens que se encaminhavam para um carro. A polícia, que já havia cercado toda a área, iniciou tiroteio que matou três deles (Iuri, Ana Maria e Marcos), feriu a garotinha na perna e também um outro pedestre. Os policiais logo foram embora, talvez atrás do jovem que fugiu e logo chegou uma ambulância e um carro do IML que levou os cadáveres.

Carta
Carta de Iara Xavier Pereira à Comissão Especial Lei 9.140/95, em 23/04/97. Consta que ainda se está tentando obter informações sobre as mortes de Iuri Xavier Pereira, Ana Maria Nacinovic Corrêa e Marcos Nonato Fonseca e continuam reivindicando ao governo o esclarecimento das circunstâncias da morte e a localização e entrega dos despojos dos mortos e desaparecidos.