PÓS-MODERNISMO - JOSÉ LINS DO REGO
JOSÉ LINS DO REGO
* 1901 – Engenho Corredor, Pilar – Paraíba
+ 1957 – Rio de Janeiro
VIDA
- Órfão de mãe e com pai ausente, criado no engenho do avô materno.
- Iniciou estudos em Itabaiana no interior e depois em João Pessoa, finalizando em Recife, onde fez o curso superior, Faculdade de Direito.
- Liga-se nessa época ao grupo modernista-regionalista de Gilberto Freire, José Américo de Almeida e Olívio Montenegro, grupo modernista do Recife.
- Formado, exerce promotoria em Minas Gerais de onde passa a Maceió, com outras funções. Permanece nove anos, convivendo com Graciliano Ramos, Jorge de Lima e Rachel de Queiroz.
- A seguir vive no Rio de Janeiro.
- Esteve em países sul-americanos, na Europa, no Oriente e pouco antes da morte foi eleito para a Academia Brasileira de Letras.
OBRAS
ROMANCES
Menino de Engenho – 1932 – estréia
Doidinho – 1933
Bangüê – 1934
O Moleque Ricardo – 1934
Usina – 1936
Pureza – 1937
Pedra Bonita – 1938
Riacho Doce – 1039
Água Mãe – 1941
Fogo Morto – 1947
Cangaceiros – 1953
LITERATURA INFANTIL, MEMÓRIAS E CRÔNICAS
Histórias da Velha Totônia - 1936
Gordos e Magros – 1942
Pedro Américo – 1943
Poesia e Vida – 1945
Conferências no Prata – 1946
Bota de Sete Léguas – 1951
Homens, Seres e Coisas – 1952
A Casa e o Homem – 1954
Roteiro de Israel – 1955
Meus Verdes Anos – 1956
Gregos e Troianos – 1957
Presença do Nordeste na Literatura Brasileira – 1957
O Vulcão e a Fonte (póstuma) – 1958
DISCURSO
Discurso de Posse e Recepção na Academia Brasileira de Letras – 1957
CARACTERÍSICAS
1 – dedicou-se à fixação da paisagem física e humana do Nordeste.
2 – ficou célebre com os romances do ciclo da cana de açúcar que se compõe de Menino de Engenho, Usina, Doidinho, Fogo Morto e Bangüê e mais três romances que a ele estão ligados: Pureza, O Moleque Ricardo e Riacho Doce.
3 – Ciclo do Cangaço – misticismo e seca – Pedra Bonita e Cangaceiros.
4 – Romances deslocados do Nordeste – Eurídice e Água-Mãe.
5 – Transporta para os romances as impressões que ficaram na sua memória, ligadas às transformações que abalaram a estrutura da região e relatos que ouviu dos parentes e do povo local, quando era menino – Menino de Engenho e Doidinho, onde se delineiam os primeiros capítulos de sua vida, evocando a paisagem da realidade, mesclada com o passado glorioso e o presente sem vida de sua gente
6 - os traços autobiográficos aparecem mesmo nos romances em que a narração é feita na terceira pessoa, havendo a reconstituição das cenas, dos fatos e dos homens, parte do passado vivido na fazenda paraibana.
7 - documentário autêntico do Nordeste – o mandonismo dos coronéis, o conflito dos patriarcas rurais com os jovens bacharéis fracassados, a luta do progresso da industrialização contra o atraso da região (usina devorando o bangüê), o fanatismo popular e as tropelias dos bandoleiros a fazer justiça com suas próprias mãos, truculentos e brutais, as intrigas miúdas da política municipal e por cima o dom de uma infinita poesia na paisagem, nas criaturas, em tudo (Peregrino Júnior).
8 – sua obra é dividida em:
CICLO DA CANA DE AÇUCAR
Menino de Engenho
Doidinho
Bangüê
Fogo Morto
Usina
CICLO DO CANGAÇO, MISTICISMO E SECA
Pedra Bonita
Cangaceiros
OBRAS INDEPENDENTES
a) ligadas aos dois ciclos:
O Moleque Ricardo
Pureza
Riacho Doce
b) desligadas dos ciclos
Água Mãe
Eurídice
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