Dona Carlota Joaquina de Bourbon
55 ANOS
25-04-1775 - ARRANJUEZ - ESPANHA - 07-01-1830 - QUELUZ - ESPANHA - TOURO
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Infanta de Espanha, rainha de Portugal e imperatriz honorária do Brasil nascida no palácio de Aranjuez, histórica por que, além de detestar o marido, Dom João VI, odiou sempre os brasileiros e o tempo em que foi obrigada a viver no Brasil. Filha primogénita do rei Carlos IV de Espanha e de sua esposa Maria Luísa Teresa de Parma-Bourbon, foi forçada a casar, com apenas 10 anos de idade, com o príncipe D. João, segundo filho da rainha Maria I, a Louca. Com a morte do herdeiro da Coroa portuguesa (1788), o primogénito José, princípe da Beira, seu marido tornou-se o primeiro na linha de sucessão. Ambiciosa e isenta de escrúpulos, passou a viver em Queluz com os filhos ao se evidenciar a demência da rainha de Portugal, D. Maria I, enquanto D. João se instalava no palácio de Mafra. Por loucura de sua mãe, este tornou-se regente do reino (1792), e ela, conseqüentemente, a princesa-regente de Portugal. Em vão, tentou por todos os meios evitar a partida para o Brasil, depois que a península ibérica foi invadida pelas tropas de Napoleão (1807). No Rio de Janeiro, preferiu sempre morar longe do marido, em locais bucólicos, como Botafogo. Tentando influenciar a política das colônias espanholas, programou uma viagem ao Prata, mas foi impedida pelo marido. De regresso a Portugal, manifestou-se contrária ao regime constitucional e por isso teve cassada a cidadania portuguesa. Confinada na quinta do Ramalhão, conspirou para a volta do absolutismo e, após enviuvar, animou o filho, Dom Miguel, a se apoderar da coroa, que lhe seria tirada posteriormente por Dom Pedro I do Brasil, como Dom Pedro IV de Portugal. Morreu em Lisboa, no palácio de Queluz.
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