Zé do Rancho
JOÃO IZIDORO PEREIRA
(87 anos)
Cantor e Compositor
* Guapiaçu, SP (04/06/1927)
+ São José do Rio Preto, SP (15/02/2015)
GEMEOS
João Izidoro Pereira nasceu em Guapiaçu, SP, no dia 04/06/1927. Com 8 anos, era engraxate e também fazia carretos na feira livre em São José do Rio Preto, SP, além de já tocar cavaquinho nos bailes.
João Izidoro iniciou a carreira artística aos 17 anos em circos onde se apresentava como instrumentista, cantor e também ator de dramas e comédias, tendo adotado o nome artístico de Bonifácio. E foi num circo que formou uma dupla com Cacau do Sertão que foi quem lhe sugeriu um nome mais sertanejo:
"...você é João. Que tal João do Campo? ... Não! Zé do Rancho!"
E em 1950, já tendo adotado o nome artístico de Zé do Rancho, atuou durante 4 anos tocando guitarra elétrica e cantando na Orquestra Nelson de Tupã.
Em 1954 Zé do Rancho seguiu para São Paulo a convite da Rádio Tupi e passou a participar de um trio juntamente com Serrinha e Riellinho, tendo Zé do Rancho substituído o Caboclinho, que já apresentava problemas de saúde.
Zé do Rancho participou do Trio Mais Querido do Brasil de forma intermitente até 1957, ano do falecimento de Caboclinho. A partir de então, Zé do Rancho assumiu de vez o lugar e integrou o trio Serrinha, Zé do Rancho e Riellinho até 1962, com diversos shows e gravações. E continuaram a apresentar o programa na Rádio Tupi às terças, quintas e sábados sempre às 18:30 hs.
Na mesma época, Zé do Rancho também formou uma dupla com seu irmão Gumercindo Izidoro Pereira, nascido em Guapiaçu, SP, em 1930 e falecido em Paranaguá, PR, em 1969, que adotou o nome artístico de Zé do Pinho. Zé do Rancho & Zé do Pinho gravaram em 1956 e 1957 dois LPs 78 RPM com destaque para as músicas "Três Companheiros" (João Batista) e "Rincão Mato-Grossense" (Zé do Rancho e Zacarias Mourão).
Em 1962, com a aposentadoria de Serrinha, a esposa de Zé do Rancho, Maria Vieira da Silva, nascida em Bauru, SP, em 07/02/1939 e que Zé do Rancho havia conhecido em 1957, passou a integrar o trio que, por sua vez, foi desfeito em 1965. A nova dupla Zé do Rancho & Mariazinha foi depois para a Rádio Nacional de São Paulo, na qual permaneceu de 1969 até 1971.
Zé do Rancho & Mariazinha gravaram 4 LP's até 1972. O maior sucesso da nova dupla foi sem dúvida a bem humorada composição "Abra a Porta Mariquinha (Resposta da Mariquinha)" (Zé Batuta, Quintino Eliseu e Zé do Rancho) gravada na RCA Victor em 1969. Vale lembrar que a mesma música também chegou a ser gravada pelos então iniciantes Sandy & Junior, que são seus netos, já que Zé do Rancho é o sogro de Xororó, da dupla Chitãozinho & Xororó, que é casado com sua filha Noely, mãe de Sandy e Júnior.
Mariazinha deixou a dupla em 1972 e, dois anos depois, passou a integrar o Duo Glacial, tendo substituído Ana Servan Vidal, que integrava o Duo até então juntamente com seu irmão Miguel Servan Vidal. Logo depois, Mariazinha optou por abandonar a carreira artística, passando a viver em Campinas, SP, juntamente com Noely, sua filha.
Sandy se apresenta com seu avô Zé do Rancho
Em 1975, Zé do Rancho formou uma nova dupla com Sebastião Gomes e que era até então o Vilmar da dupla Valmir & Vilmar. Sebastião também adotou o nome artístico de Zé do Pinho, o mesmo nome artístico que já havia sido adotado pelo Gumercindo, irmão de Zé do Rancho, antes desse formar o trio com Serrinha e Rielinho.
Zé do Rancho & Zé do Pinho emplacaram diversos sucessos tais como "No Colo da Noite" (Lindomar Castilho e Ronaldo Adriano), "Devolva a Passagem" (Zé do Rancho e Ronaldo Adriano) e "Meu Sítio, Meu Paraíso" (Zé do Rancho), apenas para citar algumas, além de terem regravado também a célebre "Bom Jesus de Pirapora" (Serrinha e Ado Benatti) que havia feito sucesso com a dupla Serrinha & Caboclinho.
A dupla Zé do Rancho & Zé do Pinho terminou em 1980, após ter gravado 6 LP's pela RCA Victor. Zé do Pinho abandonou a carreira artística e seguiu carreira religiosa como pastor protestante.
A convite de Nenete, da dupla Nenete & Dorinho, que era produtor sertanejo da RCA Victor, Zé do Rancho também gravou dois discos como solista de viola, os LP's "A Viola do Zé" (1966) e "Viola Sertaneja" (1981), tendo interpretado brilhantemente composições caipiras célebres tais como "Lamentos da Viola" (Nenete e Zé do Rancho), "Chalana" (Mário Zan e Arlindo Pinto), "Rio Abaixo" (J. da Silva Vidal e Zé do Rancho), "Lembranças" (Zé Fortuna), "A Viola e o Violão" (Nenete e Zé do Rancho), além de preciosidades de nossa música brasileira, tais como "Disparada" (Geraldo Vandré e Théo de Barros) e "Despertar da Montanha" (Eduardo Souto).
Pouco conhecido, porém excelente, é o trabalho de Zé do Rancho como instrumentista, não apenas na viola caipira, mas também no violão e no cavaquinho. Também já gravou juntamente com Tonico & Tinoco, Sérgio Reis e Léo Canhoto & Robertinho, além de ter acompanhado artistas do porte de Vicente Celestino. Zé do Rancho, porém, não era creditado nas capas dos discos dos quais participava.
Zé do Rancho foi também produtor artístico nas gravadoras RGE, em 1960, e RCA Victor, em 1974. Além da Rádio Tupi e da Rádio Nacional, também produziu e apresentou programas na Bandeirantes e na Nove de Julho. Acredita-se que Zé do Rancho tenha composto e gravado cerca de 200 músicas, que também foram gravadas por renomados artistas como Sérgio Reis, Belmonte & Amaraí, Milionário & José Rico e Irmãs Galvão.
Zé do Rancho não gravou em estúdio desde 1998. Queixa-se de ter "perdido o pique", além de não se adaptar muito bem com os fones de ouvido. Por outro lado, continuou gravando de forma amadorística em seu estúdio caseiro, com 24 canais e tocando a viola, violão, cavaquinho e a guitarra. Mas garantia que ainda voltaria a cantar:
"...quando achar uma segunda voz bonita, ainda sou capaz de fazer quase igual ao que eu fazia há 15, 20 anos..."
No dia 04/06/2007, Zé do Rancho comemorou seu 80º aniversário em alto estilo, numa belíssima apresentação que teve lugar na Vila Country, em São Paulo. Foram gravados um CD e um DVD intitulados "Histórias de Uma Viola", e que brindam o público com Zé do Rancho solando as cordas, sendo que, além de suas composições no estilo caipira raiz, o músico mostrou também uma belíssima técnica no cavaquinho interpretando alguns chorinhos consagrados, como por exemplo, "Brasileirinho" (Waldir Azevedo).
Diversos músicos famosos dividiram o palco com Zé do Rancho nessa apresentação, dentre os quais, seus netos Sandy & Junior, além da Família Lima, Chitãozinho & Xororó, Mariazinha, Zé do Pinho, Sérgio Reis e as Irmãs Galvão.
Morte
Zé do Rancho morreu no domingo, 15/02/2015, aos 87 anos. A assessoria de imprensa da família informou que Zé Rancho estava há algum tempo debilitado por conta da idade, e que todos os parentes já estavam reunidos em Rio Preto para iniciar a despedida ao sertanejo.
"Zé do Rancho convivia com a Doença de Chagas e, contrariando todas as expectativas médicas, que diziam que sua vida seria curta, viveu mais 40 anos desde que descobriu a doença. Nós já estávamos o acompanhando desde a quinta-feira, 12/02/2015, no hospital. Ele foi internado para se alimentar por sonda, sentimos que era sua hora. Ele era muito forte, uma pessoa que adorava viver, amava a música, mas infelizmente cansou de lutar!"
(Xororó)
O corpo do cantor e compositor Zé do Rancho foi velado na segunda-feira, 16/02/2015, no cemitério Jardim de Paz, em São José do Rio Preto, SP.
Segundo Xororó, genro do cantor, ele deixou um importante legado para a música sertaneja.
"Meus filhos começaram cantando as músicas de seus avós. Eu sempre tive Zé do Rancho como um exemplo, ele foi um dos pioneiros do sertanejo, a vida dele foi dedicada à música e hoje ele deixou seu legado. Estamos fazendo sua vontade agora, com um velório discreto para familiares e depois, ele será cremado!"
(Xororó)
Foi publicada uma nota oficial na página do Facebook de Sandy comunicando a morte do artista sertanejo:
"É com profundo pesar que comunicamos o falecimento de João Izidoro Pereira, conhecido em artes como 'Zé do Rancho', na tarde deste domingo, dia 15, em São José do Rio Preto, interior de São Paulo. Aos 87 anos, o cantor e compositor deixa três filhos, cinco netos e três bisnetos. A família agradece todo carinho e apoio neste momento de muita tristeza e dor."
JOÃO IZIDORO PEREIRA
(87 anos)
Cantor e Compositor
* Guapiaçu, SP (04/06/1927)
+ São José do Rio Preto, SP (15/02/2015)
GEMEOS
João Izidoro Pereira nasceu em Guapiaçu, SP, no dia 04/06/1927. Com 8 anos, era engraxate e também fazia carretos na feira livre em São José do Rio Preto, SP, além de já tocar cavaquinho nos bailes.
João Izidoro iniciou a carreira artística aos 17 anos em circos onde se apresentava como instrumentista, cantor e também ator de dramas e comédias, tendo adotado o nome artístico de Bonifácio. E foi num circo que formou uma dupla com Cacau do Sertão que foi quem lhe sugeriu um nome mais sertanejo:
"...você é João. Que tal João do Campo? ... Não! Zé do Rancho!"
E em 1950, já tendo adotado o nome artístico de Zé do Rancho, atuou durante 4 anos tocando guitarra elétrica e cantando na Orquestra Nelson de Tupã.
Em 1954 Zé do Rancho seguiu para São Paulo a convite da Rádio Tupi e passou a participar de um trio juntamente com Serrinha e Riellinho, tendo Zé do Rancho substituído o Caboclinho, que já apresentava problemas de saúde.
Zé do Rancho participou do Trio Mais Querido do Brasil de forma intermitente até 1957, ano do falecimento de Caboclinho. A partir de então, Zé do Rancho assumiu de vez o lugar e integrou o trio Serrinha, Zé do Rancho e Riellinho até 1962, com diversos shows e gravações. E continuaram a apresentar o programa na Rádio Tupi às terças, quintas e sábados sempre às 18:30 hs.
Na mesma época, Zé do Rancho também formou uma dupla com seu irmão Gumercindo Izidoro Pereira, nascido em Guapiaçu, SP, em 1930 e falecido em Paranaguá, PR, em 1969, que adotou o nome artístico de Zé do Pinho. Zé do Rancho & Zé do Pinho gravaram em 1956 e 1957 dois LPs 78 RPM com destaque para as músicas "Três Companheiros" (João Batista) e "Rincão Mato-Grossense" (Zé do Rancho e Zacarias Mourão).
Em 1962, com a aposentadoria de Serrinha, a esposa de Zé do Rancho, Maria Vieira da Silva, nascida em Bauru, SP, em 07/02/1939 e que Zé do Rancho havia conhecido em 1957, passou a integrar o trio que, por sua vez, foi desfeito em 1965. A nova dupla Zé do Rancho & Mariazinha foi depois para a Rádio Nacional de São Paulo, na qual permaneceu de 1969 até 1971.
Zé do Rancho & Mariazinha gravaram 4 LP's até 1972. O maior sucesso da nova dupla foi sem dúvida a bem humorada composição "Abra a Porta Mariquinha (Resposta da Mariquinha)" (Zé Batuta, Quintino Eliseu e Zé do Rancho) gravada na RCA Victor em 1969. Vale lembrar que a mesma música também chegou a ser gravada pelos então iniciantes Sandy & Junior, que são seus netos, já que Zé do Rancho é o sogro de Xororó, da dupla Chitãozinho & Xororó, que é casado com sua filha Noely, mãe de Sandy e Júnior.
Mariazinha deixou a dupla em 1972 e, dois anos depois, passou a integrar o Duo Glacial, tendo substituído Ana Servan Vidal, que integrava o Duo até então juntamente com seu irmão Miguel Servan Vidal. Logo depois, Mariazinha optou por abandonar a carreira artística, passando a viver em Campinas, SP, juntamente com Noely, sua filha.
Sandy se apresenta com seu avô Zé do Rancho
Em 1975, Zé do Rancho formou uma nova dupla com Sebastião Gomes e que era até então o Vilmar da dupla Valmir & Vilmar. Sebastião também adotou o nome artístico de Zé do Pinho, o mesmo nome artístico que já havia sido adotado pelo Gumercindo, irmão de Zé do Rancho, antes desse formar o trio com Serrinha e Rielinho.
Zé do Rancho & Zé do Pinho emplacaram diversos sucessos tais como "No Colo da Noite" (Lindomar Castilho e Ronaldo Adriano), "Devolva a Passagem" (Zé do Rancho e Ronaldo Adriano) e "Meu Sítio, Meu Paraíso" (Zé do Rancho), apenas para citar algumas, além de terem regravado também a célebre "Bom Jesus de Pirapora" (Serrinha e Ado Benatti) que havia feito sucesso com a dupla Serrinha & Caboclinho.
A dupla Zé do Rancho & Zé do Pinho terminou em 1980, após ter gravado 6 LP's pela RCA Victor. Zé do Pinho abandonou a carreira artística e seguiu carreira religiosa como pastor protestante.
A convite de Nenete, da dupla Nenete & Dorinho, que era produtor sertanejo da RCA Victor, Zé do Rancho também gravou dois discos como solista de viola, os LP's "A Viola do Zé" (1966) e "Viola Sertaneja" (1981), tendo interpretado brilhantemente composições caipiras célebres tais como "Lamentos da Viola" (Nenete e Zé do Rancho), "Chalana" (Mário Zan e Arlindo Pinto), "Rio Abaixo" (J. da Silva Vidal e Zé do Rancho), "Lembranças" (Zé Fortuna), "A Viola e o Violão" (Nenete e Zé do Rancho), além de preciosidades de nossa música brasileira, tais como "Disparada" (Geraldo Vandré e Théo de Barros) e "Despertar da Montanha" (Eduardo Souto).
Pouco conhecido, porém excelente, é o trabalho de Zé do Rancho como instrumentista, não apenas na viola caipira, mas também no violão e no cavaquinho. Também já gravou juntamente com Tonico & Tinoco, Sérgio Reis e Léo Canhoto & Robertinho, além de ter acompanhado artistas do porte de Vicente Celestino. Zé do Rancho, porém, não era creditado nas capas dos discos dos quais participava.
Zé do Rancho foi também produtor artístico nas gravadoras RGE, em 1960, e RCA Victor, em 1974. Além da Rádio Tupi e da Rádio Nacional, também produziu e apresentou programas na Bandeirantes e na Nove de Julho. Acredita-se que Zé do Rancho tenha composto e gravado cerca de 200 músicas, que também foram gravadas por renomados artistas como Sérgio Reis, Belmonte & Amaraí, Milionário & José Rico e Irmãs Galvão.
Zé do Rancho não gravou em estúdio desde 1998. Queixa-se de ter "perdido o pique", além de não se adaptar muito bem com os fones de ouvido. Por outro lado, continuou gravando de forma amadorística em seu estúdio caseiro, com 24 canais e tocando a viola, violão, cavaquinho e a guitarra. Mas garantia que ainda voltaria a cantar:
"...quando achar uma segunda voz bonita, ainda sou capaz de fazer quase igual ao que eu fazia há 15, 20 anos..."
No dia 04/06/2007, Zé do Rancho comemorou seu 80º aniversário em alto estilo, numa belíssima apresentação que teve lugar na Vila Country, em São Paulo. Foram gravados um CD e um DVD intitulados "Histórias de Uma Viola", e que brindam o público com Zé do Rancho solando as cordas, sendo que, além de suas composições no estilo caipira raiz, o músico mostrou também uma belíssima técnica no cavaquinho interpretando alguns chorinhos consagrados, como por exemplo, "Brasileirinho" (Waldir Azevedo).
Diversos músicos famosos dividiram o palco com Zé do Rancho nessa apresentação, dentre os quais, seus netos Sandy & Junior, além da Família Lima, Chitãozinho & Xororó, Mariazinha, Zé do Pinho, Sérgio Reis e as Irmãs Galvão.
Morte
Zé do Rancho morreu no domingo, 15/02/2015, aos 87 anos. A assessoria de imprensa da família informou que Zé Rancho estava há algum tempo debilitado por conta da idade, e que todos os parentes já estavam reunidos em Rio Preto para iniciar a despedida ao sertanejo.
"Zé do Rancho convivia com a Doença de Chagas e, contrariando todas as expectativas médicas, que diziam que sua vida seria curta, viveu mais 40 anos desde que descobriu a doença. Nós já estávamos o acompanhando desde a quinta-feira, 12/02/2015, no hospital. Ele foi internado para se alimentar por sonda, sentimos que era sua hora. Ele era muito forte, uma pessoa que adorava viver, amava a música, mas infelizmente cansou de lutar!"
(Xororó)
O corpo do cantor e compositor Zé do Rancho foi velado na segunda-feira, 16/02/2015, no cemitério Jardim de Paz, em São José do Rio Preto, SP.
Segundo Xororó, genro do cantor, ele deixou um importante legado para a música sertaneja.
"Meus filhos começaram cantando as músicas de seus avós. Eu sempre tive Zé do Rancho como um exemplo, ele foi um dos pioneiros do sertanejo, a vida dele foi dedicada à música e hoje ele deixou seu legado. Estamos fazendo sua vontade agora, com um velório discreto para familiares e depois, ele será cremado!"
(Xororó)
Foi publicada uma nota oficial na página do Facebook de Sandy comunicando a morte do artista sertanejo:
"É com profundo pesar que comunicamos o falecimento de João Izidoro Pereira, conhecido em artes como 'Zé do Rancho', na tarde deste domingo, dia 15, em São José do Rio Preto, interior de São Paulo. Aos 87 anos, o cantor e compositor deixa três filhos, cinco netos e três bisnetos. A família agradece todo carinho e apoio neste momento de muita tristeza e dor."