Yasser Arafat
75 anos -
1929 - 11-11-2004
Mohammed Abdel Rahman Abdel Raouf Arafat al-Qudwa al-Husseini,
ou Muhammad Abd ar-Rauf al-Qudwah al-Husayni,
também conhecido como Abu Ammar,
ou Jasir Mohammed Arafat
Cairo-1929
Paris - França - 11-11-2004
Líder palestino nascido no Cairo, que dedicou sua vida à luta pela criação de um estado palestino em territórios ocupados por Israel, porém, morreu sem ver seu sonho realizado. Filho de um abastado comerciante, Abdel Raouf, formou-se em engenharia civil na Universidade do Cairo. Integrou o exército da República Árabe Unida e participou do conflito de Suez (1956). Depois fundou no Kuwait o al-Fatah, grupo de resistência que passou a atuar como braço terrorista da Organização para a Libertação da Palestina, a OLP. Assumiu o comando da OLP (1968), dois anos antes de eclodir o conflito entre guerrilheiros palestinos e o exército do rei Hussein, da Jordânia, que acolhera a organização em seu território. O grupo foi expulso para o sul do Líbano e nos anos seguintes procurou diminuir a atividade terrorista da OLP e buscou apoio internacional para a causa palestina. Foi o primeiro representante de uma organização não-governamental a discursar no plenário da Assembléia Geral das Nações Unidas (1974). Depois de anos de luta política, o Conselho Nacional da OLP proclamou (1988) um estado palestino na Cisjordânia e na faixa de Gaza e o elegeu presidente (1989). Assinou na Casa Branca, em Washington (1993), juntamente com o primeiro-ministro israelense Yitzhak Rabin, um acordo que daria autonomia gradual aos palestinos da Cisjordânia e da faixa de Gaza, o famoso acordo de Camping David, patrocinado pela então presidente norte-americano Jimmy Carter. Por seus esforços pela obtenção de uma pátria palestina sem luta armada, recebeu o Prêmio Nobel da Paz (1994), dividido com os israelenses Shimon Peres (1923 - ) e Yitzhak Rabin (1922-1995), por concluírem os Acordos de Paz de Oslo. Porém o radicalismo religioso e a intolerância judia colocaram em cheque seu posto e todos os sonhos de convivência pacifica entre estes povos, sonhada por estes quatro homens de extremo bom senso humanitário. A volta da violência fez com que Israel, com o apoio dos Estados Unidos, mantivesse o líder palestino confinado em um complexo bastante deteriorado, a Mukata, sede do governo palestino, durante quase três anos. Com a saúde agravada foi-lhe permitido ser levado para tratamento na França, onde chegou entre a vida e a morte. Morreu aos 75 anos, no dia 11 de novembro, com falência múltipla dos órgãos, após 13 dias internado no hospital militar Percy, em Clamart, a sudoeste de Paris. O comércio fechou as portas enquanto a Autoridade Palestina declarava 40 dias de luto na Cisjordânia e na Faixa de Gaza. Proibido pelo governo israelense de que fosse enterrado em Jerusalém, como desejava o líder palestino, foi sepultado em Ramallah, principal cidade da Cisjordânia. Quando morreu estava separado de Suha Tawil, então com 42 anos, desde o nascimento da filha do casal, Zahwa, 9 anos antes, sendo que ela e a filha vivem na França. A morte do mais importante líder palestino e símbolo da luta contra a ocupação israelense, marca o fim de uma era de resistência e enfrentamentos com os israelenses para a criação de um Estado palestino no Oriente Médio.
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75 anos -
1929 - 11-11-2004
Mohammed Abdel Rahman Abdel Raouf Arafat al-Qudwa al-Husseini,
ou Muhammad Abd ar-Rauf al-Qudwah al-Husayni,
também conhecido como Abu Ammar,
ou Jasir Mohammed Arafat
Cairo-1929
Paris - França - 11-11-2004
Líder palestino nascido no Cairo, que dedicou sua vida à luta pela criação de um estado palestino em territórios ocupados por Israel, porém, morreu sem ver seu sonho realizado. Filho de um abastado comerciante, Abdel Raouf, formou-se em engenharia civil na Universidade do Cairo. Integrou o exército da República Árabe Unida e participou do conflito de Suez (1956). Depois fundou no Kuwait o al-Fatah, grupo de resistência que passou a atuar como braço terrorista da Organização para a Libertação da Palestina, a OLP. Assumiu o comando da OLP (1968), dois anos antes de eclodir o conflito entre guerrilheiros palestinos e o exército do rei Hussein, da Jordânia, que acolhera a organização em seu território. O grupo foi expulso para o sul do Líbano e nos anos seguintes procurou diminuir a atividade terrorista da OLP e buscou apoio internacional para a causa palestina. Foi o primeiro representante de uma organização não-governamental a discursar no plenário da Assembléia Geral das Nações Unidas (1974). Depois de anos de luta política, o Conselho Nacional da OLP proclamou (1988) um estado palestino na Cisjordânia e na faixa de Gaza e o elegeu presidente (1989). Assinou na Casa Branca, em Washington (1993), juntamente com o primeiro-ministro israelense Yitzhak Rabin, um acordo que daria autonomia gradual aos palestinos da Cisjordânia e da faixa de Gaza, o famoso acordo de Camping David, patrocinado pela então presidente norte-americano Jimmy Carter. Por seus esforços pela obtenção de uma pátria palestina sem luta armada, recebeu o Prêmio Nobel da Paz (1994), dividido com os israelenses Shimon Peres (1923 - ) e Yitzhak Rabin (1922-1995), por concluírem os Acordos de Paz de Oslo. Porém o radicalismo religioso e a intolerância judia colocaram em cheque seu posto e todos os sonhos de convivência pacifica entre estes povos, sonhada por estes quatro homens de extremo bom senso humanitário. A volta da violência fez com que Israel, com o apoio dos Estados Unidos, mantivesse o líder palestino confinado em um complexo bastante deteriorado, a Mukata, sede do governo palestino, durante quase três anos. Com a saúde agravada foi-lhe permitido ser levado para tratamento na França, onde chegou entre a vida e a morte. Morreu aos 75 anos, no dia 11 de novembro, com falência múltipla dos órgãos, após 13 dias internado no hospital militar Percy, em Clamart, a sudoeste de Paris. O comércio fechou as portas enquanto a Autoridade Palestina declarava 40 dias de luto na Cisjordânia e na Faixa de Gaza. Proibido pelo governo israelense de que fosse enterrado em Jerusalém, como desejava o líder palestino, foi sepultado em Ramallah, principal cidade da Cisjordânia. Quando morreu estava separado de Suha Tawil, então com 42 anos, desde o nascimento da filha do casal, Zahwa, 9 anos antes, sendo que ela e a filha vivem na França. A morte do mais importante líder palestino e símbolo da luta contra a ocupação israelense, marca o fim de uma era de resistência e enfrentamentos com os israelenses para a criação de um Estado palestino no Oriente Médio.
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